sábado, agosto 31, 2013
Está Esperando O Quê? Um Segundo Pode Mudar a Sua Vida
sexta-feira, agosto 30, 2013
Nada passa
Onze da noite. Toca o telefone. É uma amiga, arrasada depois de levar o fora do namorado.
- Ele parecia uma pedra de gelo, Stella, acabou tudo. Está doendo tanto...
- Ah, querida, não fica assim: você vai superar esse cara. Vai passar!
Depois de uma hora, desligamos. Vesti meias de lã. Tomei um copo de chá. Devolvi livros para a estante. Guardei a roupa passada. Fiquei assim, indo de um canto para outro sem saber exatamente o que me atormentava. Então, a ficha caiu.
É mentira. A maior mentira que nos contaram - e que nós, piamente, acreditamos - é essa, a de que tudo passa. Nada passa. Passa coisa nenhuma.
A gente aprende a viver com as escaras, aprende a colocar unguentos nos talhos fundos, conhece outras pessoas que são como bálsamos sobre as nossas feridas, mas elas, as sanguinolentas, as danadas, as malsãs, elas não passam. Uma mulher é uma chaga sempre aberta. Um homem é uma ferida sempre exposta. Nada passa.
Sentimentos? Eles se transformam em outros sentimentos, mas não passam. As pessoas que você amou, nunca te causarão indiferença: sua única certeza é que você sempre vai sentir algo quando as encontrar. As pessoas que te menosprezaram, te usaram ou simplesmente te rejeitaram, continuam, cada qual com sua adaga, perfurando seu amor-próprio, dia após dia, umas mais, outras menos.
Somos todos, homens e mulheres, mestres no fingimento, na dissimulação, no recalque, mas a verdade é que nada passa. Por isso você vê uma mulher histérica ao pegar uma cebola podre no supermercado, por isso você vê o homem agindo como um primata no trânsito, por isso seu chefe estoura sem razão, por isso você teve uma crise de choro durante aquele filme que nem triste era, por isso as pessoas têm chiliques inexplicáveis: porque nada passa e nós precisamos de válvulas de escape.
Fica sempre um pouco de tudo, escreveu Drummond, às vezes um botão, às vezes um rato. Se você me vir tendo um chilique ao pegar uma cebola podre no supermercado, já sabe o que é: são as cócegas malditas dos meus malditos ratos. Porque tudo muda, mas nada, nada passa.
quinta-feira, agosto 29, 2013
Os 9 Maiores Erros dos Relacionamentos Modernos
1 – Uso do pronome “eu”, em vez do nós “nós”
2- Objetificação das pessoas
3- Falta de alinhamentos
4- O hábito de cultivar mentirinhas
5- Alienação das pessoas
6- Apego excessivo aos rituais
7- Competição
8- Escassez de elogios
9- Falta de exploração no sexo
quarta-feira, agosto 28, 2013
terça-feira, agosto 27, 2013
Como acabar com o nervosismo na hora da paquera
"Ficar bêbada não é a única solução para afastar o medo da rejeição"
Por Rodrigo FarahFicar nervosa na hora de conhecer um novo parceiro é normal. Isso acontece porque você acaba exposta à avaliação do seu alvo quando tenta passar uma boa primeira impressão. O medo da rejeição sempre estará lá, assim como aquela velha dúvida presente na cabeça de toda mulher: “Será que ele realmente gosta de mim?”.
O problema é que a ansiedade muitas vezes pode atrapalhar e impedir o nascimento de um possível relacionamento. O nervosismo é um obstáculo com poder de destruir as chances de uma vida amorosa saudável se chegar a níveis “paralisantes”. Por isso, é importante aprender a controlar tais sentimentos no Jogo da Conquista.
Em primeiro lugar, saiba que a ansiedade é comum para todos na hora da paquera. Até mesmo os maiores sedutores do mundo ficam nervosos antes de se aproximar de uma bela garota. O que os torna diferentes dos demais é justamente saber lidar com isso. E não: ficar bêbada não é a única solução para afastar o medo da rejeição.
De acordo com conceitos da Programação Neurolinguística (PNL), a ansiedade é uma espécie de alerta para evitar algum tipo de consequência temida. Você já está esperando o pior desde o começo. Então, sua missão é encontrar novas alternativas emocionais com intuito de amenizar essa sensação.
Para começar, elimine qualquer tipo de visualização negativa antes de conversar com seu paquera. Não pense em nada que possa dar errado na interação. Pelo contrário, imagine tudo funcionando perfeitamente e prepare uma boa atmosfera para que você fique mais tranquila.
Outra coisa a fazer é dividir as etapas da sedução em pequenas partes. Evite pensamentos que vão além do presente, como: “O que eu preciso fazer para sair com ele?” ou “Ele seria o namorado perfeito para mim”.
Ao invés disso, crie pequenas metas para ser atingidas aos poucos, como por exemplo: pense primeiro em puxar conversa com ele. Depois, estabeleça como meta conversar sobre assuntos ligados a relacionamentos, por exemplo. Um passo de cada vez.
Mas no fim das contas você só conseguirá controlar a ansiedade se fizer uma coisa: praticar. Não estou falando para sair por ai paquerando qualquer bonitão da rua. Mas desenvolva suas habilidades interação social com estranhos. Inicie conversas positivas sobre assuntos divertidos. Quando menos perceber, estará tão treinada, que irá manter a tranquilidade quando chegar a hora de conversar com seu alvo.
Para mais dicas sobre o assunto, releia a coluna: “Quebre o gelo: Como se aproximar dos homens” e veja algumas formas de realizar o approach e o primeiro contato com o homem que você deseja.
Ela pensou que ele a saciaria, pensou encontrar nele um oásis. Pensava que sem ele as palavras secariam. Com o tempo percebeu que a imensa vontade de ser, de sentir e de viver que existia dentro dela era sua real necessidade. E ele, o que era então? Apenas um viajante. Sim, ele estava de passagem. E como todo viajante cansado de andar, parou ali, naquelas àguas para saciar sua sede. Não se demorou, apenas bebeu um pouco e seguiu. Dentre pouco tempo sentiria sede outra vez. Mas ela continuaria ali, a dar de beber a todos que quisessem se refrescar com suas doces palavras, seus doces encantos. Com o tempo percebeu, era ela (estava nela) a fonte...
domingo, agosto 25, 2013
Boa fé
Por Clarissa Corrêa
sexta-feira, agosto 23, 2013
A nossa continuação
O Culpado é Sempre o Outro!
Muita gente sabota o próprio sucesso. Acredite! São pessoas que procuram explicações externas, fora de si e de sua responsabilidade para justificar seus equívocos.
E enumeram muitos vilões: a economia, o mercado, a concorrência, a pressão dos fornecedores, dos clientes. Ou ainda o diretor, o gerente, o colega do outro setor.
Sempre existe um culpado, que sempre mora ao lado e age de maneira predatória. Não resta aos sabotadores senão sucumbir. Não resta aos desmotivados então desistir.
São pessoas que dizem: "Não sigo adiante porque tudo conspira contra mim". Conhece alguém assim aí pertinho de você?
Parece que essa questão de culpar o outro, culpar o mundo está na origem da história da humanidade. É só dar uma olhadinha na Bíblia.
Quando Deus perguntou a Adão quem foi que transgrediu a lei e comeu do fruto da árvore proibida, ele foi logo apontando para Eva. Esta, por sua vez, também tratou de tirar o corpo fora e disse: "Foi à serpente". Então...
Nos cenários de mentira, fazemos das nossas miragens as nossas verdades e as nossas melhores e únicas aliadas. E, neste caso, não estamos apenas mentindo para Deus e para o mundo, estamos mentindo para nós mesmos.
Aproveite este momento para fazer um exercício de autoconsciência. Será que você está buscando desafios ou segurança? Não se deixe embaçar por uma visão equivocada.
Lembre-se: Miragens são como bolas de ferro amarradas às nossas pernas. Podemos até ir em frente com algum esforço, mas não sem gastar mais energia que o necessário e que causa também um sofrimento que poderia ter sido evitado.
Assuma o comando de sua vida. Desafios extraordinários produzem pessoas extraordinárias. E desafios são estímulos para acionar a imaginação e a criatividade que aliados ao conhecimento o torna imbatível.
quarta-feira, agosto 21, 2013
15 coisas que você precisa abandonar para ser feliz
Essa lista é uma tradução, o texto original e em inglês é do World Observer Online.
1. Desista da sua necessidade de estar sempre certo
Há tantos de nós que não podem suportar a ideia de estarem errados – querem ter sempre razão – mesmo correndo o risco de acabar com grandes relacionamentos ou causar estresse e dor, para nós e para os outros. E não vale a pena, mesmo. Sempre que você sentir essa necessidade "urgente" de começar uma briga sobre quem está certo e quem está errado, pergunte a si mesmo: "Eu prefiro estar certo ou ser gentil?" (Wayne Dyer) Que diferença fará? Seu ego é mesmo tão grande assim?
2. Desista da sua necessidade de controle
Estar disposto a abandonar a sua necessidade de estar sempre no controle de tudo o que acontece a você e ao seu redor – situações, eventos, pessoas, etc. Sendo eles entes queridos, colegas de trabalho ou apenas estranhos que você conheceu na rua – deixe que eles sejam. Deixe que tudo e todos sejam exatamente o que são e você verá como isso irá o fazer se sentir melhor.
"Ao abrir mão, tudo é feito. O mundo é ganho por quem se desapega, mas é necessário você tentar e tentar. O mundo está além da vitória." Lao Tzu
3. Pare de culpar os outros
Desista desse desejo de culpar as outras pessoas pelo que você tem ou não, pelo que você sente ou deixa de sentir. Pare de abrir mão do seu poder e comece a se responsabilizar pela sua vida.
4. Abandone as conversinhas auto-destrutivas
Quantas pessoas estão se machucando por causa da sua mentalidade negativa, poluída e repetidamente derrotista? Não acredite em tudo o que a sua mente está te dizendo – especialmente, se é algo pessimista. Você é melhor do que isso.
"A mente é um instrumento soberbo, se usado corretamente. Usado de forma errada, contudo, torna-se muito destrutiva." Eckhart Tolle
5. Deixe de lado as crenças limitadoras sobre quem você pode ou não ser, sobre o que é possível e o que é impossível. De agora em diante, não está mais permitido deixar que as suas crenças restritivas te deixem empacado no lugar errado. Abra as asas e voe!
"Uma crença não é uma ideia realizada pela mente, é uma ideia que segura a mente." Elly Roselle
6. Pare de reclamar
Desista da sua necessidade constante de reclamar daquelas várias, várias, váaaarias coisas – pessoas, momentos, situações que te deixam infeliz ou depressivo. Ninguém pode te deixar infeliz, nenhuma situação pode te deixar triste ou na pior, a não ser que você permita. Não é a situação que libera esses sentimentos em você, mas como você escolhe encará-la. Nunca subestime o poder do pensamento positivo.
7. Esqueça o luxo de criticar
Desista do hábito de criticar coisas, eventos ou pessoas que são diferentes de você. Nós somos todos diferentes e, ainda assim, somos todos iguais. Todos nós queremos ser felizes, queremos amar e ser amados e ser sempre entendidos. Nós todos queremos algo e algo é desejado por todos nós.
8. Desista da sua necessidade de impressionar os outros
Pare de tentar tanto ser algo que você não é só para que os outros gostem de você. Não funciona dessa maneira. No momento em que você pára de tentar com tanto afinco ser algo que você não é, no instante em que você tira todas as máscaras e aceita quem realmente é, vai descobrir que as pessoas serão atraídas por você – sem esforço algum.
9. Abra mão da sua resistência à mudança
Mudar é bom. Mudar é o que vai te ajudar a ir de A a B. Mudar vai melhorar a sua vida e também as vidas de quem vive ao seu redor. Siga a sua felicidade, abrace a mudança – não resista a ela.
"Siga a sua felicidade e o mundo abrirá portas para você onde antes só havia paredes" Joseph Campbell
10. Esqueça os rótulos
Pare de rotular aquelas pessoas, coisas e situações que você não entende como se fossem esquisitas ou diferentes e tente abrir a sua mente, pouco a pouco. Mentes só funcionam quando abertas.
"A mais extrema forma da ignorância é quando você rejeita algo sobre o que você não sabe nada" Wayne Dyer
11. Abandone os seus medos
Medo é só uma ilusão, não existe – você que inventou. Está tudo em sua cabeça. Corrija o seu interior e, no exterior, as coisas vão se encaixar.
"A única coisa de que você deve ter medo é do próprio medo" Franklin D. Roosevelt
12. Desista de suas desculpas
Mande que arrumem as malas e diga que estão demitidas. Você não precisa mais delas. Muitas vezes nos limitamos por causa das muitas desculpas que usamos. Ao invés de crescer e trabalhar para melhorar a nós mesmos e nossas vidas, ficamos presos, mentindo para nós mesmos, usando todo tipo de desculpas – desculpas que, 99,9% das vezes, não são nem reais.
13. Deixe o passado no passado
Eu sei, eu sei. É difícil. Especialmente quando o passado parece bem melhor do que o presente e o futuro parece tão assustador, mas você tem que levar em consideração o fato de que o presente é tudo que você tem e tudo o que você vai ter. O passado que você está desejando – o passado com o qual você agora sonha – foi ignorado por você quando era presente. Pare de se iludir. Esteja presente em tudo que você faz e aproveite a vida. Afinal, a vida é uma viagem e não um destino. Enxergue o futuro com clareza, prepare-se, mas sempre esteja presente no agora.
14. Desapegue do apego
Este é um conceito que, para a maioria de nós é bem difícil de entender. E eu tenho que confessar que para mim também era – ainda é -, mas não é algo impossível. Você melhora a cada dia com tempo e prática. No momento em que você se desapegar de todas as coisas, (e isso não significa desistir do seu amor por elas – afinal, o amor e o apego não têm nada a ver um com o outro; o apego vem de um lugar de medo, enquanto o amor… bem, o verdadeiro amor é puro, gentil e altruísta, onde há amor não pode haver medo e, por causa disso, o apego e o amor não podem coexistir), você irá se acalmar e se virá a se tornar tolerante, amável e sereno… Você vai alcançar um estado que te permita compreender todas as coisas, sem sequer tentar. Um estado além das palavras.
15. Pare de viver a sua vida segundo as expectativas das outras pessoas
Pessoas demais estão vivendo uma vida que não é delas. Elas vivem suas vidas de acordo com o que outras pessoas pensam que é o melhor para elas, elas vivem as próprias vidas de acordo com o que os pais pensam que é o melhor para elas, ou o que seus amigos, inimigos, professores, o governo e até a mídia pensa que é o melhor para elas. Elas ignoram suas vozes interiores, suas intuições. Estão tão ocupadas agradando todo mundo, vivendo as suas expectativas, que perdem o controle das próprias vidas. Isso faz com que esqueçam o que as faz feliz, o que elas querem e o que precisam – e, um dia, esquecem também delas mesmas. Você tem a sua vida – essa vida agora – você deve vivê-la, dominá-la e, especialmente, não deixar que as opiniões dos outros te distraiam do seu caminho.
Fonte: Guia Ingresse
O que um homem quer dizer quando diz não querer namorar você? Perdoar ou não um sumiço?
Meninas, há perguntas que são um pouco engraçadas, um pouco tristes, um pouco confusas e um pouco normais. A da nossa amiga Sami, por exemplo.
Ela quer saber o seguinte: "João, agi bem?"
O negócio e a dúvida da Sami eram coisa simples no tamanho e infinita na profundidade. Diz ela:
"João, três dias depois de começar a namorar, ele sumiu por um mês. Disse que teve medo de perder a liberdade, mas queria voltar. Depois disso, vi-o duas vezes. E ele sumiu de novo. Reapareceu, disse que me ama muito, que combinamos em tudo, mas que ele gosta de ser solteiro e só quer 'ficar' comigo. Não aceitei. Ainda o amo. Fiz certo?"
Fez.
Mas antes de fazer certo, fez tudo errado.
BOMBA NINJA
Meninas, em priscas eras deste blog, eu contei sobre o caso do meu amigo Feijão, que é um namofóbico. Se você botar um anelzinho de cebola, um Cebolitos, uma rosquinha, um donut, qualquer coisinha anelar no dedinho do Feijão, o Feijão fica todo coceira. Ele espirra. Ele sua. Ele sente frio.
Porque diante da ameaça de relacionamento, o Feijão aplica a tática que ele batizou na galhofa de "bomba ninja".
Uma bomba ninja:
"Aí, João, ela me cobrou, disse que eu sumi, perguntou por que não liguei!"
Bomba ninja.
"Aí, João, dei só um beijo, e ela disse que tá morrendo de saudade, postou comentário no Facebook, espalhou pros meus amigos?"
Bomba ninja.
E o Feijão some.
+ Fale com Ele: Homem sofre diante de rejeição e separação? Como? Eles são ou não são sensíveis?
RINITES CRÔNICAS
O Feijão tem distribuído um Vietnã de bombas ninjas a cada sexta-feira. O problema é que do outro lado da bombinha, quando a fumaça baixa, sobra uma garota em petição de qualquer coisa, de razão, de explicação. Elas sofrem.
Dia desses, chamei o Feijão às falas. Eu queria entender, eu queria dar um fim ao sofrimento e à fumaça. Disse a ele que o bombardeio ninja dele engorda a fama de que homens possuem uma rinite crônica e uterina diante da possibilidade de um namorar, de um casar.
E que isso, no fim, é ruim pro mundo.
Mas o Feijão, meninas, o Feijão me quebrou.
Ele disse: "Joãozinho, quem disse que eu não amo do meu jeito? Quem disse que esse não é o meu formato de amor? Elas sofrem? Eu sofro! Eu sofro namorando! Eu não quero! Mas olha só, tem uma diferença aqui: é bomba ninja mesmo, mas sempre uma bomba ninja anunciada. Antes da fumaça tem o clarão! Sou claríssimo! Eu nunca digo a mais do que eu digo. Nem menos. O problema é que tem garota que interpreta. Ouve o que quer ouvir, não ouve o que não quer. Mesmo eu dizendo o 'não quero namorar' mais direto que existe…"
Ah, meninas. É uma verdade. O mundo é feito de amores e de muita rejeição. Mas acima de tudo, o mundo é feito de ouvidos egoístas, olhos vesgos e boquinhas que falam titica.
Existe mesmo uma verdade intensíssima no que diz o Feijão, e a cartinha da nossa Sami é o nosso exemplo de hoje.
Sim, fez muitíssimo bem a Sami em varrer da vida um namorado que some no segundo dia de namoro (seja lá como tenha sido o início desse namoro). Mas fez tudo errado a nossa Sami ao não ouvir os sinais anteriores do ex-namorado. Um sujeito que evapora deixando dúvidas é um sujeito que não merece nada. Um sujeito que some de novo e depois, quando volta, ressurge com um esfarrapado convite a um relacionamento de pura traquinagem e nenhum compromisso. Um sujeito assim também mereceria uma varrida definitiva. E ainda assim, Sami insistiu. Não ouviu, não viu. Porque eis a grande maldição do amor: ele faz a gente achar que ainda dá.
Mesmo quando não dá.
QUEM ERROU?
Meninas, no amor cabe tudo. Desde que a dupla (ou o trio, o quarteto etc. etc.) topem o jogo jogado.
Havendo respeito, tudo pode.
Tudo cabe.
Não acho que um homem ou uma mulher que não queiram namorar e queiram apenas futricar, não acho que eles estejam errados. Acho, aliás, certíssimo. Se todo mundo der um joinha, qualquer arranjo vale.
O negócio – e acho que eis aqui o grande negócio de hoje –, o negócio é aprender a ouvir, a ver e a dizer as verdades. A gente se machuca demais botando uma culpa no outro e esquecendo que o nosso pezinho tá quase sempre na mesma lama.
A gente insiste.
Não vivam uma briga de murros com uma onda do mar, minhas doçuras. Aprender a ouvir e ver é aprender a viver. Culpar menos o outro é culpar menos o próprio espelho.
O homem enrolou, o homem sumiu, ele não foi claro? Suma. Ventilador na bomba ninja dele.
Mas não esqueça de ouvir.
Uma dia o meu amigo Feijão me disse algo. Eu ouvi. E aí entendi e aí encerrei a questão:
"Cara, o problema é que eu falo, eu digo, eu tento não ser muito grosso. Porque, diabos, imagino isto: você fica com a garota. Fica uma vez, fica duas, pura curtição, nenhum compromisso. Tá bom do jeito que tá. Você acha que eu preciso ficar anunciando: 'Ó, mas é só curtição, hein!'? Não preciso dizer, né? Quando eu sinto que o negócio fica sério, eu digo: 'Ó, vamos deixar assim. Eu gosto do jeito que tá, não quero te machucar'. E se depois disso, ela continuar comigo, João, eu entendo que tá dado o recado. Assumo meu quinhão de culpa quando tenho culpa. Agora, poxa, de que adianta ela me querer se eu não quero? Eu nunca escondo as minhas indecisões, esse limite finíssimo que separa um caso de um namoro. Mas uma hora, alguém precisa dizer em voz alta. Eu digo: 'não quero, tou bem assim!' Quando eu sumir, porque uma hora eu vou sumir, e ela reclamar, de quem é a culpa, João?"
De quem?
terça-feira, agosto 20, 2013
A angústia do querer
segunda-feira, agosto 19, 2013
Porque as mulheres não estão loucas
Soa familiar?
Você alguma vez escuta esse tipo de comentário de seu marido, parceiro, chefe, amigos, colegas ou parentes após expressar frustração, tristeza ou raiva sobre algo que eles disseram ou fizeram?
Quando alguém diz essas coisas a você, não é um exemplo de comportamento sem consideração. Quando seu marido aparece meia hora atrasado para o jantar sem avisar – isso é desconsideração. Uma observação com o propósito de calar você – como, “Relaxa, está exagerando” – logo após você apontar o comportamento ruim de alguém é manipulação emocional, pura e simples.
E é esse o tipo de manipulação emocional que alimenta uma epidemia em nosso país, uma epidemia que define as mulheres como loucas, irracionais, exageradamente sensíveis e confusas. Essa epidemia ajuda a alimentar a ideia de que as menores provocações fazem com que as mulheres libertem suas (loucas) emoções. Isso é falso e injusto. Acho que é hora de separar o comportamento sem consideração de manipulação emocional e começarmos a usar uma palavra fora de nosso vocabulário usual.
Quero introduzir um útil temo para identificar essas reações: “gaslaitear“.
(pequeno adendo do editor: “gaslaitear” foi uma adaptação do termo gaslighting para o português, para facilitar a compreensão do texto)
Gaslaitear é um termo usado com frequência por profissionais da área de saúde mental (não sou um deles) para descrever comportamento manipulador usado para induzir pessoas a pensarem que suas reações são tão insanas que só podem estar malucas.
O termo vem do filme de 1944 da MGM, “Gaslight“, estrelando Ingrid Bergman. O marido de Bergman no filme, interpretado por Charles Boyer, quer tomar sua fortuna. Ele se dá conta de que pode conseguir isso fazendo com que ela seja considerada insana e enviada para uma instituição mental. Para tanto, ele intencionalmente prepara as lâmpadas de gás (no inglês, “gaslights”, vindo daí o nome do filme) de sua casa para ligarem e desligarem alternadamente.
E toda vez que Ingrid reage a isso, ele diz a ela que está vendo coisas.
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Nesse contexto, uma pessoa gaslaiteadora é alguém que apresenta informação falsa para alterar a percepção da vítima sobre si mesma.
Hoje, quando o termo é usado, usualmente significa que o perpetrador usou expressões como, “Você é tão estúpida” ou “Ninguém jamais vai te querer” para a vítima.
Essa é uma forma intencional e premeditada de gaslaitear, como as ações do personagem de Charles Boyer no filme Gaslight, no qual ele estrategicamente age para fazer com que sua esposa acredite estar confusa.
A forma de gaslaitear que estou apontando nem sempre é premeditada ou intencional, o que a torna pior, pois significa que todos nós, especialmente as mulheres, já tiveram que lidar com isso em algum momento.
Aqueles que gaslaiteaim criam reações – seja raiva, frustração, tristeza – na pessoa com quem estão interagindo. Então, quando essa pessoa reage, o gaslaiteador a faz sentir desconfortável e insegura por agir como se seus sentimentos fossem irracionais ou anormais.
* * *
Minha amiga Anna (todos os nomes trocados por questão de privacidade, claro) é casada com um homem que sente a necessidade de fazer observações não solicitadas e aleatórias sobre seu peso.
Sempre que ela fica brava ou frustrada com seus comentários insensíveis, ele responde da mesma maneira defensiva, “Você é tão sensível, estou só brincando”.
Minha amiga Abbie trabalha para um homem que, quase todos os dias, acha um jeito de criticá-la, assim como a qualidade de seu trabalho. Observações como “Você não consegue fazer algo direito?” ou “Por que fui te contratar?” são comuns para ela. Seu chefe não tem dificuldade em demitir pessoas (o que faz regularmente), então seria difícil pensar, baseado nesses comentários, que Abbie trabalha pra ele há seis anos.
Mas toda vez que ela se posiciona e diz “Não me ajuda em nada quando você diz essas coisas”, ela recebe a mesma resposta:
“Relaxa, você está exagerando.”É muito mais fácil manipular emocionalmente alguém que foi condicionado por nossa sociedade para tal. Nós continuamos a impor isso sobre as mulheres pelo simples fato de que elas não recusam nossos fardos. É a covardice suprema.
Abbie pensa que seu chefe está apenas sendo um babaca nesses momentos, mas a verdade é que ele está fazendo esses comentários para induzí-la a achar que suas reações não fazem sentido. E é exatamente esse tipo de manipulação que a faz sentir culpada por ser sensível e, como resultado, se recusar a deixar seu emprego.
Mas gaslaitear pode ser tão simples quanto alguém sorrindo e dizendo, “Você é tão sensível”, para outra pessoa. Tal comentário pode soar inócuo, mas naquele contexto a pessoa está emitindo um julgamento sobre como a outra deveria se sentir.
Mesmo que lidar com gaslaitear não seja uma verdade universal para todas as mulheres, nós certamente conhecemos muitas delas que enfrentam isso no trabalho, em casa ou em seus relacionamentos.
E o ato de gaslaitear não afeta só mulheres inseguras. Até mesmo mulheres assertivas e confiantes estão vulneráveis. Por que?
Porque as mulheres suportam o peso da nossa neurose. É muito mais fácil para nós colocar nossos fardos emocionais nos ombros de nossas esposas, amigas, namoradas e empregadas, do que é impô-los nos ombros dos homens.
Quer gaslaitear seja consciente ou não, produz o mesmo resultado: torna algumas mulheres emocionalmente mudas.
Essas mulheres não conseguem expressar com clareza para seus esposos que o que é dito ou feito a elas as machuca. Elas não conseguem dizer a seus chefes que esse comportamento é desrespeitoso e as impede de trabalhar melhor. Elas não conseguem dizer a seus parentes que, quando eles são críticos, estão fazendo mais mal do que bem.
Quando essas mulheres recebem qualquer tipo de reprimenda por suas reações, tendem a deixar passar, pensando, “Esqueça, tá tudo bem.”
Esse “esqueça” não significa apenas deixar um pensamento de lado, é ignorar a si mesma. Me parte o coração.
Não é de se admirar que algumas mulheres sejam inconscientemente passivas agressivas ao expressarem raiva, tristeza ou frustração. Por anos, têm se sujeitado a tanto abuso que nem conseguem mais se expressar de um modo que seja autêntico para elas.
Elas dizem “sinto muito” antes de darem sua opinião. Em um email ou mensagem de texto, colocam uma carinha feliz ao lado de uma questão ou preocupação séria, de modo a reduzir o impacto de expressarem seus verdadeiros sentimentos.
Você sabe como é: “Você está atrasado :) ”
Essas são as mesmas mulheres que seguem em relacionamentos dos quais deveriam sair, que não seguem seus sonhos, que desistem da vida que gostariam de viver.
Desde que embarquei nessa auto-exploração feminista na minha vida e nas vidas das mulheres que conheço, esse conceito das mulheres como “loucas” tem de fato emergido como uma séria questão na sociedade e igualmente uma grande frustração para as mulheres em minha vida, de modo geral.
Desde o modo com que as mulheres são retratadas em reality shows a como nós condicionamos meninos e meninas a verem as mulheres, acabamos aceitando a ideia de que as mulheres são desequilibradas, indivíduos irracionais, especialmente em momentos de raiva e frustração.
Outro dia mesmo, em um vôo de São Francisco para Los Angeles, uma aeromoça que acabou me reconhecendo de outras viagens perguntou qual era minha profissão. Quando disse a ela que escrevo principalmente sobre mulheres, ela logo riu e perguntou, “Oh, sobre como somos malucas?”.
Sua reação instintiva ao meu trabalho me deixou um bocado deprimido. Apesar de ter respondido como uma brincadeira, a pergunta dela não deixa de apontar um padrão sexista que atravessa todas as facetas da sociedade, sobre como homens veem as mulheres, o que impacta enormente como as mulheres enxergam a si mesmas.
Até onde sei, a epidemia de gaslaitear é parte da luta contra os obstáculos da desigualdade que as mulheres enfrentam. Gaslaitear rouba sua ferramenta mais forte: sua voz. Isso é algo que fazemos com elas todos dias, de diferentes modos.
Não acho que essa ideia de que as mulheres são “loucas” está baseada em algum tipo de conspiração massiva. Na verdade, acredito que está conectada à lenta e firme batida das mulheres sendo minadas e postas de lado, diariamente. E gaslaitear é uma das muitas razões pelas quais estamos lidando com essa construção pública das mulheres como “loucas”.
Reconheço ter gaslaiteado minhas amigas no passado (mas nunca os amigos – surpresa, surpresa). É vergonhoso, mas fico feliz em ter me dado conta disso e cessado de agir dessa maneira.
Mesmo tomando responsabilidade por meus atos, acredito sim que, junto com outros homens, sou um produto de nosso condicionamento. E que ele nos dificulta admitir culpa e expor qualquer tipo de emoção.
Quando somos desencorajados de expressar nossas emoções em nossa infância e adolescência, isso faz com que muitos de nós sigam firmes em sua recusa de expressar arrependimento quando vemos alguém sofrendo por conta de nossas ações.
Quando estava escrevendo esse artigo, me lembrei de uma de minhas falas favoritas de Gloria Steinem:
“O primeiro problema para todos nós, homens e mulheres, não é aprender; mas sim desaprender.”Então, para muitos de nós, o assunto é primeiro desaprender como usar essas lâmpadas de gás (referência à origem do termo gaslighting/gaslaitear) e entender os sentimentos, opiniões e posições das mulheres em nossas vidas.
Pois a questão de gaslaitear não seria, em última instância, sobre nosso condicionamento em acreditar que as opiniões das mulheres não têm tanto peso quanto as nossas? Que o que elas têm a dizer e o que sentem não é tão legítimo quanto o que nós dizemos e sentimos?
* * *
Nota do editor: Yashar vai publicar em breve seu primeiro e-book, chamado “A message to women from a man: you are not crazy”. Se estiver interessado e quiser ser notificado da publicação, insira seus dados aqui.
Esse post foi originalmente publicado no blog do Yashar, The Current Conscience. Nós lemos pela primeira vez no The Good Men Project. Tradução feita com permissão do autor.