É possível encontrar equilíbrio em meio à turbulência da vida a dois. O exemplo mais famoso é o de Diego Rivera e Frida Kahlo
Frida e Diego: união calcada nos conflitos
O psicólogo e especialista em relacionamentos Ailton Amélio, professor do Instituto de Psicologia da USP, explica que há casais do tipo “volátil”, cuja personalidade forte faz com que briguem bastante, mas não se separem. “Existem pessoas que não põem nada embaixo do tapete, que não colocam panos quentes. É bem difícil conviver com alguém assim. Mas, ao mesmo tempo que essas pessoas têm o lado negativo, elas têm muita vida”, diz Amélio. Sobre as brigas, o psicólogo salienta que “o importante é como se briga e a qualidade dos bons momentos”.
Zonas de combate
A psicoterapeuta de casais Kelen de Bernardi Pizol diz que existem diferentes zonas de comunicação entre duas pessoas: na zona azul, a conversa flui; na amarela, o conflito começa, mas se limita à troca de opiniões em um “tom de voz que ainda é amistoso”; na zona vermelha, a discussão foge do controle e ocorre agressão pessoal – seja ela física ou psicológica. “O casal saudável não chega a essa zona vermelha, ou, quando percebe que chegará, dá um tempo e para a discussão”, afirma Pizol.
Dentro desta questão há o fator equilíbrio. A psicóloga Regina Vaz, autora de “Vamos Discutir a Relação?” (Editora Planeta), diz que muitos casais tendem a confundir equilíbrio com comodismo. Nesse caso, é preciso analisar e questionar se a relação não está ficando danosa demais.
De acordo com Ailton Amélio, a personalidade do casal depende das personalidades individuais dos dois. Por isso, cada casal cria um estilo. “Não há um modelo só. Se o casal brigar de um jeito que não seja destrutivo, não é ruim. É um estilo. O importante é saber reconciliar-se”, completa o psicólogo. Ele sugere uma regra que pode ser aplicada para analisar se uma relação é ou não danosa: a regra dos cinco. “Para cada coisa ruim, precisa ter cinco coisas boas para compensar”.
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