Certo dia apareceu uma estranha criatura no campus do Bethel College,
uma pequena instituição presbiteriana de ensino superior no Tennessee,
Estados Unidos. Ele tinha um metro e oitenta de altura, cabelos ruivos
despenteados e vestia uma blusa de frio tão velha que havia alfinetes
por toda parte para mantê-la em condições de uso. Havia buracos nos
sapatos e os dentes da frente já não existiam mais. Ele veio da
minúscula vila de Rosser, constituída por apenas três casas, onde morava
numa casa de fazenda caindo aos pedaços, sem encanamento interno. Ele
nunca andou de bicicleta, entrou em um shopping center ou namorou. E
nunca frequentou a escola.
Robert Howard Allen, 32 anos, apareceu para matricular-se na
faculdade. Assim que a administração aplicou um teste para averiguar o
conhecimento de Robert, todos se surpreenderam. Ele “arrasou”. Sua mente
estava repleta de conhecimento em literatura clássica e histórica. A
abrangência de seu conhecimento estava muito além do que o de qualquer
professor da instituição. A administração o dispensou da maioria das
matérias do primeiro ano de faculdade.
Dez anos mais tarde, Robert Allen concluiu a educação formal,
graduando-se pela altamente prestigiada Universidade Vanderbilt em
Nashville, Estados Unidos, com PhD em inglês. Ele começou a lecionar
inglês para a faculdade.
A história desse homem me inspira. Ela mostra o poder do espírito
humano para se erguer e ser bem-sucedido em face das situações mais
desafiadoras. E que situação desafiadora! Os pais de Robert se
divorciaram quando ele ainda era bem jovem. Ele foi criado por parentes
de idade avançada que fizeram um acordo com a administração da escola
local para que ele estudasse em casa. A princípio, um professor o
visitava ocasionalmente, mas logo Robert foi esquecido.
Mesmo assim, aos 12 anos Robert já tinha aprendido a ler sozinho e
logo começou a ler a Bíblia na versão King James para a tia Ida, que
era deficiente visual, completando duas vezes a leitura de capa a capa
do Livro Sagrado.
Em pouco tempo, estava lendo tudo o que podia encontrar, desde
Shakespeare até Will Durant. Ele leu praticamente todos os livros da
biblioteca pública de sua cidade e aprendeu também a ler em grego e
francês. E começou a escrever poemas. Essa é uma história mais forte do
que a ficção – e mais maravilhosa. E tudo começou com a leitura da
Bíblia.
Fonte: Meditação Matinal
segunda-feira, julho 23, 2012
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