Por André Lenz
Sentado agora
em meu escritório fico aqui preso a meus próprios sentimentos e angústias. A
luz apagada deixa somente o monitor clarear o meu rosto enquanto escrevo estas
palavras.
Fecho suavemente meus olhos, relaxo meu corpo e naquele momento eu sinto uma pequena paz.
Fecho suavemente meus olhos, relaxo meu corpo e naquele momento eu sinto uma pequena paz.
Essa paz é
passageira, momentânea, uma paz que me faz bem por alguns segundos e logo depois
me entrega a momentos de angústia e aperto.
Meu coração não
está vazio, minha mente está brigando com ele a cada momento tentando dominá-lo
de todas as formas, mas ele não se deixa dominar, ele brinca, ele ri, ele faz o
que ele quiser. Minha angústia se transforma em uma súplica, talvez não, mas o
que eu realmente queria era poder controlar meu coração e guiá-lo no caminho
que eu quisesse.
Os minutos
passam e a cada pensar minha cabeça se mistura com pensamentos racionais ao
mesmo tempo em que minhas emoções afloram e deixam meus sentidos muito mais
sensíveis que o normal. Nisso uma vontade de chorar toma conta do meu corpo e
tento segurar as lágrimas que já descem pela minha face e encontram seu fim em
minhas mãos
que tentam enxugá-las.
que tentam enxugá-las.
Meu coração se
aperta e me vem à tona tudo que me fez chegar a esse ponto. Tudo que me
comoveu, tudo que me fez olhar pra você e lhe enxergar com os olhos do amor. Tento
escrever mas não consigo.... minhas mãos estão trêmulas diante de um sentimento
que não posso controlar e que me deixa louco por estar sendo manipulado por
tal.
Quero ter
controle do que sinto, quero escolher e decidir o que sinto, quero controlar
meu coração, mas não posso.
Minha mente
tenta me reerguer, tenta levantar a minha cabeça e me fazer olhar pra frente.
Lembro do jeito que você me olhava, lembro do carinho que você me permitiu fazer
e
que correspondeu. De olhar fundo nos seus olhos e descobrir a sua mais profunda intimidade. Lembro da rosa que eu lhe dei, lembro de você.
que correspondeu. De olhar fundo nos seus olhos e descobrir a sua mais profunda intimidade. Lembro da rosa que eu lhe dei, lembro de você.
Nesse momento
tudo que mais queria era tirar você do pensamento. A xícara de café já está
fria, e como eu gostaria que meu coração estivesse também.
Paro e respiro...
olho para fora e está muito escuro. A chuva
bate aos poucos na janela fazendo aquele barulho característico que vai me relaxando. Aqui nesta sala estou protegido. Estou protegido da chuva, estou protegido do seu olhar, do seu corpo, estou protegido de você e acho que vou ficar por aqui porque não quero sofrer.
bate aos poucos na janela fazendo aquele barulho característico que vai me relaxando. Aqui nesta sala estou protegido. Estou protegido da chuva, estou protegido do seu olhar, do seu corpo, estou protegido de você e acho que vou ficar por aqui porque não quero sofrer.
O telefone
toca e eu não atendo. Ele chama por mim mas me deixa apreensivo, e se for você?
Talvez não fosse, mas nesse momento nada mais importa porque eu quero apenas
ficar sozinho.
Meu coração
vai ficando mais calmo e aos poucos vou retomando meu controle. As lágrimas dão
lugar a soluços de consolo. Meus olhos estão ficando pesados. Então me levanto
e me dirijo ao meu quarto.
A televisão está
ligada, mas está sem som. O barulho da chuva batendo na janela me distrai. Deito
e relaxo. Olho para o alto e penso em tudo o que estou sentindo e com isso vou adormecendo.
É melhor ficar
aqui. Estou aquecido e mesmo não estando em seus braços, eu estou protegido em meu
canto, esse meu único canto que me dá a paz.
A noite não
acabou, e quando o dia vier tomara que ele traga um novo sentimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário