Toda mulher certamente já passou por, pelo menos, uma situação constrangedora devido às cantadas grosseiras ouvidas na rua. Cantadas essas cada vez mais "criativas" no sentido de nos deixar sem graça, sem uma resposta tamanho constrangimento. Cabelos lindos e esvoaçantes abrem espaço para grosserias, sem contar uma saia ou o short mais curto e por aí vai.
Com a dentista Fernanda Cavalcanti, 26 anos, não foi diferente. Ela caminhava pelo centro de São Paulo quando ouviu essa "Eu estava passando pela avenida Ipiranga quando um homem passou do meu lado. De longe ela já me olhava de um jeito estranho que dava medo. Ao passar por mim despejou: ‘Eu te chupava até sair caldinho’. Nunca me senti tão humilhada", desabafa Fernanda.
Quem passa por uma situação constrangedora costuma não se esquecer. Fernanda tinha 19 anos quando ouviu aquelas palavras. Situações ofensivas como essas começam cedo, ainda com seus 12 ou 13 anos as meninas já são agredidas dessa maneira.
O analista Marcos Fagundes*, 36 anos, mantém uma página na rede social Facebook, e lá posta diariamente cantadas de gosto duvidoso. Veja alguns exemplos: "Menina, estou igual melancia quente. Loco para te fazer mal", "Olha, sou economista: com R$ 15 consigo te levar a um motel 5 estrelas 3 vezes".
"Eu costumo não dar atenção e até ficar brava com esse tipo de cantada, acho falta de respeito com as mulheres, pois não são todas que gostam desse tipo de ‘elogio’. Até mesmo os que falam ‘bom dia’, pois aposto que eles não dizem isso às senhoras e crianças", diz Bianca. Fernanda diz que costuma não reagir: "Fico tão abismada que geralmente não esboço reação".
Sua linda!
*Atendendo ao pedido, o nome da fonte foi trocado.
Por Bianca de Souza (MBPress)
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