Por André Lenz
Sensações
engraçadas que acabam tomando conta do nosso ser. Sentimentos incontroláveis
vindos de uma mente pulsante a todo o momento pela necessidade de controle. Mas
quem disse que a mente é a mãe das sensações? Aquela espera incontrolada pelo
mínimo que na verdade é responsável por todo o máximo existencial que aflora em
simples palavras, simples gestos apimentados por pequenos atos de pura inocência.
Ah, se você
soubesse o que representam as suas observações e todo seu mínimo cuidado
demonstrado. Algo tão profundo que de tão tímido procura apenas esconder-se por
trás de uma máscara de indiferença que na verdade age como punidora ao coração
aflito.
Os meus olhos
ao fecharem, apenas constroem teus lábios e tuas feições, de modo que me afundo
em calafrios que cortam meu corpo inteiro só na imaginação de um toque.
Se pudesse te
buscar, te esconderia para ninguém nunca mais achar. Me esconderia do mundo pra
ninguém nos incomodar e apenas deitaria em seu colo com o poente amarelo no
alto a nos banhar.
Olhares,
contatos, toques, tão singelos e tão intensos que são impossíveis de serem medidos,
pois na verdade ainda não conseguiram mensurar algo inexplicável e intocável,
algo não apenas dito, mas sentido.
E nos anos
passados é que posso virar ao meu lado e dirigir meus olhos para alguém que
sempre esteve comigo, ao meu lado. Alguém que me fez descobrir o sentido da
palavra amor, que nunca antes havia nem chegado a entender o conceito.
Alguém que
esteve nos melhores e nos piores momentos derrubando a enorme muralha que havia
em mim e apreciando um jardim florido, discreto, quase imperceptível, mas que a
todo o momento estava ali!
Posso ter a segurança
de que não estarei só para a minha vida toda e que quando eu soltar meu braço
ao lado do corpo, posso deixar minha mão entreaberta, porque num piscar de
olhos vou sentir o calor da sua entrelaçando os dedos a minha. E posso por um
minuto fechar os olhos e agradecer a Deus por ter tudo que um dia pedi nessa vida.
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