E para ajudar a identificar esses tipos, a psicóloga Lígia Guerra, autora do livro "O Segredo dos Invejáveis" (Editora Gente), enumerou os tipos de homens que não nos levam a lugar nenhum.
Antes de qualquer coisa, Lígia explica que certas reações do homem no meio social ou dentro do campo familiar devem ser bem observadas pela mulher que não pretende pisar em campo minado. "Não dá para ter boas expectativas com o cara que sai com você e é grosseiro com o garçom, que fala mal da ex-mulher e a culpa pelo fim da relação. Ou ainda um homem separado que não tem um bom relacionamento com o filho", afirma a psicóloga. "Se ele não para em trabalho algum ou não gosta de trabalhar, embarcar nessa relação é furada na certa", conta.
Lígia ressalta que a carência feminina deixa a mulher mais vulnerável, o que facilita a aproximação e, às vezes, a permanência de homens que não servem para relacionamentos sérios. "Quando uma mulher está sozinha, sente uma urgência em ser amada. Começa a sonhar e a projetar este sonho em alguém", declara. "Se a mulher já está com uma certa idade ou se suas amigas todas começam a namorar e ela fica sozinha, a tendência a se entregar aos tipos ‘sem futuro’ são ainda maiores".
Irritadas com a falta de sorte, mulheres se reúnem em comunidades nas redes sociais para assumirem seu "dedinho podre". O Orkut, por exemplo, abriga dezenas delas e algumas são também compostas por homens que também se sentem magoados com a falta de boas moças. Em uma delas, chamada "Dedo podre? Não! A mão inteira!", a cabeleireira Cristiane Santos deu a seguinte declaração: "Na verdade, dedo podre é uma coisa da alma. Deve ser já meio que um carma. Porque eu acho que, sinceramente, nem nascendo de novo. Eu sempre faço as escolhas erradas!!"
Aos 26 anos, Cristiane tem muita história para contar. Mãe de um menino de quatro anos, foi casada durante cinco anos e percebeu que havia se envolvido com o homem errado quando o rapaz a traiu com a melhor amiga da moça. "Nosso casamento já não estava indo bem, mas os fins não justificam os meios. Além disso, encontrei mensagens de outras mulheres no celular dele, e-mails, conversas. Ele pediu para voltar, mas não quis. Para mim, traição não tem perdão", diz.
Depois de dois anos, Cristiane se envolveu com outra pessoa e namorou durante um mês. O rapaz terminou o relacionamento por SMS e, uma semana depois, já estava com outra. "Homem errado é o que mais aparece na minha vida. E eu só descubro isso depois. Sempre acho que dessa vez será diferente", lamenta. A cabeleireira se descreve como uma mulher carente e que não gosta de ficar sozinha: "Hoje sou mais receosa e insegura em relação aos homens, mas tento não demonstrar. Mas essas coisas a gente não muda. Então, quem sabe de tanto errar um dia eu acabo acertando"?
Aos 35 anos, a psicóloga Amanda Cruz teve duas experiências bem ruins para contar. Foi casada durante nove anos e separou ao perceber que o companheiro não tinha maturidade quando o assunto era dinheiro. "Ela abusava financeiramente de mim. Assumia compromissos, não honrava e eu tinha que salvá-lo das encrencas", conta.
Depois de passar pouco mais de dois anos sozinha, Amanda conheceu um outro rapaz, cinco anos mais novo e namorou com ele durante três anos. "Ele começou a mentir para mim e quando me deparei com isso deixei de ver futuro na relação", relembra."De uma maneira geral, os homens não querem compromisso. Falta seriedade nos relacionamentos", diz. E ela garante: "Não fico com homens errados por carência. Se eu sei que o cara não anda na linha, nem começo a investir. Prefiro continuar sozinha. Dor de cabeça não"!
Amália Faria tem 23 anos e já afirma que carrega o rótulo de "dedo podre". "Todos os meus envolvimentos são iguais: no começo é tudo perfeito e de repente o cara começa a dar desculpas, para de ligar e some. Agora tento ficar mais esperta. O problema é que a gente sempre pensa que da próxima vez vai ser diferente, mas acaba sendo igual", explica. "Eu me sinto uma encalhada. Investigo tanto a vida de quem se aproxima de mim, que o rapaz acaba virando meu amigo e não rola mais nada", lamenta.
A pedagoga contou que o último namorado tinha tudo para dar certo, já que o rapaz freqüentava a igreja. "Era todo certinho e foi coroinha quando criança. Pensei: ‘agora vai!’. Saímos, começamos a namorar no mesmo dia e passei o Natal com a família dele. Depois de 18 dias, no Ano Novo, ele terminou tudo, alegando que tinha problemas com outra menina e que esta poderia estar grávida. No final não teve filho nenhum e soube pelos nossos amigos em comum que ele vai se padre", conta.
Por Juliana Falcão (MBPress)
Nenhum comentário:
Postar um comentário