A chuva cai
sem parar. São gotas enormes como lágrimas vindas do céu. Lágrimas de anjos que
choram copiosamente diante da cena que se forma diante dos meus olhos. Olhos já
secos de tanto pranto. Secos porque não conseguem mais chorar e mas apenas
procurar uma explicação para o que estava acontecendo.
Ela está tão
linda, tão serena. A vontade que tenho é de colocá-la em meus braços e não a soltar
por nada nesse mundo.
Acaricio seu rosto vagarosamente sentindo entre meus dedos a sua pele que em tantos outros momentos senti. Seus lábios macios e carnudos que vinham sempre a me procurar com doces beijos. Beijos calmos ou sufocantes, mas sempre maravilhosos. Entrego-lhe meu último beijo. O pior de todos: o último.
Acaricio seu rosto vagarosamente sentindo entre meus dedos a sua pele que em tantos outros momentos senti. Seus lábios macios e carnudos que vinham sempre a me procurar com doces beijos. Beijos calmos ou sufocantes, mas sempre maravilhosos. Entrego-lhe meu último beijo. O pior de todos: o último.
O meu coração
aperta a tal ponto, que sinto que vai explodir. Que não vou conseguir suportar
tanta dor, tanta falta. Mas é preciso. Eu preciso ser forte.
Sinto um toque
em minha mão. Olho para o meu lado e vejo a forma mais singela de um ser que
vem partilhar minha dor. Vem para me amar, acalmar, salvar.
A chuva me deixou
molhado. O frio corre por todo meu corpo e ajuda a diminuir a dor do meu
coração. Meus olhos embaçam e quase não consigo enxergar ao longe, mas mesmo
assim quero ficar aqui. Quero apenas ficar parado pensando em tudo que
aconteceu.
A noite vai me
acolhendo e com ela toda minha esperança. Ainda estou ali, parado. Não quero ir
embora por nada nesse mundo, mas sei que é preciso.
Um último
adeus e um último olhar fazem correr uma lágrima que escorre por meu corpo e
chega ao meu coração.
Então, caminho
sem olhar para trás, pois preciso continuar a viver.
Por André Lenz
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