Por André Lenz
São três horas
da manhã. Por mais que eu tente, nada me deixa dormir. Há cinco minutos atrás
eu estava me virando na cama lembrando todos os momentos que um dia me fizeram
feliz e que hoje apenas me trazem lembranças, algo especial dentro de mim que
se foi. Tudo acabado? Talvez!
A dúvida me
fez pensar e colocou minha cabeça no lugar neste momento. Não dá!
Levanto e vou em
direção à sacada. A brisa bate no meu corpo e me faz cruzar os braços. Então,
lembro-me de como abraçava você e como sentia-se segura. Olho para o infinito e
vejo a lua beijar o mar num toque de suave majestade.
Sinto sua presença. Mas onde você está? Talvez dentro de mim, no meu coração, perdida pelo mundo.
Sinto sua presença. Mas onde você está? Talvez dentro de mim, no meu coração, perdida pelo mundo.
Fecho os olhos
e parado ali em pé, pergunto ao mar:
-Vale a pena?
-Existe amor?
Apesar de tudo
eu sinto calafrios, pois apaixonei-me pelo seu sorriso. Lembro do jeito que
você me olhava e me decifrava, pelo seu sensual posicionamento de
"mulher", provocando-me desejos.
Será que você
existe?
Adoro seus
braços em volta dos meus. Acordar de manhã e sentir o cheiro do seu cabelo e ver
que realmente você está ali, ao meu lado!
Lembranças
foram só o que restou. Talvez esperanças, mas acho que perdi você, não a
encontrei. Nessa vida passei por você e você me escapou. Eu senti. Sonho?
Então caminho
lentamente para dentro de casa, olho ao redor e nada ali dentro. Só lembranças
suas, aqui dentro, do lado esquerdo.
Entro no
quarto e deito na cama. Fecho os olhos. A janela e a porta da sacada estão
abertas. A cortina é levada pela brisa que chega ao meu corpo, mas acho melhor
assim, porque o frio no meu corpo esconde o aperto no meu coração.
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