sexta-feira, novembro 29, 2013



 

Cada vez que você é honesto e conduz a si próprio com honestidade,

uma força de prosperidade impulsionará você em direção a um grande sucesso.

Cada vez que você mente, mesmo uma pequena mentira inofensiva,

existem fortes forças empurrando você em direção ao fracasso.

Joseph Sugarman

 

quinta-feira, novembro 28, 2013

Acreditar em algo

e não o viver é desonesto.

Gandhi

 

segunda-feira, novembro 18, 2013

Confiança

Autor:  John Ogilvie

 

No livro "Silent Strength for My life" (Força Tranquila Para a Minha Vida), John Ogilvie conta a história de um menino que conheceu numa viagem.

 

Ele observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu voo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.

Ogilvie entrou no avião e viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona.

 

O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa com ele e, em seguida, começou a passar o tempo colorindo um livro. Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.

 

Durante o voo o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento.

 

A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade.

 

Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com a situação e perguntou ao menino:

- Você não está com medo?

- Não senhora, não tenho medo ? ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir. Meu pai é o piloto.

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Quando você tem confiança, nada pode lhe assustar.

 

sexta-feira, novembro 15, 2013



É preciso, no geral, acreditar em alguém, para,

no particular, realmente nele depositar confiança.

Hugo von Hofmannsthal

 

quinta-feira, novembro 14, 2013

O Poder da Validação


Autor: Stephen Kanitz

 

Todo mundo é inseguro, sem exceção.

Os superconfiantes simplesmente disfarçam melhor.

Insegurança é o problema humano número um. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.

Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de "validação"

Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode se auto validar, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".

Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é".

 

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo.

Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.

Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

 

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".

domingo, novembro 03, 2013

 

O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada,

caminhando e semeando, no fim você terá o que colher.

Cora Coralina

 

sábado, novembro 02, 2013

3 dias



Acordou como sempre fez, todos os dias a mesma rotina religiosamente. Levantou, foi de pés descalços até o banheiro. Voltou pro quarto e trocou seu pijama pela roupa de corrida que sempre estava preparada, pegou o celular com o fone e o suporte para o braço, foi até a cozinha e comeu uma xícara de cereal, o de açúcar era o da vez. Tomou o resto de leite que sobrou e saiu pelo portão em direção a rua. Corria todos os dias, havia criado um hábito.

Chegou em casa suado, foi ao computador checar os emails até seu corpo dar uma esfriada, tomar banho ao chegar não resolvia, acabava transpirando. Entrou no banheiro, escovou o dente, verificou a barba no espelho e viu que precisava dar uma aparada. Ligou o chuveiro no box, esperou um pouco a água esquentar, passou o creme de barbear, desembaçou o espelho pendurado ali, manuseou a gilete suavemente, usava creme mentolado, sempre gostou da sensação de refrescância.

Parou na frente do armário, pegou o terno a direita, usava todos em seqüência, coisas do toc leve que possuía. Ajeitou o nó da gravata, calçou o sapato, fechou a porta de casa e entrou no carro. Ligou o carro e no mesmo momento o rádio se fez ouvir nos auto falantes, a música então começou.

Ouvia todo dia a mesma coisa, ária na corda sol, de Bach, era a sua tradição, seu momento de reflexão como se fosse seus 5 minutos de preparação. Essa música sempre o acalmou, costumava dizer que gostaria que tocassem em algum momento especial algum dia, algo que se tornaria marcante como se a música fizesse todo o sentido. Era sentado ali no banco do seu carro com o motor ligado que ele voava, longe com pensamentos distantes e as vezes disconexos.

Mas aquele dia foi diferente, foi único. Enquanto cada nota da música ecoava, flashes de memória foram tomando conta da sua mente, foi então que se lembrou do passado, do que era, do que havia se tornado. Se lembrou dos momentos alegres de infância, aonde não existiam preocupações e a vida era relativamente curta para ter se tornado traumatizante.

Lembrou-se do tempo onde existia um lar, onde recebia um beijo de boa noite pra dormir e não via a hora de acordar no dia seguinte pra fazer barcos de isopor e levar na fonte da praça perto da sua casa. Seu primo era seu melhor amigo, cuidava dele, o defendia, foram criados juntos e enquanto ele era o pequeno da sala seu primo era o grandão, o forte que todas as outras crianças respeitavam e tinham medo. Eram inseparáveis.

Parado ali sentado no banco, seus olhos se encheram de água, lembrou-se do passado, refletiu no presente e finalmente se deu conta de que seu primo não estava mais ali.

Uma semana antes de morrer o Mário ligou pra ele, disse que queria conversar pois a muito tempo que não se falavam, reclamou que  estava sempre ocupado com a empresa, vivia para o trabalho e que gostaria de uma visita do seu primo. Oliver então disse que estava ocupado e que logo retornaria. Não retornou. Uma semana depois seu primo teve um aneurisma e morreu, no meio da rua. Dizem que ele sabia, ligou pra Oliver e pra todo o mundo dizendo que estava com saudades, declarando afeição por todos a quem estava brigado, tinha até escrevido uma carta de desculpas para seu pai. Eles tinham um relacionamento bem conturbado, tipico da familia vieira, quase como um clichê.
Um ano já havia se passado aproximadamente da morte do Mário e a ficha de Oliver ainda não tinha caido. As vezes pegava o celular pra ligar pro mario e quando se dava conta nem completava a ligação, no inicio fez muito isso, sem querer. Sempre teve problemas pra entender que seu melhor amigo não estava mais ali, não voltaria, não ligaria novamente pra ele na madrugada para simplesmente conversas coisas frivolas. Depois de um longo ano onde procurou se ocupar com coisas que não deixavam sua mente flertar com a realidade foi que ele se deu conta que seu primo tinha morrido.
Trágico, dolorido, revoltante, depois de um ano foi invadido por sensações que nem sequer tinham aparecido em seu corpo. No velório não chorou, olhavam para o Oliver e julgaram ele forte demais, uma rocha, na verdade ele nem neste mundo estava.
Chorou copiosamente por 40 minutos, não conseguiu tirar o carro nem 5 cm da vaga, parou ali, no seu momento, ouvindo a sua música pra refletir na sua vida, pra entender de uma vez por todas que seu melhor amigo de todas as horas nunca mais iria aparecer.
Desistiu de trabalhar, mandou um sms pois não conseguiria conversar com alguém pra dizer que ficaria em casa. Entrou no elevador e nem trancou o carro, abriu a porta de casa, pegou um refrigerante e foi para a sacada, gostava da vista. Olhou bem ao longe, onde seus olhos poderiam enchergar e suspirou forte, naquele dia estaria entregue somente aos seus pensamentos.