quinta-feira, janeiro 30, 2014

Sobrevivente da Maratona de Boston fica noivo de sua enfermeira

James Costello conheceu Krista D’Agostino na clínica de recuperação e se apaixonou imediatamente; o casamento deve acontecer em breve

JAMES COSTELLO É UM DOS SOBREVIVENTES DA MARATONA DE BOSTON E VAI SE CASAR COM A ENFERMEIRA QUE CUIDOU DE SEUS FERIMENTOS, KRISTA Krista D'AGOSTINO (Foto: Reprodução/Facebook)
James Costello integra a lista de mais de 100 pessoas que jamais esquecerão o dia 15 de abril de 2013. O norte-americano é um dos sobreviventes do atentado da Maratona de Boston e, apesar de ter sido gravemente ferido pelas bombas, acredita que o que aconteceu mudou a sua vida para melhor.
 
De acordo com o jornal New York Post, James estava próximo da linha da chegada, ao lado de alguns amigos, quando foi atingido. Ele sofreu queimaduras graves e alguns cortes profundos e teve de ser levado para o Spaulding Rehabilitation Hospital, onde passou por várias cirurgias.
Lá, conheceu Krista, enfermeira responsável por ajudá-lo durante o período de recuperação. A empatia foi imediata e foi preciso poucas horas de conversa para que eles percebessem que estavam apaixonados um pelo outro.
NOVE MESES APÓS A TRAGÉDIA, O CASAL ESTÁ NOIVO (Foto: Reprodução/Facebook)
"Como todos sabem, 15 de Abril foi um dos piores dias da minha vida. Eu me perguntava porque aquilo tinha acontecido comigo. Fui enviado para o Spaulding Hospital e, alguns dias depois de chegar lá, vi uma enfermeira passando, era Krista. Depois de conversarmos um pouco percebi que ela não era só uma mulher linda, mas que tinha um coração enorme", escreveu Costello em sua página do Facebook. "Agora eu entendo porque fui envolvido naquela tragédia, era para conhecer minha melhor amiga e o amor de minha vida. Oito meses depois eu tenho o prazer de anunciar que nós passaremos o resto de nossas vidas juntos. Estamos noivos!", completou.

O casal agora está viajando pela França junto com outros sobreviventes do atentado. Todas as despesas foram pagas por uma agência de turismo de Boston. O casamento de James e Krista deve acontecer nos próximos meses.

terça-feira, janeiro 21, 2014

Amores mal resolvidos


Olhe para um lugar onde tenha muita gente: uma praia num domingo de sol, uma estação de metrô, a rua principal do centro da cidade.
Metade deste povaréu sofre de dor de cotovelo.

Alguns trazem dores recentes, outros trazem uma dor de estima, mas o certo é que grande parte desses rostos anônimos tem um amor mal resolvido, uma paixão que não se evaporou completamente, mesmo que já estejam em outra relação.

Por que isso acontece?

Tenho uma teoria, ainda que eu seja tudo, menos teórico no assunto.

Acho que as pessoas não gastam seu amor. Isso mesmo.
Os amores que ficam nos assombrando não foram amores consumidos até o fim.
Você sabe, o amor acaba. É mentira dizer que não.
Uns acabam cedo, outros levam 10 ou 20 anos para terminar, talvez até mais. Mas um dia acaba e se transforma em outra coisa: lembranças, amizade, parceria, parentesco, e essa transição não é dolorida se o amor for devorado até o fim.

Dor de Cotovelo é quando o amor é interrompido antes que se esgote. O amor tem que ser vivenciado. Platonismo funciona em novela, mas na vida real demanda muita energia, sem falar do tempo que ninguém tem para esperar. E tem que ser vivido em sua totalidade.

É preciso passar por todas as etapas:
atração-paixão-amor-convivência-amizade-tédio-fim.

Como já foi dito, este trajeto do amor pode ser percorrido em algumas semanas ou durar muitos anos, mas é importante que transcorra de ponta a ponta, senão sobra lugar para fantasias, idealizações, enfim, tudo aquilo que nos empaca a vida e nos impede de estarmos abertos para novos amores.

Se o amor foi interrompido sem ter atingido o fundo do pote, ficamos imaginando as múltiplas possibilidades de continuidade, tudo o que a gente poderia ter dito e não disse, feito e não fez.

Gaste seu amor. Usufrua-o até o fim. Enfrente os bons e maus momentos, passe por tudo que tiver que passar, não se economize.

Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade. Amores precisam dar a volta ao redor de si mesmo, fechando o próprio ciclo.

Isso é que libera a gente para Ser Feliz Novamente!!

(Arnaldo Jabor)

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Poema




Eu não quero o teu corpo
Eu não quero a tua alma,
Eu deixarei intacto o teu ser a tua pessoa inviolável
Eu quero apenas uma parte neste prazer
A parte que não te pertence.



(Joaquim Cardozo)

quinta-feira, janeiro 16, 2014

A gente se acostuma


Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia!

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

•Extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco
Marina Colasanti

quarta-feira, janeiro 15, 2014

Amigo não tem defeito



O dono de uma loja estava colocando um anúncio na porta: “Cachorrinhos à venda."
Esse tipo de anúncio sempre atrai as crianças, e logo um menininho apareceu na loja perguntando: - Qual o preço dos cachorrinhos?
O dono respondeu: - Entre R$ 30,00 e R$ 50,00.
O menininho colocou a mão em seu bolso e tirou umas moedas: - Só tenho R$2,37. Posso vê-los???
O homem sorriu e assobiou...
De trás da loja saiu sua cachorra correndo seguida por cinco cachorrinhos. Um dos cachorrinhos estava ficando para trás. O menininho imediatamente apontou o cachorrinho que estava mancando.
- O que aconteceu com esse cachorrinho? - perguntou.
O homem lhe explicou que quando o cachorrinho nasceu, o veterinário lhe disse que tinha uma perna defeituosa e que andaria mancando pelo resto de sua vida.
O menininho se emocionou e exclamou: - Esse é o cachorrinho que eu quero comprar!
E o homem respondeu: - Não, você não vai comprar esse cachorro, se você realmente o quer, eu te dou de presente. E o menininho não gostou, e olhando direto nos olhos do homem lhe disse: Eu não o quero de presente. Ele vale tanto quanto os outros cachorrinhos e eu pagarei o preço completo.
Agora vou lhe dar meus R$ 2,37 e a cada mês darei R$ 0,50 até que o tenha pago por completo.
O homem respondeu: - Você não quer de verdade comprar esse cachorrinho, filho. Ele nunca será capaz de correr, saltar e brincar como os outros cachorrinhos.
O menininho se agachou e levantou a perna de sua calça para mostrar sua perna esquerda, cruelmente retorcida e inutilizada, suportada por um grande aparato de metal.
Olhou de novo ao homem e lhe disse: - Bom, eu também não posso correr muito bem, e o cachorrinho vai precisar de alguém que o entenda.
O homem estava agora envergonhado e seus olhos se encheram de lágrimas...
Sorriu e disse: - Filho, só espero que cada um destes cachorrinhos tenham um dono como você!!!

Moral da história: Na vida não importa como somos, mas que alguém te aprecie pelo que você é, e te aceite e te ame incondicionalmente.

terça-feira, janeiro 07, 2014

O que queremos deles


Mas afinal, o que querem as mulheres de um homem? O que nós queremos? 
Em primeiro lugar, que ele nos ame muito; muito, mas não exageradamente. Que nos entenda, que nos ouça sempre com muita atenção, mesmo que não esteja muito interessado no que estamos falando (mas fingindo estar). 
Não, ele não precisa nos trazer flores; mas deve estar sempre nos procurando, fazendo um carinho no nosso ombro, pousando (apenas pousando) a mão na nossa coxa por debaixo da mesa ou quando estiver dirigindo o carro, coisa de quem se sabe dono absoluto do nosso coração (e do nosso corpo); só faz isso um homem seguro, que é o que todas queremos.
Por outro lado, é preciso que ele nos solicite muito, pergunte que gravata deve usar, se gostamos da água-de-colônia nova, que carro deve comprar, mesmo que acabe fazendo o que quer, sem dar a mínima para nossa opinião. 
Mas também é preciso que às vezes fique quieto, calado, para nos deixar bem inquietas, imaginando no que será que ele está pensando. Mulher não pode nunca se sentir nem muito segura nem muito insegura: tem que ser no ponto certo. O ponto certo, essa é a questão. Para isso é preciso sensibilidade, coisa fundamental no homem que se ama. Sensibilidade para sentir quando estamos precisando de um carinho, de um amasso ou de ficar em silêncio. 
E ser capaz de, na hora de uma briga, dizer "vem cá, sua boba", e a gente se aninhar nos braços dele esquecendo de tudo que estava falando. Ah, como é bom um homem assim. 
Não é preciso que ajude a lavar os pratos nem a arrumar a cozinha, essas bobagens a gente faz com o maior prazer quando ama. 
Mas a cada cinco minutos pode perguntar, enquanto assiste o futebol (sem tirar os olhos da TV), se ainda vai demorar muito essa arrumação, pedir para você levar uma cerveja e dizer "vem sentar do meu lado para ver o jogo". Esse jogo não nos interessa nem um pouco, mas saber que ele precisa de nós num momento tão crucial é tudo de que precisamos para ser felizes. 
E quando o time dele fizer um gol e ele comemorar te abraçando e beijando muito, seja solidária e mostre-se tão feliz como se tivesse acabado de ganhar o mais lindo vestido da última coleção de Valentino. 
Não basta ser mulher: tem que participar. 
A hora de ir para a cama é muito importante: mesmo que ele esteja estudando um processo ou lendo uma revista em quadrinhos, é fundamental que ponha a perna em cima da sua, para que você sinta que, aconteça o que acontecer, ele estará sempre ligado em você. 
E um homem que quer ser amado sobre todas as coisas não pode jamais, mas jamais, depois de apagar a luz do abajur, se virar de costas para dormir; isso é crime que nenhuma mulher perdoa. 
E quando, já no escuro, ele faz um carinho na sua cabeça e se encaixa - não há mulher que resista a um homem que sabe se encaixar bem, aí é que você sente a felicidade total e pensa que é aquele homem, aquele e nenhum outro, que pode fazê-la feliz. 
É só isso que queremos dos homens. Não é pedir muito, é?

Crônica de Danuza Leão.