Fique satisfeito quando descobrir que cometeu um erro,
ou quando os outros apontarem seus erros para você.
Você precisa ver seus erros,
para poder fazer algo a respeito deles.
Claus Moller
Não deixe de dizer hoje o quanto ama alguém, amanhã pode ser tarde demais.
- Mamãe, Papai, estou finalmente voltando para casa. - Disse Sean aos seus pais por telefone.
- Graças a Deus meu filho! Acabaram as nossas preocupações. Estamos morrendo de saudades!
- Mas antes quero pedir um favor a vocês. - Disse o jovem herói. - Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo.
- Claro! Nós adoraríamos conhecê-lo!
- Mas há algo que vocês precisam saber antes. - Continuou o filho. - Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar.
- Sinto muito em ouvir isso filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar onde morar!
- Não é bem assim mamãe. Eu quero que ele fique morando em nossa casa.
- Mas meu filho, você não sabe o que está pedindo? - Objetou o pai.
- Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. - Reforçou a mãe do soldado. - Temos nossas próprias vidas e não queremos que algo assim interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo.
Nesse momento o filho desligou o telefone e nunca mais falou com os pais que, alguns dias depois receberam um telefonema da polícia, informando que o filho havia morrido ao cair de um prédio, e não foi descartada a hipótese de suicídio.
Os pais, angustiados, se dirigiram para a cidade onde ocorreu a tragédia, e foram levados para o necrotério onde, pasmados, identificaram o corpo do filho que faltava uma perna e um braço.
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Às vezes nos acontece coisa semelhante e nem percebemos.
Quantas vezes empregamos predicados negativos a alguém que poderia se tornar nosso grande e verdadeiro amigo?
Quantas vezes desmotivamos alguém com comentários desnecessários e impensados ?
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em um determinado ponto da viagem, discutiram e um deu uma bofetada no outro.
O outro, ofendido, sem nada poder fazer, escreveu na areia:
"Hoje, o meu melhor amigo deu-me uma bofetada no rosto."
Seguiram adiante e chegaram a um oásis onde resolveram tomar banho.
O que havia sido esbofeteado e magoado começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo.
Ao recuperar-se, pegou um canivete e escreveu na pedra:
"Hoje, o meu melhor amigo salvou a minha vida."
O outro amigo perguntou: "Por quê é que, depois que te magoei, escreveste na areia e agora, escreves na pedra?"
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
"Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever onde o vento do esquecimento e o perdão se encarreguem de apagar a lembrança. Por outro, quando nos acontece algo bom e grandioso, devemos gravar isso na pedra da memória do coração onde vento nenhum em todo o mundo jamais o poderá apagar".
Certa manhã, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
- Além do cantar dos pássaros, você está ouvindo mais alguma coisa?
Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi:
- Estou ouvindo um barulho de carroça.
- Isso mesmo, e de uma carroça vazia...
Perguntei-lhe, então:
- Como o senhor sabe que a carroça está vazia, se ainda não a vimos?
- Ora - respondeu ele - é muito fácil saber se uma carroça está vazia por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz.
Tornei-me adulto, e até hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, tratando o próximo com grossura, prepotente, interrompendo a conversa dos outros ou querendo demonstrar que é a dona da verdade, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai, dizendo: "Quanto mais vazia a carroça, maior é o barulho que ela faz..."
Uma história muito antiga conta que um velho árabe analfabeto orava toda noite com tanto fervor e com tanto carinho que, certa vez, o rico chefe de uma grande caravana chamou-o à sua barraca e lhe perguntou:
- Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, se nem ao menos sabes ler?
O velho respondeu: - Grande Senhor conheço a existência de nosso Pai celeste pelos sinais Dele.
- Como assim? - indagou o chefe, admirado.
O servo humilde explicou:
- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?
- Pela letra.
- E quando o senhor admira uma jóia, como sabe quem a confeccionou?
- Pela marca do ourives, é claro.
- Quando ouves passos de animais ao redor da tenda, como sabes, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi?
- Pelos rastros.
Então, o velho convidou-o para sair da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a lua brilhava cercada por multidões de estrelas, exclamou, com respeito e alegria:
- Senhor, aqueles sinais lá em cima não podem ser de homens!
Naquele momento, o orgulhoso homem rendeu-se às evidências e, ali mesmo na areia, sob a luz prateada do luar, curvou-se e começou a orar também.
Além de fortalecer a nossa vida, quantas coisas podemos aprender com esse exemplo de fé? Em nosso cotidiano, em nosso trabalho ou mesmo no ambiente familiar à vida nos dá sinais...
E estes sinais nos indicam caminhos para que possamos mudar, melhorar, fortalecer, acreditar, realizar mais do que a cota de atribuições que nos é dado a fazer!
Fonte: Fina e Rica