terça-feira, novembro 29, 2011

Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira.

Tolstoi

Loucos por pés femininos


Várias partes do corpo feminino atraem o desejo masculino. No entanto, para os podólatras, o que importa são os pés.

“Pés bonitos me cativam e me instigam a querer mais a mulher. Acho que um pé bem cuidado é sinal de que ela é toda cheirosa, toda delicada”, explica o estudante de administração João Paulo Yaia, fã desta pequena parte do corpo feminino.

Para agradar esses aficionados, os pés sensuais devem ser pequenos, estar bem feitos, limpos, cheirosos, sem calos e frieiras. Poucos sabem, mas o pé é possui muitas terminações nervosas, colaborando para que a pessoa sinta prazer quando ele é tocado ou acariciado.

Segundo a personal sexy trainer Fátima Mourah, colunista do Vila Dois, além do fetiche por pés, os homens são atraídos por sapatos e tudo o que os envolve. Para eles, os calçados são como roupas. Uma sandália sensual pode ser comparada a um decote, por exemplo. “O calçado influencia muito, principalmente o scarpin. A podolatria é um dos maiores tipos de fetiches dos homens. Eles reparam em tudo. Adoram chupar os dedos, beijar os pés. É uma fantasia”, afirma Fátima.

A estudante Lorelay Mendes de Carvalho, de 19 anos, namorou um típico adorador de pés por um ano e oito meses. Ela conta que redobrou seus cuidados com os pés para agradá-lo. “Ele reparava bastante nos meus pés e sempre comentava se via um pé feio ou bonito, mesmo se fosse de uma amiga minha. Ele elogiava os meus e vivia dizendo que os da ex dele eram horríveis”, afirma.

Alguns homens assumem sua queda por pés femininos, mas não se denominam podólatras. Para muitas pessoas, a paixão por pés é considerada quase um ato pornográfico. Talvez por isso, a internet seja um ponto de encontro para esses apaixonados. Em chats ou páginas de relacionamentos, eles não precisam revelar sua verdadeira identidade e deixam a timidez de lado.

André S.*, de 36 anos, é um podólatra assumido. O jornalista confessa que já se relacionou com mulheres por achar seus pés bonitos e também dispensou outras por terem pés feios. Participante de uma comunidade sobre pés femininos em um site de relacionamentos, André já saiu com algumas mulheres que conheceu virtualmente por conta da beleza dos seus pés.

O podólatra prefere unhas claras e adora sandálias. “Não gosto de unhas coloridas, pois acho vulgar. Percebi há tempos que as mulheres cuidam mais dos pés e usam sandálias mais abertas, ousadas, fazem tatuagens, colocam anéis, tornozeleiras. Aquelas coisas que enlouquecem os podólatras”, observa.

Apesar de ainda ser um tabu, aparentemente tanto as mulheres como os homens estão mais abertos ao assunto. Existem até festas específicas para este fetiche, em que os podólatras literalmente viram tapetes paras as mulheres.

André admite que não fala às suas parceiras sobre sua queda. “Só abro o jogo quando peço para massageá-las ou elas pedem. A maioria adora essa preferência! Em uma ocasião dessas, já me deparei com joanetes, calos e bolhas. Claro que não gostei, mas isso não tirou meu desejo sexual”, conta o jornalista.

Fonte - MBPress

segunda-feira, novembro 28, 2011

Qual é a hora de casar?


Relacionamento não é matemática, portanto, é difícil saber a hora certa para casar. Mas ouvir a opinião de que passou por isso ajuda a lidar melhor com essa "pequena" dúvida. Para muitas mulheres, namoro tem prazo de validade sim, e depois de algum tempo é preciso pensar em juntar os trapos, não só isso, oficializar a união.

Alguns psicólogos também acreditam que existe um tempo certo para o namoro. Em seu artigo no jornal britânico Daily Mail, Pam Spurr soltou: "Se você não chegou ao altar entre 18 meses e 3 anos de relacionamento, alguma coisa está errada - e adiar a decisão não vai ajudar a consertar". Na verdade, o que ele quer mesmo dizer é que se depois dos três aninhos um dos dois chegar para o outro e dizer que quer assumir algum tipo de compromisso, e a resposta for negativa do outro lado, é hora de abrir o jogo e repensar melhor no futuro da relação.

Para a psicóloga Cristina Selva, não existe um tempo exato para sair do namoro e assumir um compromisso, mas sim afinidades e sentimentos. A partir do momento que se percebe não existi-los, o relacionamento acaba. "Não acredito que exista um risco num relacionamento longo, hoje em dia é muito comum as pessoas morarem juntas e depois se decidirem por um relacionamento mais sério", diz. Outro motivo dos namoros longo, segundo a psicóloga, é a extensão da adolescência. "É comum vermos nas famílias, moças e rapazes com 25 a 30 anos que não pensam em sair de casa e assumir uma responsabilidade, muitas vezes por pensarem que é cedo, por se preocuparem em investir na carreira". Dessa forma, o casamento fica em segundo plano.

Vamos aos exemplos na vida prática. A artista plástica Gabriela de Moraes Luiz Machado, 23, está com os preparativos a todo vapor para a cerimônia, evento que acontece em fevereiro de 2011, com um pequeno detalhe: por enquanto o casamento é segredo para a maioria dos convidados. "Está sendo muito engraçado organizar a festa porque ninguém sabe que vamos casar, a não ser nossos familiares. Todos só vão ficar sabendo quando receberem o convite", conta Gabriela que com uma boa reserva financeira, feita a partir do momento em que os dois marcaram a data, já está conseguindo pagar a festa e o apartamento.

O escolhido para esta nova "empreitada" da artista plástica foi o administrador de empresas Emerson Santos, 29. Mais apressadinhos bastaram dois meses de namoro para logo eles embarcarem na conversa sobre casamento. "Nos conhecemos em maio de 2008 e em menos de um ano já estávamos noivos", conta. Antes de marcar a data, o único empecilho foi decidir em qual cidade eles iriam morar. "Ele é de Socorro, eu de São Paulo. Isso me deixou um pouco preocupada, pois tive medo dessa mudança para mim ou para ele. Mas já está decidido, o Emerson vem para cá no fim do ano e vamos começar uma nova vida, juntos", confirma.

Vanessa Figueiredo Romão tem uma história um pouco diferente. Foram cinco anos de namoro antes de oficializar a união. "O primeiro olhar foi em um casamento, no dia dos namorados, e nos casamos cinco anos depois, na mesma data". Na época ela tinha 24, ele 26. Já no noivado, ela se sentia preparada, mas depois mudou logo de opinião pelo fato de dividir as responsabilidades entre casa, trabalho e marido. "Tinha medo de o casamento durar pouco. Apesar de cinco anos de convivência, a insegurança batia, e ainda bate". Por conta da ansiedade pré-casamento, Vanessa chegou a ter vários pesadelos.

"Um dia sonhei que ficava presa no carro, que perdiam as chaves e o padre vinha me casar no carro. Eu dentro e o noivo fora. Até sonhei que o buquê era de legumes". Alguns desses pesadelos foram de fato para a vida real. A administradora de empresas chegou a desmarcar a data e cancelar a confecção do vestido por brigas com a própria sogra - ela achava que os dois eram jovens demais para assumir um compromisso. "Colocava empecilho em tudo, coisa de mãe". Mas felizmente a situação durou pouco e logo o vestido votou a ser feito.

Morar junto é um bom negócio?

Em muitos casos, o test drive pode ser uma forma de o casal vivenciar novas situações como divisão de contas e, acima de tudo, aprender a respeitar o espaço alheio. "É uma forma se conhecerem melhor. Eles podem perceber um risco se a decisão for tomada por impulso, sem pensar nas conseqüências futuras que poderão vir a prejudicar ambos", aponta a psicóloga. Mas para Vanessa isso não foi algo tão benéfico. Antes do casório, ela foi morar na casa da sogra por alguns meses. "Não tínhamos uma relação de marido e mulher, foi aí que comecei a ver que os costumes eram diferentes, desde o simples ato de lavar e passar roupas. A mãe dele organizava as camisas por cor no guarda-roupa. Quando assumimos uma casa eu não tinha tempo para isso, ele reclamava. Na casa dele, as louças do jantar eram lavadas a noite, depois do jantar, na minha casa era diferente, e isso o incomodava. Eu não tinha pique para, depois de um dia de trabalho, chegar em casa, fazer o jantar e ainda deixar a cozinha brilhando", conta.

Assim como acontece com Vanessa, as diferenças sempre vão existir ao longo do casório, seja no início ou durante o relacionamento a dois. Para ela, o mais importante dessa história é manter um diálogo aberto. "Além do amor, a relação precisa ser baseada na confiança, dessa forma não tem como levar adiante". Na sua opinião é no casamento que homens e mulheres começam a perceber que não são apenas uma só pessoa, mas sim duas no relacionamento.


"Pessoas estas que precisam compartilhar e, muitas vezes ceder, lidar com as vontades e as insatisfações do parceiro. Isso muitas vezes contribui para que o mesmo não dê certo. Pensar em casamento é pensar em semelhanças e diferenças e, acima de tudo, ponderar", completa a psicóloga.

Por Juliana Lopes

O que Fazer com a Hipocrisia?


Por Ivan Saraiva

Você já viu gente hipócrita? As coisas funcionam mais ou menos assim: na frente, o indivíduo é uma coisa; e por trás, é outra. Na frente, fala bem; por trás, fala mal. Não vive o que diz e geralmente quer controlar a vida dos outros. Não dá certo conviver muito tempo com gente assim. A menos que escolhamos ajudá-lo. Lógico, com cuidado, para não se contaminar; senão, daqui a pouco você também começará a falar mal das pessoas!


A hipocrisia foi, com certeza, a deficiência humana mais combatida por Jesus. A hipocrisia tem a tendência de nos fazer parecer melhores do que somos na verdade. Escapamos da hipocrisia quando reconhecemos nossas limitações. Somos criaturas finitas, relativas e, portanto, imperfeitas. Quanto a isso, não conhecemos exceção, a não ser o próprio Cristo. Ninguém pode gabar-se de suas virtudes escondendo as inúmeras falhas que carrega.


O antônimo de hipocrisia é autenticidade. Mostramos autenticidade quando existe coerência entre nosso discurso e nossas ações.
Existe um antídoto para a hipocrisia. É a misericórdia. Quando realmente percebermos que não somos melhores que ninguém, então não julgaremos, não falaremos mal e teremos maior capacidade de perdoar.


Já vi muito hipócrita criticar outra pessoa por coisas que ele mesmo faz. Isso se parece com uma areia movediça, que leva cada vez mais para o fundo. Então, amigo, a saída é uma só: não julgue, não fale mal. Use e abuse da misericórdia e do perdão. Ninguém é melhor que ninguém; por isso, respeite e apenas observe como as coisas caminham. Lembre-se de que Jesus condenou a hipocrisia, mas amava cada um dos hipócritas. Eles eram pecadores tanto quanto você e eu; nem melhores nem piores.


Em sua escola, em seu bairro, pode ser que exista alguém assim. Que tal ajudar essa pessoa, em vez de virar a cara? Converse com ela, mostre o que o está incomodando. Uma conversa franca, sem machucar ninguém, sempre é uma boa saída para os impasses da vida. Enquanto você ajuda alguém a abandonar a falsidade, vai formando sua autenticidade! É isso aí!

Obs: esta foto é um papel de parede, clique em cima.

sábado, novembro 26, 2011

Confiança

Autor: John Ogilvie

No livro Silent Strength for My life (Força Tranqüila Para a Minha Vida), John Ogilvie conta a história de um menino que conheceu numa viagem.



Ele observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu voo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.

Ogilvie entrou no avião e viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona.



O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa com ele e, em seguida, começou a passar o tempo colorindo um livro. Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.



Durante o voo o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento.



A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade.



Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com a situação e perguntou ao menino:

- Você não está com medo?

- Não senhora, não tenho medo ? ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir. Meu pai é o piloto.

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Quando você tem confiança, nada pode lhe assustar
....as vezes a insegurança não nos permite tomar atitudes, levar a frente. O medo nos petrifica e nos deixa estáticos, nessas horas é que devemos buscar aquela força interior e fazer algo, qualquer coisa. Pode ser encostar sem querer na mão do outro e sem querer também esquecer de tirar, é fingir espreguiçar na cara de pau e deixar o braço quase no ombro, tente, invente, improvise porque um simples gesto pode tornar o nada em um transbordar de felicidade!!!

sexta-feira, novembro 25, 2011

Saudades


Por Milka Lopes

Hoje eu senti saudades de coisas que há muito tempo ficaram para trás.
Saudades do tempo em que:
Medo, eu tinha do escuro.
Dor, eu sentia quando caía de bicicleta.
Falta, eu sentia daquela amiguinha que morava longe.
Frustação, era quando chovia o dia inteiro e não tinha muita coisa pra fazer.
Choro, era por causa de dor de dente.
Ansiedade, era por causa do natal.
Tristeza, era por ter ficado de castigo.
Raiva, era por causa do garoto chato da escola que puxava o meu cabelo.
Preguiça, era só de acordar pra ir à escola.
Alegria, era o cheirinho de plástico daquele brinquedo novo.
Ah! Saudades, saudades do tempo em que todos os meus problemas se resumiam a isso.
Saudades daquela garotinha inocente, cheia de sonhos, que acreditava em muitas coisas, inclusive, nas pessoas!

obs: essa foto é um papel de parede, clique em cima

Para Onde Vai seu Dinheiro?

Por Ivan Saraiva

João Wesley, filho de uma humilde família de nove irmãos, morava na Inglaterra, onde seu pai, Samuel Wesley, era pastor em uma região de muita pobreza. Wesley seguiu os passos do pai e se tornou pastor. Além disso, ele foi lecionar na Universidade de Oxford, onde ganhava um bom salário e passou a viver confortavelmente.


Certa ocasião, Wesley havia gastado seu dinheiro ao comprar alguns quadros para pendurar nas paredes de seu quarto. Uma camareira bateu na porta do seu quarto e, quando Wesley abriu a porta, percebeu que a mulher não tinha agasalho suficiente para se proteger do frio. Wesley colocou a mão no bolso para lhe dar algum dinheiro para comprar um casaco, mas não achou quase nada. Imediatamente, se lembrou de Deus. Caindo em si, reconheceu que Deus não estava satisfeito com sua maneira de administrar o dinheiro. Olhando para os quadros na parede, perguntou-se se eles não representavam o dinheiro que poderia levar aquela mulher à salvação.


Wesley decidiu refazer os cálculos de suas despesas. No começo, sobrava pouco para dar aos pobres. Mas, com o passar dos anos, ele organizou suas despesas de maneira que seus gastos continuaram sempre os mesmos. Assim, sempre que seus rendimentos aumentavam, ele os separava para os pobres. Ele mantinha o mesmo padrão de vida particular e familiar, mesmo prosperando financeiramente. Suas doações cresciam à medida que sua renda prosperava. Em certa ocasião, o departamento do imposto de renda enviou uma carta a Wesley insinuando que ele não havia declarado o imposto de uma baixela de prata. Wesley respondeu: “Tenho duas colheres de prata em Londres e duas em Bristol. Essa é toda a prataria que possuo. E eu não poderei possuir mais nenhuma enquanto existirem pessoas ao meu redor querendo pão.” Wesley criou três regras que norteavam sua vida: ganhe tudo o que puder; poupe tudo o que puder; doe tudo o que puder.


Com certeza, essa é a maneira e o jeito certo de ver as coisas – mais para os outros e menos para nós. Wesley, sem dúvida, foi um homem de Deus. E nós também podemos ser, se tão somente nos entregarmos a Ele. A propósito, como você tem administrado seu dinheiro?

quinta-feira, novembro 24, 2011



A amizade pode ser um sentimento mais forte e seguro que o amor.

É amor sem cláusula de exclusividade e sem a ditadura da libido.

Padre Mário Bonatti

 




Se metade do tempo que se perde com desculpas fosse

empregado para descobrir maneiras de fazer as coisas corretamente,

o mundo estaria bem diferente.

Daniel de Carvalho Luz

 




Só há uma coisa mais dolorosa

do que aprender com a experiência.

É não aprender com a experiência.

Archibald Mac Leish

 

 


No casamento se faz menos sexo?


Uma noite é dor de cabeça. Na outra, cansaço. Na seguinte, preocupação com o projeto ou com a pós-graduação ou com os filhos.

Mas pode ser cólica, dor de dente, unha encravada. Mulher arranja a desculpa que quiser para evitar o sexo. E a prática é mais comum em casamentos estáveis do que se imagina.

Mesmo sentimentalmente equilibrados, muitos casais perdem o desejo. Mais frequentemente as mulheres acabam fazendo sexo por obrigação, se submetendo a uma espécie de sacrifício. E não se trata de não amar mais o parceiro. Apenas de não ter mais o mesmo interesse sexual em sua figura.

A psicóloga Laila Pincelli, especialista em terapia de casal, ressalta que não é uma verdade absoluta que todas as mulheres fazem sexo sem querer - até porque existem aos montes aquelas com muito mais desejo sexual que os homens -, mas em alguns casos isso acontece sim. "Elas costumam fazer sexo com mais frequência do que gostariam. Para algumas, uma vez por semanas ou por mês está bom, mas elas fazem mais vezes para agradar ao marido", exemplifica. "O número de mulheres casadas que aceitam fazer sexo com os maridos sem qualquer vontade é bem menor do que antigamente, mas mesmo assim, muitas ainda se submetem, ou por carência afetiva, ou por medo de perder o cônjuge", opina Eliana Barbosa, consultora em desenvolvimento humano.

Esse interesse se diminui por conta do dia a dia, e assim a atração física dá espaço a outro tipo de sentimento. "O relacionamento ainda tem espaço para amizade, envolvimento afetivo, mas só. O sexo fica comprometido e a vida sexual, por consequência, menos relevante", avalia Laila. Isso porque o sexo envolve uma série de investimentos por parte do casal: é preciso criar mistério e carinho, estar disposto a isso. "O casal está tão cansado e distanciado que chega uma hora em que o sexo não faz mais falta. A correria da relação diária compromete essa parte do casamento e, na maioria das vezes, eles não conseguem voltar atrás". Eliana acredita que a falta de desejo em casamentos "sentimentalmente satisfatórios" se deve à falta de abertura do casal em relação à vida sexual. E diálogo.

Não há como saber se a perda do desejo começa no homem ou na mulher - o fato é que eles reclamam mais aos quatro ventos que depois do altar, a cama esfria. No consultório, Laila percebe que a maioria é de mulheres que perdem o desejo - talvez por que elas se abram mais facilmente sobre o assunto no consultório. Mas é bem verdade que, quando a vida familiar começa, o casal não precisa dividir nada com ninguém, tudo é muito gostoso. "Aí vem o filho, que gera uma série de preocupações, ocasionando o descompasso da libido", ressalta Laila. É preciso também observar como andam as emoções de cada cônjuge, porque pode haver muito amor e carinho no casamento, mas um dos dois estar passando por problemas que acabam refletindo nos momentos mais íntimos do casal.

A perda do desejo costuma ter início então após o nascimento dos filhos e, para reverter a situação é preciso resgatar o que havia de bom. Laila afirma que a mulher acaba sendo a mais afetada porque fica sobrecarregada, responsável por um número maior de tarefas, como o cuidado com os filhos ou a administração da casa, por exemplo. "Isso a deixa cansada e não sobra energia para ativar a vida sexual", explica. "Homens e mulheres funcionam de maneiras muito diversas e não há o entendimento dessas peculiaridades, as cobranças e os conflitos começam a surgir na vida a dois e, claro, vão repercutir negativamente na vida sexual do casal", avalia Eliana.

Com esforço e vontade de reverter essa situação, é possível mudar o rumo. A primeira atitude é, claro, perceber que há um descompasso na relação. "Para que a mudança ocorra, o casal precisa estar de comum acordo e fazer coisas que reativem esse desejo sexual", sugere Laila. "É preciso que ambos se disponham a conversar sobre as suas preferências, sobre as suas frustrações, seus medos e, é claro, suas fantasias e desejos", indica Eliana. A ideia então é buscar atividades que, antigamente, os deixavam mais próximos, como viajar juntos para um determinado lugar, jantar sozinhos, criar um (novo) clima. "O que não deve ser feito é fingir que está tudo bem quando na verdade não está. Fingimento ou omissão é uma grande perda de tempo!"

Casada há 23 anos, Eliana mesmo sugere pequenas atitudes que vem dando certo na sua relação. "Escreva bilhetes ousados para seu marido e coloque, escondido, em sua pasta de trabalho, mala de viagem, gavetas ou dentro da agenda", recomenda. "Gosto também de escrever e-mails românticos e, principalmente, exaltando a importância do meu marido na minha vida. Quando a mulher toma a iniciativa de falar dos seus desejos e do seu carinho pelo esposo, ele, por consequência, se torna mais amoroso e atencioso com ela".

Outra dica importante é nunca perder a vaidade. "A mulher vaidosa, que se cuida, demonstra ao marido que se ama e se respeita - e passa uma mensagem de autoconfiança. E essa postura vai refletir positivamente na intimidade do casal", garante a consultora. A solução é tentar, juntos, transformar o excesso de intimidade: de retranca e veneno em alavanca e tempero!

Por Sabrina Passos (MBPress)

quarta-feira, novembro 23, 2011

Eu te amo, mas...

Mesmo engraçados ou inofensivos, comportamentos cotidianos do parceiro começam a incomodar – e como dar o alerta?


Ele faz piadas sem graça, escuta músicas horríveis ou dá nome para o próprio carro? O amor supera muita coisa e no relacionamento é preciso conviver com o jeito do outro. O que acontece em alguns casos é que as manias do parceiro, que antes eram tão charmosas ou engraçadinhas, começam a irritar ou incomodar no dia a dia.

Reunir essas críticas tão pequenas e tão grandes ao mesmo tempo é o objetivo do site I Love You But, idealizado pelos artistas ingleses Alex Holder e Ross Neil. Os dois perguntaram aos amigos quais eram os hábitos ou características de seus pares que os irritavam e postaram caricaturas de cada um com o depoimento. Entre o material coletado estão frases como “Eu te amo, mas você usa roupas muito pequenas para você”, “Eu te amo, mas você compra todos os presentes de Natal em outubro” ou ainda “Eu te amo, mas você coloca catchup em tudo”.

Revelar que algo incomoda é importante, segundo Ailton Amélio, psicólogo especialista em relacionamentos. Mas isso deve acontecer em uma conversa sem acusações, questionamento de caráter ou intenção de estar sempre certa. A ideia é chegar a consensos para que uma mania não tire mais vocês do sério.


José brinca ao dizer que a mulher gosta mais do cachorro Bacon que dele

“Eu te amo, mas queria que você gostasse menos de videogame”, diz a publicitária Rachel Juraski, de 27 anos, sobre o marido José Granado. Ele recentemente vendeu os aparelhos em função das brigas, mas revida: “Eu te amo, mas você gosta mais do cachorro”.

Qual o limite
É preciso avaliar o quanto o problema em questão aparece no dia a dia. “O que faz o relacionamento dar certo depende do setor onde está a incompatibilidade. Gostar de Carnaval é um problema que só aparece uma vez ao ano. Já onde sair no sábado a noite é recorrente”, explica Ailton.

“Eu sou assim” ou “Você me conheceu desse jeito” são respostas comuns para as reclamações sobre hábitos ou manias. Para o psicólogo, essa é uma reação defensiva. “O que era bom aos 18 anos não é agradável aos 40. É preciso renegociar. O relacionamento é vivo”, diz Ailton. Mesmo que seja preciso fazer um ajuste fino para garantir a harmonia do casal, vale ter cuidado com a intolerância. Afinal, no namoro ou casamento sempre haverá diferenças.

Outros casais e leitores contaram quais os “mas” de seu amor pelo parceiro.

“Eu te amo, mas você tem um paladar infantil. Só come arroz, feijão, bife e macarrão” - Camila Olivo, 27 anos.

"Eu te amo, mas você dirige muito rápido" - Alessandra Ferreira, 22 anos.

“Eu te amo, mas você anda de meia preta social com shorts” - Kelly Giacon, 29 anos.

“Eu te amo, mas você tem manias irritantes como achar que está sempre certo e não dispor de nenhuma paciência” - Bruna Burk, 24 anos.

“Eu te amo, mas você podia beber menos!” Milena Sangali, 20 anos.

“Eu te amo, mas esse seu ciúme obsessivo precisa de um tratamento!” - Zélia Torrezan, 22 anos.

“Eu te amo, mas namoro à distância não dá” - Queli Alves Santos, 25 anos.

“Eu te amo, mas você poderia me poupar de assistir jogos de futebol nas quartas à noite” - Patricia Santana de Oliveira, 23 anos.

O momento de dizer "eu te amo"

Como lidar com a ansiedade que cerca as palavras mágicas do relacionamento


Por Alexandre Adoni,


Dizer “eu te amo” pela primeira vez é um passo importante em uma relação. Alguns demoram mais e têm dificuldade para verbalizar sentimentos. Outros soltam a frase logo no começo do namoro e até assustam o pretendente. Mas será que existe hora certa para arriscar uma declaração?
Foto: Thinkstock/Getty Images

Quem faz a declaração quer ouvir um "eu te amo" de volta, mas isso nem sempre acontece

A professora Priscila de Pádua, de 31 anos, acha que seu namorado foi rápido demais. “Eu me assustei até. Em um mês ele estava falando que me ama”, lembra. Com a estudante Sarah Dias, de 20 anos, foi até mais rápido. Ela conta que ouviu um “eu te amo” no segundo encontro: “Estávamos em um show e ele disse as palavrinhas mágicas. Fiquei impressionada com a agilidade, mas não hesitei em responder da mesma forma”, contou.

Apressadinhos esses rapazes? Que nada. De acordo com um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, recentemente publicado no Journal of Psychology, os homens são três vezes mais propensos a dizer “eu te amo” logo nas primeiras semanas de namoro.

“Conquistar é algo do ativo, do masculino. A mulher é mais cautelosa. Ela primeiro precisa se sentir amada”, comenta a psicóloga e psicanalista Araceli Albino.

A resposta é importante?
A declaração é uma entrega e gera uma expectativa de resposta equivalente: todo mundo quer ouvir, pelo menos, um “eu também” do outro lado. Priscila diz que foi bem cautelosa e só conseguiu responder na mesma moeda dois meses depois que o namorado abriu o coração: “Estava ouvindo uma música que me lembrou dele e mandei uma mensagem de texto falando ‘Acho que estou te amando’”. O casal já está junto há um ano e meio e, atualmente, ela brinca que as declarações diminuíram: “agora tenho que cobrar”.


Para a psicóloga e sexóloga Carla Cecarello, é importante respeitar o limite do outro e não forçar uma retribuição. Segundo ela, não é preciso ficar decepcionada caso o parceiro não diga o “eu te amo” de volta.

“Essa intensidade do amor nunca é igual, é variável. Isso tem relação com o tipo de educação: há os que demonstram que gostam e os que não demonstram”, analisa a especialista. Ela diz ainda que uma ação pode valer por palavras de amor. “Pode ser um gesto, o jeito que mexe no cabelo, um carinho, a participação na vida da pessoa”, ressaltou Cecarello.

E quando é a melhor hora para se declarar? “O afeto amoroso é construído. Cada um tem seu timing. O importante é a atitude condizer com a fala”, concluiu Araceli Albino.

terça-feira, novembro 22, 2011

Por que há briga e rancor nos casamentos?

Regina Navarro reflete sobre as frustrações e expectativas geradas em relacionamentos amorosos


Paulo e Sofia são arquitetos, casados há oito anos, com dois filhos. De uns tempos para cá a convivência está se tornando insuportável. Paulo, na última sessão de terapia, desabafou: “Não está dando mais para aguentar. Brigamos por qualquer motivo. Ontem combinamos de ir ao cinema, mas na última hora apareceu um possível novo cliente no escritório. Tive que ligar para Sofia e desmarcar. Ela devia entender, mas não. Tudo é pretexto para discussões intermináveis. Não devia ter voltado para casa; brigamos até às quatro horas da manhã! O pior é quando é na frente de outras pessoas. No sábado passado, quando estávamos saindo com um casal amigo para almoçar, a briga foi por causa de uma vaga para estacionar o carro. O clima ficou péssimo. As pessoas ficam sem jeito e nunca sei como contornar essa situação. Parece que é impossível vivermos em paz. Isso sem contar o mau-humor e as caras amarradas, que são constantes. Sei que a culpa não é somente dela. Também fico sem paciência e, em alguns momentos, digo coisas agressivas. Na verdade, o que não sei é por que ainda ficamos juntos”.

Como no mundo ocidental há a ideia de que ninguém é inteiro, faltando um pedaço em cada um, com o casamento as pessoas imaginam que estarão de tal forma preenchidas, que nada mais vai lhes faltar. A ideia de ter enfim encontrado “a pessoa certa”, “a alma gêmea”, “a outra metade”, faz com que a satisfação das necessidades e carências pessoais seja vista como dever do parceiro. Além disso, se estabelece uma relação simbiótica propícia para que ambos projetem, um no outro, seus aspectos que consideram inaceitáveis, vergonhosos, sujos. Em pouco tempo o outro se torna insuportável, porque passa a ser visto como um poço de defeitos — os próprios e os que foram projetados nele pelo parceiro.

O psicoterapeuta José Ângelo Gaiarsa não tem dúvidas quanto ao ódio que pode se desenvolver num casamento. “Já vi casais cuja única finalidade na vida era infernizar e torturar o outro o tempo todo, em cada frase, em cada olhar. O horror dos horrores. Só dois prisioneiros vitalícios obrigados a morar para sempre na mesma cela poderiam desenvolver sentimentos tão terríveis; e só dois que se proibiram de admitir outra pessoa ou qualquer outra atividade na própria vida chegam a esse ponto de miséria moral e de degradação recíproca.”

Se a pessoa só é aceita enquanto corresponde à expectativa do outro, ela fica presa num papel e não pode sair dele. Devido ao descompasso entre o que se esperava da vida a dois e a realidade, as frustrações vão se acumulando e, de forma inconsciente, gerando ódio. Eles se cobram, se criticam e se acusam. Para Virginia Sapir, terapeuta de casais, por causa da sensação de fracasso, o que mais se vê no casamento são sentimentos de desprezo e raiva, de um para o outro, e de cada um por si.

O psicoterapeuta José Angelo Gaiarsa afirma não conhecer rancor pior que o matrimonial. “A maior parte dos casamentos, durante a maior parte do tempo, são de precários a péssimos. A cara das pessoas nessa situação fica de uma feiúra moral que assusta. O clima em torno dos dois é literalmente irrespirável, sobretudo por acreditarem ambos que têm razão.”

Para ele, o rancor matrimonial, acima de tudo amarra, pega você de qualquer jeito, imobiliza, como se você tivesse caído numa teia de aranha. Quanto mais você se mexe, mais se amargura e raiva sente. Raiva — que faz brigar; mágoa — que faz chorar. A mistura das duas é o rancor, um ficar balançando muito e muito tempo entre o homicídio e o suicídio. E cometendo ambos ao mesmo tempo, conclui ele.

Contudo, até chegar a esse ponto, o casal se esforça para manter a fantasia do par amoroso idealizado. Toleram demais um ao outro, fazendo inúmeras concessões, abrindo mão de coisas importantes, acreditando que é necessário ceder. Como nem sempre isso traz satisfação, eles se cobram, se criticam e se acusam. As brigas se sucedem. Dependendo do casal, as acusações podem se renovar ou ser as mesmas, sempre repetidas. Em muitos casos, os parceiros dependem do outro emocionalmente, precisam do parceiro para não se sentirem sozinhos e, principalmente, para que seja o depositário de suas limitações, fracassos, frustrações e também para responsabilizá-lo pela vida insatisfatória que levam.

O longo tempo de convívio pode transformar os dois ou então tornar cada um mais preso a seu próprio jeito e hábitos. Isso para se defender das cobranças, vindas do outro, para que se modifique. A consequência é um deles se tornar mais rígido, impedido de se desenvolver.

Muitos casais ficam juntos, principalmente, por hábito e por dependência. Mas com tanta necessidade do outro não é raro haver um sentimento de ódio por ele, mesmo que inconsciente.
Madre Teresa de Calcutá, a personificação da bondade, disse: “Não deixe que ninguém venha até você e vá embora sem se sentir melhor e mais feliz. Seja a expressão viva da gentileza de Deus: gentil no semblante, gentil no olhar, gentil no sorriso.”

segunda-feira, novembro 21, 2011

Tire 2 minutos do seu dia

Homens emitem mais cheque sem fundo do que mulheres


Por Mauren Motta

A proScore – Bureau de Informação e Análise de Crédito fez estudo dos últimos cinco anos e constatou que os homens, com 56% do total, têm mais cheques devolvidos do que as mulheres (44%).

Ao iniciar o estudo, a ProScore partiu da premissa de que as consumidoras fazem mais compras e, por essa razão, seriam mais suscetíveis a perder o controle dos gastos. “Isso nos surpreendeu também, pois o público masculino gasta mais do que o feminino”, salienta Barbiero, explicando: “os homens têm a tendência de não avaliar o preço do que estão adquirindo, pagando mais por menos, enquanto as mulheres, em quantidade de itens, compram mais, mas os produtos são mais baratos e têm alta utilidade. Os homens, em sua maioria, emitem cheques acima de R$ 300,00, enquanto o valor médio para as mulheres é de R$ 150,00.

O homem parece não se preocupar muito com o valor financeiro e suas compras são feitas mais em benefício próprio. Um exemplo é a aquisição de um aparelho recém-lançado de última geração. Do lado das mulheres, o consumo é pensado nas necessidades cotidianas, como alimentos e roupas. Entretanto, a preocupação em poupar é maior nos homens do que nas mulheres.

Independentemente do gênero, contudo, observa-se uma desorganização financeira dos brasileiros. “O que vemos, de modo geral, é que falta educação financeira às pessoas. Por isso, seria muito positivo um trabalho de conscientização, porque, independentemente de se gastar muito ou pouco, as contas ao final do mês precisam fechar”, conclui Barbiero.

domingo, novembro 20, 2011

Caio Fernando Abreu

"Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros, quero parar de me doar e começar a receber. Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências. Eu vou gostando, eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou… e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos. E vou dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar."

Um bom casamento é como frescobol


A relação a dois é tema constante de palestras, entrevistas, livros e crônicas. Uma dessas crônicas, intitulada "Tênis e Frescobol", foi escrita por Rubem Alves.

Integrante do livro "Retratos de Amor", o texto faz uma relação entre o casamento e estes dois esportes.

Os casais que fazem da relação um jogo de tênis têm como objetivo derrotar um ao outro. Um tem a exata noção do ponto fraco do outro e o atinge sem piedade. Alcança-se o prazer quando um dos cônjuges é colocado fora do jogo e termina sempre com a alegria de um e a tristeza de outro.

Já no frescobol não existe competição. Os dois ganham e a satisfação está na harmonia, no empenho para não deixar a bolinha cair. Quando um erra, pede desculpas e o que provocou o erro se sente culpado. E começa-se tudo de novo.

Na opinião de Cláudya Toledo, dona do site A2 Encontros, o jogo de tênis dentro de um casamento pode ser explicado com base nas diferenças naturais entre homens e mulheres. Ela tem uma essência mais amorosa e cooperativa, enquanto ele é naturalmente competitivo. "Quando a mulher começou a trabalhar, deixou despertar esse lado competitivo e o levou para dentro de casa, dando origem às brigas que nem sempre têm volta", explica. "Se a mulher não aprender a usar seu lado ‘jogador’ somente no trabalho e desenvolver o lado cooperativo e amoroso dentro de casa, o casamento não vai durar", completa.

José Ângelo Gaiarsa, autor do livro "Lições de Amor Para Sobreviver ao Casamento", acredita que os casamentos modernos se enquadram no jogo de tênis. Para ele, essa relação não tem jeito. "Não tenho nenhuma ilusão sobre o matrimônio. Dentro do casamento, um se acha prisioneiro do outro. Quando se chega a esse ponto, qualquer defeito serve para o casal começar a se machucar", declara.

Gaiarsa diz ainda que as pessoas são monótonas, pouco criativas e acabam caindo na rotina. Depois de um ano um sabe exatamente cada passo do outro. "Isso gera um descontentamento sem culpados. Você se vê obrigado a ficar e a morar com essa pessoa".

Os casamentos entre pessoas de idades de diferentes, segundo Cláudya, tendem a ser mais cooperativos, ou seja, baseados no frescobol. "Uma esposa de 35 anos não vai competir com um marido de 50 anos. Eles estão em fases de vida diferentes e, por isso, não há abertura para a competição. Hoje é comum vemos também mulheres mais velhas à procura de homens mais novos", afirma.

Na crônica "Tênis e Frescobol", Rubem Alves toma emprestada uma colocação de Nietzsche para enaltecer uma das bases da boa relação a dois: "Ao pensar sobre a possibilidade do casamento cada um deveria se fazer a seguinte pergunta: ‘Você crê que seria capaz de conversar com prazer com esta pessoa até a sua velhice?' Tudo o mais no casamento é transitório, mas as relações que desafiam o tempo são aquelas construídas sobre a arte de conversar’".

Cláudya apóia totalmente essa colocação. "Quando se tem um bom papo com a pessoa amada, a relação pode sim durar a vida toda. O vínculo se cria por meio do diálogo afetivo. As demais coisas no casamento perdem a força com o tempo", diz. "As pessoas se relacionam melhor quando sabem expor com clareza seus sentimentos. Quem provoca ruídos de comunicação, mente e não sabe falar sobre o que sente certamente terá problemas nesse campo da vida", acredita.

Para o psicólogo Thiago de Almeida, especialista em tratamentos das dificuldades do relacionamento amoroso, o diálogo é importante, apesar de ser a porta de entrada para os conflitos. Mas tudo vai depender da forma como o casal lida com as diferenças. "Certos aspectos da vida a dois conduzem ao tédio. E sem essa troca de opiniões e palavras, o marido e a esposa passam a seguir vidas paralelas", declara.

Até mesmo as chamadas brigas construtivas, ou seja, opiniões diferentes sobre os mesmos assuntos, podem ajudar o casal a definir o jogo que rege a relação. "Quando os parceiros usam esse método para conhecer um ao outro e estabelecer um contato mais íntimo, o casamento pode seguir as regras de um frescobol. Mas quando as discussões fazem os dois perderem a cabeça, o resultado é um jogo de tênis, na qual um agride o outro sem medidas", afirma o psicólogo.

Thiago de Almeida explica que quando as pessoas se encaminham para um relacionamento, a mulher espera que o parceiro supra todas as suas carências. Porém, é preciso lembrar que o homem tem essas mesmas expectativas. Esses anseios, quando não tratados com diálogos e doses de cooperação, podem trazer resultados frustrantes. "Os casais mais felizes não são os mais inteligentes, mas sim aqueles que sabem conviver com as diferenças e eliminar, por meio da convivência e da conversa, os pontos negativos da relação", define.

A conclusão que se tira da crônica de Rubem Alves é que os casamentos podem sim começar como um jogo de tênis e terminar como uma partida de frescobol ou vice-versa. O que vai definir os bons ou maus caminhos da relação é a forma como o casal vai conduzir a bola, que nada mais é do que os sonhos individuais e conjugais. Quem apostar na cooperação e no diálogo certamente vai enxergar na bola os anseios do parceiro e pegá-los para si, tornando-os reais. Agora quem aposta na competitividade e nas brigas desmedidas, tende a ver seus sonhos e os do outro transformados em frustrações. E você, que decisão pretende tomar?

Por Juliana Falcão (MBPress)

sábado, novembro 19, 2011

Dia do Beijo


No dia 13 de abril é comemorado o Dia do Beijo. É difícil saber, ao certo, o que motivou a criação da data comemorativa, mas diz a história - verdadeira ou não - que o italiano Enrique Porchelo beijava todas as mulheres que encontrava na vila em que vivia, casadas ou não. Em 13 de abril de 1882, o padre local teria oferecido um prêmio em moedas de ouro às mulheres que não haviam sido beijadas pelo "Don Juan". Conta a lenda que nenhuma apareceu e que o tesouro está escondido em algum lugar da Itália até hoje.

A verdade é que é difícil não querer dar um beijinho em quem se ama, não é? Em muitas vezes, nem precisa ser amor, atração já basta para tirar o fôlego. Também pudera, de acordo com o "Dossiê do Beijo, livro de Pedro Paulo Carneiro, existem 484 formas diferentes de beijar.

"O beijo é uma arma poderosa de sedução e pode ser considerado o termômetro do relacionamento", afirma Cláudya Toledo, terapeuta sexual e presidente da agência de relacionamentos A2Encontros. "Os relacionamentos normalmente começam com um beijo e o casal precisa dele para manter seu entrosamento, já que ele tem o poder de misturar a essência das pessoas através da boca, da respiração", acrescenta.

Ela diz ainda que muitos casais de longa data têm relação sexual sem beijo na boca, o que indicaria que a relação estacionou ou esfriou. "Variar o beijo, criar e namorar beijando é um sinal que o relacionamento está vivo", explica. Ótimo estímulo para investir no seu lado beijoqueiro, não? Confira curiosidades sobre o beijo:

- 29 músculos são ativados em um beijo apaixonados;
- O corpo se aquece, queimando até 15 calorias e a pressão arterial sobe;
- Uma pessoa troca, em média, 24 mil beijos (de todos os tipos, dos maternais aos apaixonados e, até mesmo, os roubados) ao longo da vida;

- Beijar acalma! O nível de serotonina no cérebro aumenta quando estamos beijando;

- Pesquisadores americanos afirmam que a saliva trocada em um beijo apaixonado facilita a digestão e tem efeitos benéficos sobre as defesas do organismo

E não é só isso! Segundo Cláudya, o beijo pode ativar o funcionamento de nossa saúde orgânica, biológica e energética. No livro "Eles são simples, Elas são complexas", da editora Alaúde, ela lista as sete saúdes do ser humano - física, sexual, financeira, emocional, social, mental e espiritual - e os sete beijos correspondentes a cada uma delas.

- Beijo animal: a pessoa morde os lábios e "ataca" ferozmente o outro. Representa força, ativa a saúde física.
- Beijo flex: beijo com muita língua, saliva e mordidinhas. Representa prazer, ativa a saúde sexual.
- Beijo power: um dita o ritmo para o outro. Representa posse, ativa a saúde financeira.
- Beijo doce: as línguas se entrelaçam suavemente, os corpos se unem carinhosamente. Representa amor, ativa a saúde emocional.
- Beijo surpresa: aquele roubado, causa susto e prazer inesperado, faz rir. Representa alegria, ativa a saúde social.
- Beijo focado: penetração da língua na boca como num ato sexual. Representa intenção sexual, ativa a saúde mental.
- Beijo tântrico: é aquele que evolui do tipo animal ao focado naturalmente, mudando a energia e as nuances. Representa união, integração, êxtase, ativa a saúde espiritual.

sexta-feira, novembro 18, 2011


Amar é ver no outro qualidades que mais ninguém vê....... Lenz

Ex-namorado: hora de virar a página!


Terminar um relacionamento nunca foi tarefa fácil. Nessa história que teve dia para começar, mas não para terminar, é raro quando uma das partes não sai machucada.

Mas quando se decide por um ponto final em um namoro é preciso ter postura para seguir adiante e colocar em prática a frase popular "a fila anda".

"Ex é ex. É preciso virar a página, principalmente quando outro relacionamento foi iniciado. A regra é tratar a pessoa com cordialidade e respeito", sugere a consultora de etiqueta Renata Mello. Outra atitude acertada - e ética - é ter cuidado para não difamar o ex-namorado nem levar a público as brigas entre o casal. "Isso vale para os dois. Afinal de contas, essa pessoa foi importante em uma determinada época. Independente da forma como terminou, vale o bom senso", completa.

Mesmo passando por uma traição, a fonoaudióloga Priscila, de 30 anos, vem tentando manter uma boa relação com o ex. Ela namorava há um ano e sete meses, com planos de casamento, até que o rapaz pediu um tempo. Após 15 dias de separação, ele voltou e confessou que a havia traído e que a garota com quem ficou estava grávida. "Como nos gostávamos demais, tentei fazer com que continuássemos juntos. Até me propus a ajudá-lo no que fosse possível, desde que ele continuasse comigo", conta.

A relação continuou durante alguns meses, mas quando faltavam dois meses para o bebê nascer, o rapaz decidiu que ia morar com a mãe da criança, pois não queria que ela fosse criada longe do pai. "Eu me dispus a continuar amiga dele. Ainda nos falando, embora a frequência tenha diminuído. Para mim, a amizade e a presença dele são muito importantes. O amor verdadeiro não acaba, se transforma", diz.

O psicólogo e psicoterapeuta sexual Paulo Tessariolli pensa que todos nós temos um passado e é preciso tentar compreender as diferentes atitudes de um ex. Até certo ponto. Se a pessoa liga de vez em quando para saber como você está, é até plausível no começo da separação. Mas quando isso se torna constante, é hora se ter uma conversa séria. "Deixe claro que essa postura não é legal e que a história entre vocês terminou", declara. O atual namorado, na opinião do especialista, não deve interferir nessa antiga relação, porque só vai potencializar um problema que o novo casal não deseja. "O ex não pode se tornar assunto, não pode estar presente na relação atual. Somente a pessoa envolvida deve conversar com o antigo namorado".

Ao fim de um namoro, distância é o melhor remédio. Mas se você ou ele acha que ficaram pendências, procure conversar sem dar esperanças. "Se você já estiver com alguém, não saia com o ex. Mas se mesmo assim achar que essa conversa final é realmente necessária tenha uma boa conversa com o seu namorado antes e exponha a situação. "Marque um almoço com o ex durante a semana, que tem um ar mais comercial. Evite tocá-lo e não o leve para lugares sossegados ou escondidos demais", indica Renata. "Happy hour e jantar aos fins de semana são muito sociais e não combinam com esse tipo de situação".

E por mais que você tenha ficado mal na época da separação evite humilhar ou comparar seu ex-namorado com o atual durante esta conversa. Não se esqueça de que a sua história com essa pessoa já terminou. "Não abra sua atual intimidade, nem fique contanto vantagem. Não saber como anda a vida do ex de não expor a sua são as melhores formas de evitar sofrimentos desnecessários", afirma a consultora.

Já Paulo Tessarioli não aconselha uma conversa com o ex- namorado. Quando se inicia uma nova relação é preciso estar tranquilo com o passado. Mas compartilha a mesma opinião de Renata Mello: caso seja realmente necessária uma última conversa, procure o atual e abra o jogo. "Uma boa relação tem como base a clareza, a honestidade e a ética. Portanto, fale com seu companheiro antes de se encontrar com o ex. Essa atitude evita também que alguém veja você com seu antigo namorado e tire conclusões precipitadas", comenta. "Mas deixo claro que se o ex não consegue seguir sua própria vida, pode ser indício de que algo doentio existe na forma como essa pessoa se relaciona com as demais".

A estudante de jornalismo Camila, de 20 anos, também tem história para contar. Ela e o namorado decretaram o fim do namoro depois de seis anos. Ela estudava e ele trabalhava muito. Viam-se pouco e brigavam constantemente. "No meio dessa crise, descobri que meu namorado havia me traído. Eu o perdoei, mas depois vimos que não daria mais certo", conta. A jovem disse que o ex a procurou, mas eles não voltaram. "Hoje ele é casado, tem uma filha de três meses. E eu estou feliz ao lado e outra pessoa." E ressaltou: "Encontrei no diálogo a melhor forma de lidar com o meu ex. Para mim, a conversa foi a base para encerrarmos nosso relacionamento sem pendências ou mal entendidos".

Quando os papéis se invertem, e o seu namorado quer conversar com a ex dele, é melhor tentar ficar na sua. Afinal, cada sexo reage de um jeito. "Não adianta gritar, porque é bem capaz de você perder seu namorado para a ex. Deixe-o à vontade, mas ressalte que a ideia de dar uma chance para a antiga namorada se explicar não é legal", comenta Renata. "Abra a porta. Se ele tiver que ser seu ele fica".

A maturidade do antigo casal e dos amigos em comum passa a ser testada quando os dois fazem parte da mesma roda de amigos. "Neste caso, fica um coleguismo, uma relação cordial. Amizade corresponde a um afeto, a uma cumplicidade vivenciada em várias áreas, menos a sexual. Por essa razão, não se tem amizade com ex", acredita Tessarioli.

Quando o papel se inverte e a ex do seu namorado faz parte da roda de amigos dele, chegue aos encontros do grupo cheia de segurança. Caso contrário, você vai dar expectativas para os dois voltarem. "É comum a ex tentar destruir seu sonhos, dizendo que fulano é assim e assado, que vai fazer com você o que fez com ela. Mas não leve a sério. Cada relacionamento é uma história. Respeite as palavras dela e a trate normalmente", afirma Renata.

Seja educada também caso o ex ligue quando você estiver com outro. "Atenda normalmente, mas diga que está ocupada e não fique batendo papo. Trate como um conhecido", sugere Renata. E se a relação com o ex-namorado for boa, é possível até mesmo presenteá-lo em alguma data especial, como um aniversário. "Você pode comprar algo bem impessoal como um livro, um CD bacana, um DVD ou uma camiseta. Nada de sungas, pijamas ou colônias".

Tenha a certeza de que o atual ficará com ciúmes por saber que você ainda tem contato com o ex. "Por mais que ele lhe encha de carinhos e flores, vai achar que está faltando alguma coisa. Ainda mais porque o ex conheceu a sua intimidade, esteve próximo da família que ele hoje conhece", comenta Renata. E lembra: "Os ciúmes que deixa a mulher histérica e o homem mais agressivo, costuma acontecer quando a pessoa não está bem com ela mesma. O remédio é trabalhar a autoconfiança e a autoestima".

Lembranças ruins
Fazendo um balanço do perfil de quem procura ajuda em seu consultório, Paulo Tessarioli se diz impressionado com o grande número de pessoas que ainda encontram dificuldades para se relacionarem de maneira saudável no campo afetivo. E isso se evidencia de forma muito severa no momento da separação. "A vida do outro não é propriedade. Os casais lidam com esse sentimento de maneira doentia. Já passou da hora de o ser humano perceber que o amor é uma coisa boa", diz.

Essa mesma maneira descontrolada de lidar com o fim de uma relação é observada quando há desejo de vingança por parte do ex. Nessas horas a mulher tem que ser firme e tentar se colocar no lugar dessa pessoa. Ignorar só piora a situação. "O jeito é dar um pouco de atenção, mas deixar claro que o namoro de vocês não deu certo", sugere Renata. "Você deve ser muito mais se amiga do que parceira e dar conselhos. O outro vai ter que entender que o tempo dela ao seu lado terminou".

Tessarioli faz questão de afirmar que o sofrimento é inerente a toda relação afetiva. A diferença está na maneira como se encara esse sentimento. "Muitos não sabem, mas é possível curtir o sofrimento. Faça um levantamento tentando entender o que houve, quem você é e como ficou após o fim da relação. Isso mostra que você assimilou esse rompimento de maneira saudável", explica. "O errado é jogar a culpa no outro, responsabilizá-lo pelo seu sentimento ruim".

O psicólogo lembra ainda que ninguém é o mesmo depois do fim de uma relação. Durante esses momentos a dois a pessoa deixou alguns costumes para trás. A virtude, nesses casos, está em tentar se refazer ao final disso tudo. "É possível sim perceber os erros que cometeu. Terminar um namoro e tentar construir uma nova história resgatando quem você foi um dia é fabuloso. Isso faz com que as atitudes incorretas não sejam cometidas de novo".

Renata finaliza: "Qualquer pedrinha no passado pode poluir o relacionamento atual. Não deixe seu ex atrapalhar sua vida com outra pessoa e não procure desvendar os assuntos da ex dele. O fundamental é ser feliz e estar inteira para viver uma nova história".

Por Juliana Falcão (MBPress)