quarta-feira, dezembro 18, 2013


 

O que qualquer outra pessoa diga ou faça,

não pode realmente aborrecê-lo ou irritá-lo,

a menos que você o permita.

Joseph Murphy

 

Lição de mestre

Autor: Desconhecido

 

Uma manhã, quando nosso novo professor de "Introdução ao Direito" entrou na sala, a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:

- Como te chamas?

- Chamo-me Juan, senhor.

- Saia de minha aula e não quero que voltes nunca mais! - gritou o desagradável professor.

Juan estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala. Todos estavam assustados e indignados, porém, ninguém falou nada.

- Agora sim! - e perguntou o professor - para que servem as leis?...

Seguíamos assustados, porém, pouco a pouco começamos a responder à sua pergunta:

- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.

- Não! - respondia o professor.

- Para cumpri-las.

- Não!

- Para que as pessoas erradas paguem por seus atos.

- Não!

- Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!

- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.

- Até que enfim! É isso... para que haja justiça. E agora, para que serve a justiça?

Todos começavam a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.

Porém, seguíamos respondendo:

- Para salvaguardar os direitos humanos...

- Bem, que mais? - perguntava o professor.

- Para diferençar o certo do errado...  Para premiar a quem faz o bem...

- Ok, não está mal, porém... respondam a esta pergunta:

Agi corretamente ao expulsar Juan da sala de aula?...

Todos ficaram calados, ninguém respondia.

- Quero uma resposta decidida e unânime!

- Não! - respondemos todos a uma só voz.

- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?

- Sim!

- E por que ninguém fez nada a respeito?

Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las?

- Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!

- Vá buscar o Juan - disse, olhando-me fixamente.

 

Naquele dia recebi a lição mais prática no meu curso de Direito.

"Quando não defendemos nossos direitos perdemos a dignidade e a dignidade não se negocia"


domingo, dezembro 15, 2013

Na pele

créditos: Getty Images
Na pele

Quando pequenos, a maioria de nós sonha em se tornar diversas coisas, mas aí vem a vida com a rotina e suas obrigações e esses sonhos acabam se perdendo no meio do caminho. Crescemos, e vamos tentando nos encaixar uma sociedade dita como certa e correta. Mas pergunto: esse é realmente o caminho certo?

A verdade é que não existe certo ou errado nesse mundo. O que existe é o julgamento próprio e de outros - os quais, muitas vezes, nos condicionamos a aceitar.

Somos o resultado de nossas escolhas e o que nos prende para fazer algo mais audacioso é apenas o medo, a rotina ou o próprio julgamento sobre o que os outros podem pensar. Eu questiono: mas e daí se a pessoa faz isso ou aquilo? No quê isso interfere em alguém a ponto de julgar?

Todos nós temos uma máscara que esconde as dores e sabores de ser quem somos. E só quem vive na pele, só quem conhece sua realidade, só quem vive o dia a dia de sua batalha, só quem passa o perrengue é quem pode falar!

O julgamento nunca é justo, e só quem conhece seus sentimentos internos pode falar sobre si.

Nada impede ninguém de ser várias versões de si mesmo. Somos camaleões na aparência. Trata-se de uma questão de risco calculado, pois quando se conhece a própria essência, pode-se ser qualquer coisa, pode ser mil pessoas em uma. A loucura de uns pode ser a normalidade de outros. E aí é que está a graça!

Em todos os momentos da vida você pode brincar e saber rir de si mesmo, desde que tenha condições e autoconhecimento de suas capacidades, pois só vontade não basta e às vezes temos que aceitar nossos limites. Seja na música, no esporte, no modo de vestir, na profissão que escolhe, na formação, na opção sexual, na religião e em qualquer outra área, o ser humano pode, sim, brincar consigo mesmo e se permitir o direito de escolher o que lhe faz feliz, independente do que qualquer outra pessoa nesse mundo possa achar. Até porque, no final do dia, quem paga suas contas e deita com a cabeça no travesseiro é somente quem toma suas próprias decisões. Ou seja: você.

Muita gente tem a mania de pregar a moral de cueca ou calcinha. Pornografia parece algo promíscuo ou, se pegam um vídeo de alguém e postam na internet, já falam mal. Por quê? Todos têm um lado sarcástico, pornográfico ou maléfico. Isso é inato do ser humano, que não mostra a todos por questão de bom senso, mas basta olhar o histórico de qualquer computador ou celular para perceber o que tem na mente. Hipocrisia barata! E esse é apenas um exemplo de diversos julgamentos que vemos por aí, mas que no fundo, nada mais são do que a verdade explicitada pelos autênticos e garantidos de si mesmo.

As redes sociais nos trouxeram ainda mais julgamentos e busca constante por afirmações que inflam os egos. O uso de hashtags com mensagens bonitinhas esperando pelo tão esperado ´curtir´ virou lei de sobrevivência para sair de casa. É óbvio que boa parte de nós aqui quer confete, faz parte, é bom para o ego, mas voltar seus atos em prol do julgamento alheio é sinal da falta de autossuficiência. A vida é muito mais que isso! É conhecer e respeitar a si mesmo antes de olhar para o nariz do lado.

Quem é livre disso, quem é livre de suas próprias amarras, não se importa para o quê mundo diz ser certo ou errado. Quem é livre de preconceitos, mas que se dá o respeito, é digno de viver na pele.

Viver na pele é viver à flor da pele. É ser um louco consciente de seus atos, que sabe rir de si mesmo e se garante em qualquer situação desconfortável, que tem humildade para reconhecer suas fraquezas, mas que disso tira forças para abrir novos caminhos. Quem vive na pele é quem deixa marcas por essa vida, marcas boas, que fazem a diferença não apenas na própria rotina, mas que positivamente transformam a rotina de outras pessoas.

Marcas de quem tem a ousadia de ser quem nunca imaginaria, daqueles que, sem saber que uma coisa é impossível, vai lá e faz!

Faça!



Gustavo Sana

quinta-feira, dezembro 12, 2013


60 lições que aprendemos na vida

60 lições que aprendemos na vida

Embora pensemos diferente, somos todos iguais na essência humana. A grande questão é como abordar as diferenças sem medo. Para isso não existe teoria, apenas a vivência que te  mostra o caminho que você deve percorrer seguindo sua intuição. Certa vez, um grande pianista foi abordado por um admirador que lhe perguntou: ´Como você pode usar as notas com tanta maestria?´ O pianista respondeu: ´Eu uso as notas do mesmo jeito que os outros, mas as pausas... Ah, é aí que está a arte!´

Eis que o colunista que vos fala está beirando os 30 anos e, olhando para trás, percebe que aprendeu um monte de coisas interessantes. Minha lista vai abaixo. Vejam se vocês concordam com ela:


1. Ame seus pais. Prove isso todos os dias.

2. Cada escolha, uma renúncia. Keep walking.

3. Não reclame de boca cheia. Sempre tem alguém pior que você.

4. Todos devem tomar ao menos três porres na vida.

5. A vida não é colorida, ela é colorível.

6. Nunca abaixe a cabeça pra ninguém, nem levante o nariz alto demais. Olho no olho já é suficiente.

7. As pessoas que falam dos outros para você, vão falar de você para os outros. Cuidado!

8. Não acredite em tudo que falam. Uma palavra proferida é uma arma branca.

9. A vida real é melhor que a virtual. Há 10 anos vivíamos bem sem celular.

10. O melhor orador é o melhor ouvinte.

11. Todo mundo caga, desde o rei ao plebeu.

12. Admitir seus erros é o primeiro passo da humildade.

13. Comer besteiras te deixa mais feliz.

14. Nunca seja omisso! Melhor um ´não´ bem dito do que falta de compromisso com alguém.

15. Tenha seus melhores amigos sempre por perto, mas saiba curtir seus momentos sozinho.

16. Reconheça: nem sempre você está certo. Prefira estar feliz.

17. Não se sabe o dia de amanhã. Deixe um recado para sua família e amigos num lugar onde todos lembrarão de você.

18. Diploma é algo muito bom, mas não garante nenhum sucesso financeiro.

19. Faça loucuras, permita-se ser louco com princípios.

20. Você pode ir a Las Vegas e a um boteco na vila sendo a mesma pessoa. O dinheiro não te faz diferente.

21. Resiliência é a palavra. As maiores lições de vida só são aprendidas da maneira mais difícil. Do chão não passa!

22. Ser autêntico é a única e melhor forma de agradar.

23. Dirigir cantando é um santo remédio.

24. Evite marcar um voo às 6h da manhã.

25. Quem não cola, não sai da escola.

26. É bom questionar tudo. Ter mais perguntas que respostas significa que você está sendo honesto consigo.

27. As maiores coisas da vida ainda são encontradas de graça. Basta contemplar e olhar.

28. Você é capaz de lidar com situações que achava que não poderia.

29. Ria de você mesmo. Quando outros o fizerem, você saberá como ganhar uma situação.

30. A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.

31. A maioria das coisas que você vê é apenas o que você acha que vê.

32. Elogie as pessoas. Um elogio com certeza faz a diferença no dia alguém.

33. Não existe comida ruim, existe comida sem tempero.

34. Doar é um ato de permissão e aprendizado.

35. Cumprimente qualquer pessoa, independente de sua classe.

36. Quando for visitar alguém, deixe um presente. Se pegar carona, ofereça dinheiro para o pedágio. É questão de bom senso.

37. Dinheiro não traz felicidade, mas te proporciona momentos inimagináveis. Às vezes, é preciso dinheiro para vivenciar momentos com amigos e família em ocasiões especiais. Portanto, trabalhe!

38. Não julgue.

39. Aprenda que preço e valor são coisas muito diferentes. Nascemos de bolso vazio e caráter zerado. Podemos acumular riquezas financeiras e viver os melhores momentos da vida, mas dela não levamos nada.

40. Você pode se acalmar a qualquer instante quando tem o mar e o céu a sua frente. Possua um refúgio.

41. Hay que ser duro pero sin jamas perder la ternura.

42. Não confunda vaidade com narcisismo.

43. Uma roupa não justifica o status de alguém. Muitas vezes a embalagem não condiz com o conteúdo.

44. Einstein era mais esperto que inteligente. E ele era um gênio!

45. Merdas acontecem. Reclamar é verbo, solucionar é arte.

46. Cada pessoa tem um conceito sobre tudo. Saiba respeitar as diferenças.

47. Mais valem duas horas de risco que um dia de sonhos.

48. Atitudes valem mais que palavras.

49. O tempo é o mesmo para todos. Saber agradecer ao invés de pedir é saber respeitar o tempo.

50. Se vidente previsse certo, estaria rico e não daria conselhos. A sorte só favorece aos audazes.

51. Sem saber que é impossível, qualquer um pode ir lá e fazer. Crie com o mesmo ímpeto de uma criança.

52. O veneno só faz mal se você engole.

53. Não jogue lixo na rua.

54. Colecione sorrisos e abraços.

55. O amor próprio é o maior de todos.

56. Cão que ladra não morde.

57. O lado legal da mudança é que ela pode ser feita a qualquer momento da vida. Não existem regras, nem limites.

58. Os grandes vencedores já perderam um dia.

59. Obedeça a sua intuição. Se você escutou seu coração antes de fazer o primeiro movimento, você escolheu o caminho certo. Quem aceita e respeita a intuição, sabe que fez a melhor escolha.

60. O caminho não dura para sempre. É uma bênção percorrê-lo durante algum tempo, mas um dia ele irá terminar, portanto esteja sempre pronto para despedir-se a qualquer momento. Honre seu caminho.




Gustavo Sana
 
                                                                                                       Aqueles que têm sucesso,

são normalmente os que vão atrás,

que agarram a oportunidade,

mesmo quando ela é inadequada.

Tom Peters

sexta-feira, dezembro 06, 2013

 

O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade;

o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.

Winston Churchill

segunda-feira, dezembro 02, 2013

Pelo que brilham os seus olhos ?

Autor: Luiz Marins - http://anthropos.com.br

 

Um dos melhores recrutadores de pessoas que conheci me dizia que o que ele mais observava era o brilho nos olhos dos candidatos no momento das entrevistas. O currículo era um mero desempatador, dizia ele. O que me fazia acreditar numa pessoa era o brilho de seus olhos.

 

Ele me contava que enquanto conversava com o candidato sobre vários assuntos, ficava observando o brilho dos olhos. Há pessoas que os olhos só brilham quando se fala em salário, comentava ele. Há outras que não brilham para tema algum - estão ali apenas em busca de um emprego. Há outras, porém, que os olhos brilham quando lhes é apresentado um desafio, uma dificuldade a ser transposta, uma nova oportunidade de aprendizagem. "Esses eram os meus escolhidos", dizia ele. "E nunca errei", completava com orgulho.

 

As empresas de hoje precisam de pessoas que queiram aprender, fazer, criar, inovar, se desafiar. Pessoas que façam parte da solução e não do problema. Pessoas que se comprometam, façam tudo com atenção aos detalhes e que terminam o que começam. Enfim, pessoas motivadas para a ação.

 

Muitos me dirão que isso é "papo de patrão" e que o empregado é explorado pela empresa e que não tem que se comprometer com nada além do que lhe rende seu mísero salário. Para esses, minha resposta é: vivam assim, ajam assim, pensem assim e verão o sucesso pessoal e profissional que terão e o quão felizes serão como pessoas.

 

O ser humano tem que sentir orgulho de seu trabalho, de sua participação, daquilo que faz. Esse é um componente fundamental de sua felicidade pessoal e profissional. E o sucesso profissional o fará uma pessoa mais equilibrada e capaz de lutar pelo seu bem estar familiar, pessoal, espiritual, psicológico. Para isso, é claro que as empresas devem propiciar um ambiente favorável de trabalho em todos os sentidos, mas cabe a cada um de nós construir esse ambiente, fazê-lo acontecer com harmonia e dedicação em benefício dos clientes, das pessoas que compram nossos produtos e utilizam nossos serviços e de nossos colegas de trabalho.

 

Pessoas que lutam nessa direção têm seus olhos brilhando o tempo todo. Não se entregam, se desafiam todos os dias a humanizar cada vez mais o seu trabalho e a dignificá-lo com a busca da excelência. Passam do plano do choro ao plano da ação. Agem em direção ao equilíbrio pessoal e profissional, fazem mais do que os outros esperam; andam o quilômetro extra e por isso vencem e são mais felizes. E você? Pelo que brilham os seus olhos?

 

Poucos são aqueles que veem com seus próprios olhos

e sentem com seus próprios corações.

Albert Einstein

 

sexta-feira, novembro 29, 2013



 

Cada vez que você é honesto e conduz a si próprio com honestidade,

uma força de prosperidade impulsionará você em direção a um grande sucesso.

Cada vez que você mente, mesmo uma pequena mentira inofensiva,

existem fortes forças empurrando você em direção ao fracasso.

Joseph Sugarman

 

quinta-feira, novembro 28, 2013

Acreditar em algo

e não o viver é desonesto.

Gandhi

 

segunda-feira, novembro 18, 2013

Confiança

Autor:  John Ogilvie

 

No livro "Silent Strength for My life" (Força Tranquila Para a Minha Vida), John Ogilvie conta a história de um menino que conheceu numa viagem.

 

Ele observou o menino sozinho na sala de espera do aeroporto aguardando seu voo. Quando o embarque começou, ele foi colocado na frente da fila para entrar e encontrar seu assento antes dos adultos.

Ogilvie entrou no avião e viu que o menino estava sentado ao lado de sua poltrona.

 

O menino foi cortês quando Ogilvie puxou conversa com ele e, em seguida, começou a passar o tempo colorindo um livro. Ele não demonstrava ansiedade ou preocupação com o voo enquanto as preparações para a decolagem estavam sendo feitas.

 

Durante o voo o avião entrou numa tempestade muito forte, o que fez com que balançasse como uma pena ao vento.

 

A turbulência e as sacudidas bruscas assustaram alguns dos passageiros, mas o menino parecia encarar tudo com a maior naturalidade.

 

Uma das passageiras, sentada do outro lado do corredor, ficou preocupada com a situação e perguntou ao menino:

- Você não está com medo?

- Não senhora, não tenho medo ? ele respondeu, levantando os olhos rapidamente de seu livro de colorir. Meu pai é o piloto.

- - - - - -

Quando você tem confiança, nada pode lhe assustar.

 

sexta-feira, novembro 15, 2013



É preciso, no geral, acreditar em alguém, para,

no particular, realmente nele depositar confiança.

Hugo von Hofmannsthal

 

quinta-feira, novembro 14, 2013

O Poder da Validação


Autor: Stephen Kanitz

 

Todo mundo é inseguro, sem exceção.

Os superconfiantes simplesmente disfarçam melhor.

Insegurança é o problema humano número um. O mundo seria muito menos neurótico, louco e agitado se fôssemos todos um pouco menos inseguros. Trabalharíamos menos, curtiríamos mais a vida, levaríamos a vida mais na esportiva. Mas como reduzir esta insegurança?

Alguns acreditam que estudando mais, ganhando mais, trabalhando mais resolveriam o problema. Ledo engano, por uma simples razão: segurança não depende da gente, depende dos outros. Está totalmente fora do nosso controle.

Por isso segurança nunca é conquistada definitivamente, ela é sempre temporária, efêmera.

Segurança depende de um processo que chamo de "validação"

Validar alguém seria confirmar que essa pessoa existe, que ela é real, verdadeira, que ela tem valor.

Todos nós precisamos ser validados pelos outros, constantemente. Alguém tem de dizer que você é bonito ou bonita, por mais bonito ou bonita que você seja. O autoconhecimento, tão decantado por filósofos, não resolve o problema. Ninguém pode se auto validar, por definição.

Você sempre será um ninguém, a não ser que outros o validem como alguém. Validar o outro significa confirmá-lo, como dizer: "Você tem significado para mim".

Validar é o que um namorado ou namorada faz quando lhe diz: "Gosto de você pelo que você é".

 

Um simples olhar, um sorriso, um singelo elogio são suficientes para você validar todo mundo.

Estamos tão preocupados com a nossa própria insegurança, que não temos tempo para sair validando os outros.

Estamos tão preocupados em mostrar que somos o "máximo", que esquecemos de dizer aos nossos amigos, filhos e cônjuges que o "máximo" são eles. Puxamos o saco de quem não gostamos, esquecemos de validar aqueles que admiramos.

 

Se quisermos tornar o mundo menos inseguro e melhor, precisaremos treinar e exercitar uma nova competência: validar alguém todo dia. Um elogio certo, um sorriso, os parabéns na hora certa, uma salva de palmas, um beijo, um dedão para cima, um "valeu, cara, valeu".

domingo, novembro 03, 2013

 

O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada,

caminhando e semeando, no fim você terá o que colher.

Cora Coralina

 

sábado, novembro 02, 2013

3 dias



Acordou como sempre fez, todos os dias a mesma rotina religiosamente. Levantou, foi de pés descalços até o banheiro. Voltou pro quarto e trocou seu pijama pela roupa de corrida que sempre estava preparada, pegou o celular com o fone e o suporte para o braço, foi até a cozinha e comeu uma xícara de cereal, o de açúcar era o da vez. Tomou o resto de leite que sobrou e saiu pelo portão em direção a rua. Corria todos os dias, havia criado um hábito.

Chegou em casa suado, foi ao computador checar os emails até seu corpo dar uma esfriada, tomar banho ao chegar não resolvia, acabava transpirando. Entrou no banheiro, escovou o dente, verificou a barba no espelho e viu que precisava dar uma aparada. Ligou o chuveiro no box, esperou um pouco a água esquentar, passou o creme de barbear, desembaçou o espelho pendurado ali, manuseou a gilete suavemente, usava creme mentolado, sempre gostou da sensação de refrescância.

Parou na frente do armário, pegou o terno a direita, usava todos em seqüência, coisas do toc leve que possuía. Ajeitou o nó da gravata, calçou o sapato, fechou a porta de casa e entrou no carro. Ligou o carro e no mesmo momento o rádio se fez ouvir nos auto falantes, a música então começou.

Ouvia todo dia a mesma coisa, ária na corda sol, de Bach, era a sua tradição, seu momento de reflexão como se fosse seus 5 minutos de preparação. Essa música sempre o acalmou, costumava dizer que gostaria que tocassem em algum momento especial algum dia, algo que se tornaria marcante como se a música fizesse todo o sentido. Era sentado ali no banco do seu carro com o motor ligado que ele voava, longe com pensamentos distantes e as vezes disconexos.

Mas aquele dia foi diferente, foi único. Enquanto cada nota da música ecoava, flashes de memória foram tomando conta da sua mente, foi então que se lembrou do passado, do que era, do que havia se tornado. Se lembrou dos momentos alegres de infância, aonde não existiam preocupações e a vida era relativamente curta para ter se tornado traumatizante.

Lembrou-se do tempo onde existia um lar, onde recebia um beijo de boa noite pra dormir e não via a hora de acordar no dia seguinte pra fazer barcos de isopor e levar na fonte da praça perto da sua casa. Seu primo era seu melhor amigo, cuidava dele, o defendia, foram criados juntos e enquanto ele era o pequeno da sala seu primo era o grandão, o forte que todas as outras crianças respeitavam e tinham medo. Eram inseparáveis.

Parado ali sentado no banco, seus olhos se encheram de água, lembrou-se do passado, refletiu no presente e finalmente se deu conta de que seu primo não estava mais ali.

Uma semana antes de morrer o Mário ligou pra ele, disse que queria conversar pois a muito tempo que não se falavam, reclamou que  estava sempre ocupado com a empresa, vivia para o trabalho e que gostaria de uma visita do seu primo. Oliver então disse que estava ocupado e que logo retornaria. Não retornou. Uma semana depois seu primo teve um aneurisma e morreu, no meio da rua. Dizem que ele sabia, ligou pra Oliver e pra todo o mundo dizendo que estava com saudades, declarando afeição por todos a quem estava brigado, tinha até escrevido uma carta de desculpas para seu pai. Eles tinham um relacionamento bem conturbado, tipico da familia vieira, quase como um clichê.
Um ano já havia se passado aproximadamente da morte do Mário e a ficha de Oliver ainda não tinha caido. As vezes pegava o celular pra ligar pro mario e quando se dava conta nem completava a ligação, no inicio fez muito isso, sem querer. Sempre teve problemas pra entender que seu melhor amigo não estava mais ali, não voltaria, não ligaria novamente pra ele na madrugada para simplesmente conversas coisas frivolas. Depois de um longo ano onde procurou se ocupar com coisas que não deixavam sua mente flertar com a realidade foi que ele se deu conta que seu primo tinha morrido.
Trágico, dolorido, revoltante, depois de um ano foi invadido por sensações que nem sequer tinham aparecido em seu corpo. No velório não chorou, olhavam para o Oliver e julgaram ele forte demais, uma rocha, na verdade ele nem neste mundo estava.
Chorou copiosamente por 40 minutos, não conseguiu tirar o carro nem 5 cm da vaga, parou ali, no seu momento, ouvindo a sua música pra refletir na sua vida, pra entender de uma vez por todas que seu melhor amigo de todas as horas nunca mais iria aparecer.
Desistiu de trabalhar, mandou um sms pois não conseguiria conversar com alguém pra dizer que ficaria em casa. Entrou no elevador e nem trancou o carro, abriu a porta de casa, pegou um refrigerante e foi para a sacada, gostava da vista. Olhou bem ao longe, onde seus olhos poderiam enchergar e suspirou forte, naquele dia estaria entregue somente aos seus pensamentos.
 
 
 

quarta-feira, outubro 30, 2013

 
 

Fique satisfeito quando descobrir que cometeu um erro,

ou quando os outros apontarem seus erros para você.

Você precisa ver seus erros,

para poder fazer algo a respeito deles.

Claus Moller

 

 

terça-feira, outubro 29, 2013

Na pele

créditos: Getty Images
Na pele

 

Quando pequenos, a maioria de nós sonha em se tornar diversas coisas, mas aí vem a vida com a rotina e suas obrigações e esses sonhos acabam se perdendo no meio do caminho. Crescemos, e vamos tentando nos encaixar uma sociedade dita como certa e correta. Mas pergunto: esse é realmente o caminho certo?

A verdade é que não existe certo ou errado nesse mundo. O que existe é o julgamento próprio e de outros - os quais, muitas vezes, nos condicionamos a aceitar.

Somos o resultado de nossas escolhas e o que nos prende para fazer algo mais audacioso é apenas o medo, a rotina ou o próprio julgamento sobre o que os outros podem pensar. Eu questiono: mas e daí se a pessoa faz isso ou aquilo? No quê isso interfere em alguém a ponto de julgar?

Todos nós temos uma máscara que esconde as dores e sabores de ser quem somos. E só quem vive na pele, só quem conhece sua realidade, só quem vive o dia a dia de sua batalha, só quem passa o perrengue é quem pode falar!

O julgamento nunca é justo, e só quem conhece seus sentimentos internos pode falar sobre si.

Nada impede ninguém de ser várias versões de si mesmo. Somos camaleões na aparência. Trata-se de uma questão de risco calculado, pois quando se conhece a própria essência, pode-se ser qualquer coisa, pode ser mil pessoas em uma. A loucura de uns pode ser a normalidade de outros. E aí é que está a graça!

Em todos os momentos da vida você pode brincar e saber rir de si mesmo, desde que tenha condições e autoconhecimento de suas capacidades, pois só vontade não basta e às vezes temos que aceitar nossos limites. Seja na música, no esporte, no modo de vestir, na profissão que escolhe, na formação, na opção sexual, na religião e em qualquer outra área, o ser humano pode, sim, brincar consigo mesmo e se permitir o direito de escolher o que lhe faz feliz, independente do que qualquer outra pessoa nesse mundo possa achar. Até porque, no final do dia, quem paga suas contas e deita com a cabeça no travesseiro é somente quem toma suas próprias decisões. Ou seja: você.

Muita gente tem a mania de pregar a moral de cueca ou calcinha. Pornografia parece algo promíscuo ou, se pegam um vídeo de alguém e postam na internet, já falam mal. Por quê? Todos têm um lado sarcástico, pornográfico ou maléfico. Isso é inato do ser humano, que não mostra a todos por questão de bom senso, mas basta olhar o histórico de qualquer computador ou celular para perceber o que tem na mente. Hipocrisia barata! E esse é apenas um exemplo de diversos julgamentos que vemos por aí, mas que no fundo, nada mais são do que a verdade explicitada pelos autênticos e garantidos de si mesmo.

As redes sociais nos trouxeram ainda mais julgamentos e busca constante por afirmações que inflam os egos. O uso de hashtags com mensagens bonitinhas esperando pelo tão esperado ´curtir´ virou lei de sobrevivência para sair de casa. É óbvio que boa parte de nós aqui quer confete, faz parte, é bom para o ego, mas voltar seus atos em prol do julgamento alheio é sinal da falta de autossuficiência. A vida é muito mais que isso! É conhecer e respeitar a si mesmo antes de olhar para o nariz do lado.

Quem é livre disso, quem é livre de suas próprias amarras, não se importa para o quê mundo diz ser certo ou errado. Quem é livre de preconceitos, mas que se dá o respeito, é digno de viver na pele.

Viver na pele é viver à flor da pele. É ser um louco consciente de seus atos, que sabe rir de si mesmo e se garante em qualquer situação desconfortável, que tem humildade para reconhecer suas fraquezas, mas que disso tira forças para abrir novos caminhos. Quem vive na pele é quem deixa marcas por essa vida, marcas boas, que fazem a diferença não apenas na própria rotina, mas que positivamente transformam a rotina de outras pessoas.

Marcas de quem tem a ousadia de ser quem nunca imaginaria, daqueles que, sem saber que uma coisa é impossível, vai lá e faz!

Faça!




Por Gustavo Sana

segunda-feira, outubro 28, 2013

Para Pensar...

Autor: Desconhecido

 

- Mamãe, Papai, estou finalmente voltando para casa. - Disse Sean aos seus pais por telefone.

- Graças a Deus meu filho! Acabaram as nossas preocupações. Estamos morrendo de saudades!

- Mas antes quero pedir um favor a vocês. - Disse o jovem herói. - Tenho um amigo que eu gostaria de levar junto comigo.

- Claro! Nós adoraríamos conhecê-lo!

- Mas há algo que vocês precisam saber antes. - Continuou o filho. - Ele foi terrivelmente ferido em combate. Pisou numa mina e perdeu um braço e uma perna. Pior ainda é que ele não tem nenhum outro lugar para morar.

- Sinto muito em ouvir isso filho! Talvez possamos ajudá-lo a encontrar algum lugar onde morar!

- Não é bem assim mamãe. Eu quero que ele fique morando em nossa casa.

- Mas meu filho, você não sabe o que está pedindo? - Objetou o pai.

- Alguém com tanta dificuldade seria um fardo para nós. - Reforçou a mãe do soldado. - Temos nossas próprias vidas e não queremos que algo assim interfira em nosso modo de viver. Acho que você poderia voltar para casa e esquecer esse rapaz. Ele encontrará uma maneira de viver por si mesmo.

 

Nesse momento o filho desligou o telefone e nunca mais falou com os pais que, alguns dias depois receberam um telefonema da polícia, informando que o filho havia morrido ao cair de um prédio, e não foi descartada a hipótese de suicídio.

Os pais, angustiados, se dirigiram para a cidade onde ocorreu a tragédia, e foram levados para o necrotério onde, pasmados, identificaram o corpo do filho que faltava uma perna e um braço.

- - - - - -

Às vezes nos acontece coisa semelhante e nem percebemos.

Quantas vezes empregamos predicados negativos a alguém que poderia se tornar nosso grande e verdadeiro amigo?

Quantas vezes desmotivamos alguém com comentários desnecessários e impensados ?

 

quarta-feira, outubro 23, 2013

Bah os homens!
Fazem xixi em pé, limpam a mão suja na camisa, possuem seus hobbies e nao deixam deles por nada, nada deste mundo!
Nao se envergonham por ir de chinelo no shopping, camisa velha no supermercado, ou constrangidos por irem mais esportivos em algum evento fora do padrão de vestimenta!
Nao possuem pudores de tantas coisas e pouca coisa se torna embaraçoso,pois nao perdem seu tempo se questionando deixando de aproveitar e se divertir.

Se reúnem, são parceiros, amigos irmãos e devotos à amizades que nem mesmo vêem há anos, mas quando se encontram parece que foi mês passado que se viram pela ultima vez! 
Se chingam feito crianças, se apelidam com o que o outro tem de bizarro ou foi capaz de fazer alguma atrapalhada inesquecível!
Nao são cheios de mimimis, são práticos, rápidos, por vezes insensatos mas nao se lastimam muito! 
Fazem uma reflexão sobre a vida no curto tempo de escovar os dentes, escolhem uma roupa como se fosse um uniforme, nao sabem bem ao certo para que serve etiqueta social e nem que de planeta tenha vindo esta regra de convivência descabida!

O NAO é geralmente é o NAO, assim como o SIM tem seu papel exercido!

Gosta de ter momentos sociais e gosta dos momentos NADA!
Onde NADA é nada mesmo...nada de pensar, nada de agir com raciocínio, o nada que nada pode ser mais que nada! Porque o NADA é o melhor momento! 
Nem que seja pra assistir tv vendo nada de interessante, ou trocar canais insistemente pensando em...nada por exemplo!

Definitivamente, por mais que eu nao tenha NADA a ver com isso, devo dizer que TUDO isso e mais outras coisas eu invejo! 

E tão pouco quero gerar intrigas dizendo que são melhores ou piores que nós mulheres!

Simplesmente são homens...

E nós as mulheres, que um dia ou outro já nos pegamos invejando pelo menos alguma outra coisa que eles fazem tão naturalmente, que por vezes até irrita!

Aaaah mulheres!
Bah os homens!


Por Simone Czar Ce message, ainsi que tous les fichiers joints à ce message, peuvent contenir des informations sensibles et/ ou confidentielles ne devant pas être divulguées. Si vous n'êtes pas le destinataire de ce message (ou que vous recevez ce message par erreur), nous vous remercions de le notifier immédiatement à son expéditeur, et de détruire ce message. Toute copie, divulgation, modification, utilisation ou diffusion, non autorisée, directe ou indirecte, de tout ou partie de ce message, est strictement interdite. This e-mail, and any document attached hereby, may contain confidential and/or privileged information. If you are not the intended recipient (or have received this e-mail in error) please notify the sender immediately and destroy this e-mail. Any unauthorized, direct or indirect, copying, disclosure, distribution or other use of the material or parts thereof is strictly forbidden.