terça-feira, março 11, 2014

do livro As 5 Linguagens do Amor

Esse trecho do livro demonstra bem como as pessoas devem dialogar constantemente. Esquecemos que homens e mulheres não falam a mesma lingua, e tanto um quanto o outro julgam estar fazendo as coisas corretas, e na verdade estão, mas tudo pode desmoronar simplesmente por conta de um não entender ao outro. Segue:



Existe  um  tipo  de  presente  que  é  intangível  e muitas vezes fala mais alto do que qualquer outro que você possa ter nas mãos. Eu o chamo de presente da sua presença, ou presente de si mesmo. Estar ao lado de seu cônjuge quando este precisa de você fala mais alto do    que       aquele                cuja            primeira      linguagem  é        receber presentes. Jan disse-me certa vez:

— Meu marido Donald gosta mais de futebol do que de mim!

E eu então lhe perguntei:

— Por que você diz isso?

— No dia em que nosso filho nasceu, ele foi jogar bola. Eu fiquei a tarde toda sozinha, deitada em um leito

da maternidade, enquanto ele se divertia com os colegas o tempo todo. Fiquei arrasada. Aquele era um dos momentos mais preciosos de nossas vidas. Queria que o desfrutássemos  juntos.  Desejava  que  ele estivesse ali comigo. Mas Don abandonou-me e foi jogar!

Aquele marido poderia ter mandado dúzias de rosas para a esposa, mas elas de forma alguma falariam tão alto quanto se ele estivesse no hospital, ao lado da esposa. Posso afirmar que Jan ficou profundamente magoada com aquela experiência. O “bebê” tem agora 15 anos e ela ainda fala do ocorrido com todas as emoções presentes, como se tivesse acontecido no dia anterior. Procurei sondá-la com a seguinte pergunta:

— Você baseou sua conclusão, de que Don aprecia mais a futebol do que a você, naquela experiência?

 Não  só,  mas  também.  No  dia  do  funeral  de minha mãe, ele também foi jogar bola.

— Mas ele foi ao funeral?

— Foi. Mas assim que a cerimônia terminou, ele foi direto  jogar.  Eu  não  podia                                                  acreditar.   Meus  irmãos levaram-me para casa, pois meu marido tinha ido jogar futebol!

Mais tarde tive a oportunidade de perguntar a Don sobre essas duas situações. Ele sabia exatamente do que eu falava:

É, eu sabia que ela falaria ao senhor sobre isso. Eu estava lá durante todo o trabalho de parto e também quando o bebê nasceu. Tirei fotos. Eu estava muito feliz e não via a hora de contar para os meus colegas do time a  boa  notícia.  Mais  tarde,  quando  voltei ao hospital, “minha bola murchou”! Ela estava furiosa comigo. Eu não podia acreditar que era ela quem me dizia todas aquelas            coisas        horrorosas!     Achei que    ela     ficaria

orgulhosa por eu ter prazer em querer dar a boa notícia ao time...

A presença do (a) esposo (a) em tempo de crise é o maior presente que se pode dar
a um njuge cuja primeira linguagem do amor
seja “Receber Presentes”.

Ele prosseguiu:

E quando a mãe dela morreu? Provavelmente não lhe contou que eu tirei uma semana de férias antes que minha sogra morresse e fiquei o tempo todo entre o hospital e a casa dela, fazendo reparos e ajudando no que era preciso. Após sua morte, terminando o funeral, achei que tinha feito tudo o que podia. Eu precisava de um descanso. Gosto muito de futebol e sabia que um joguinho ajudar-me-ia a relaxar e a aliviar um pouco a tensão dos últimos dias. Achei que ela compreenderia isso. Fiz tudo o que achei ser importante para ela, mas não foi suficiente. Ela nunca esquecerá e sempre jogará na minha cara aqueles dois dias. Ela diz que eu gosto mais de futebol do que dela. Isso é ridículo!

Don   era   um   marido   sincero   que   falhou   em compreender a tremenda importância de sua presença. A permanência dele era mais importante para ela do que qualquer outra coisa. A presença do (a) esposo (a) em tempos de crise é o maior presente que se pode dar a um cônjuge cuja primeira linguagem do amor seja “Receber Presentes”.  A  presença  física  torna-se  o  símbolo  do amor. Retire esta presença e a percepção desta virtude evapora-se.    Durante                o      aconselhamento,      Don   e        Jan trataram das feridas e dos ressentimentos do passado. Ela conseguiu perdoá-lo e ele pôde compreender porque

sua presença era tão importante para ela.

Se a presença de seu cônjuge é muito importante para você, eu o (a) incentivo a expressar-lhe isso. Não espere que ele (ela) leia  sua mente.  E se porventura ouvir a expressão: “Gostaria muito que você estivesse lá comigo  amanhã  (hoje  à  noite,  esta  tarde,  etc.)”;  por favor, leve esse pedido a sério. Talvez, de seu ponto de vista, sua presença não seja tão importante, mas se vonão atender a esta solicitação, poderá comunicar uma mensagem negativa.

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