sábado, janeiro 24, 2009

Cronica do Amor

  Se amor com amor se paga, eu serei um eterno devedor. Nesta minha  relação aflitiva com o dito, apenas sobram enredos assoberbados sobre as tentativas de expressá-lo na sua ausência. Da felicidade, outra entidade implícita ao mesmo, nem falarei pois dizem que anda às cavalitas e, de vez em quando, até dá pulos!!!

  Sou contra o simples e acomodado contentamento, para isso prefiro atirar bocados de regueifa aos pardais num qualquer banco sujo de jardim. Em tempos, alguém me mimou com o pomposo "és um parvo frio", ora estando a temperatura do meu corpo habitualmente a rondar os 37ºC poderei atestar a veracidade da presunção pela metade. E por falar em metade, está aberta a época do rally papper "à procura da santa cara-metade". "Três metades e mais uma" não é um blockbuster mas provoca uma correria louca de almas a divagar e suspirar pelo seu bilhete, perdão pelo seu mais que tudo… Esforço-me e sempre esbarro, esbarro e sempre me esforço! Desistirei até meter nos cornos que a procura é um processo tão natural como não acertar com o jacto de urina na tampa da sanita. Pobre linguagem a minha quando o amor é disfarçadamente criativo!
  E pensar que já passou um mês desde a minha declaração definitiva de dívida… e nada mudou, quase nada…! Apenas e só um encontro, uma conversa sobre a geração "Oceano Pacífico", o dançar esquisito à la "The Cure", uns sorrisos parvos, um beijo que se fez desejo para última cena anti-climax de um filme romântico. E tudo isso nas traseiras do Cemitério de Agramonte com vista para a entrada principal do Lidl da Boavista. E depois? Depois, adeus! Ou a gente encontra-se por aí.
Mas é de mim, sou demasiado "in", a saber: incoerente, indeciso, insatisfeito, …
  E foi a "crónica do eu", com amor e carinho!

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