quinta-feira, abril 26, 2012

Casou e mudou!



por Daniela Pessoa

Tudo na vida muda. E alguns homens, depois do casamento, também!


Dividir o mesmo teto com quem antes era o namorado supercarinhoso, atencioso e romântico parece ser uma idéia genial. No começo, é mesmo o maior clima de encanto. Mas, depois de algum tempo (às vezes nem muito!), ele não se comporta exatamente como você esperava e o príncipe acaba virando sapo. 'Opa! Foi com esse homem que me casei?'.

Pois é, se antes era 'benzinho' para cá, 'te amo' para lá, agora não tem carinho nem no final de semana, porque o maridão anda muito ocupado assistindo o futebol de domingo. Sexo? De duas vezes por noite passa para uma por mês e olhe lá. O marido ficou preguiçoso... e gordo. É quando, somando todas as mudanças que ele trouxe no pacote do casamento, o 'era uma vez' pode virar fim. Desistir ou insistir? Veja no que essa história pode dar!





Da água para o vinho

A de Gisele Aguiar*, advogada, não teve final feliz. Ela bem que tentou, durante três anos, entender o que se passava na cabeça - e nos atos - do marido, mas a mudança drástica do homem apenas uma semana depois do casamento foi demais para ela levar adiante o peso daquela relação.

Na primeira semana de casamento, com dívidas até o pescoço, ela resolveu usar uma reserva que tinha para não começar a vida a dois com o pé esquerdo. "Foi um erro. Sem dinheiro fiquei totalmente dependente dele, que encontrou a chance de me controlar", conta Gisele. "Ele falava que eu dava mais atenção para os meus amigos do que para ele, ficava ouvindo atrás da porta, quando a gente marcava algo ele nunca queria ir ou que eu fosse. Mas quando a gente namorava, não era assim. Eu comunicava que estava saindo e pronto. Depois, nem me deixar sair ele deixava!", espanta-se Gisele, que não deixou de fazer suas coisas.

“Casamento é isso mesmo, um namoro e aprendizado eternos. Tem que buscar surpreender, seja com presentes, bilhetes, torpedos, uma lingerie nova. Senão as pessoas vão ficando acomodadas mesmo”

Com menos de uma semana de vida matrimonial, a advogada já pensava 'o que eu fiz da minha vida?'. Mas, O.K., bola para frente. Só que a bola nunca entrava no gol e passava longe da trave. A mudança do marido foi radical. "O bonzinho virou controlador. O amigo, adversário. E não tinha conversa, porque ele se achava sempre certo. Sabe aqueles homens que pensam que a mulher tem que viver só para o marido? Pois é, o meu era - ou se tornou - um deles", diz Gisele. "Talvez tenha fingido ser bom partido só para casar, porque eu fugia da raia", ri Gisele, que desistiu de lutar pelo casamento quando o interesse sexual acabou por completo.

Viúva de marido vivo

A advogada Márcia Meireles* passou pelo mesmo dilema. "Ele mudou no sentido de estar mais acomodado, não querer sair tanto, ser menos carinhoso, beber demais", conta Márcia. No entanto, ela diz que a mudança foi gradual, que no início é tudo muito bom, vai tudo muito bem, mas com o passar do tempo aparecem os problemas.

Um dos tais problemas era a sinuca que o marido frequentava todo santo dia depois do trabalho, chegando sempre muito tarde em casa. "Eu trabalhava e, quando chegava em casa, ainda tinha que cuidar das crianças, fazer o trabalho doméstico. Me sentia 'viúva', sem ter um companheiro com quem conversar, pois ele estava na sinuca, inclusive nos fins de semana. Passear com a esposa e filhos? Não dava, estava cansado!", lembra a advogada.

Quando ela resolveu fazer outra faculdade, piorou. O maridão dizia que ela não se distraía por opção. E se chega ao ponto de um não entender o que o outro deseja, pronto, qualquer coisinha rende falatório e reclamação. "Ele não entendia que eu encontrava tempo para me divertir, sim, só que eu queria me divertir com ele! Volta e meia era uma discussão e até cheguei a pensar em me separar. Eu pensava (e dizia) ‘não foi para viver assim que eu me casei! Eu queria compartilhar, mas na nossa vida só existe dividir'", conta.

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