sexta-feira, julho 20, 2012

Pesquisa analisa os pontos negativos do namoro virtual

 

Pesquisa analisa os pontos negativos do namoro virtual

Pesquisa analisa os pontos negativos do namoro vir
Conhecer alguém especial pela internet tem sido uma ótima alternativa para quem não tem muito tempo de ir aos chamados "paqueródromos". Há quem deteste estes serviços oferecidos pelos sites de namoro, até tirem sarro das pessoas que se cadastram neles, mas há muita gente que encontrou a cara-metade assim.
Independente do resultado final, é importante lembrar que os relacionamentos virtuais têm dois lados e, se não tomarmos cuidado, o tombo pode ser bem maior do que no mundo real.

Quem avaliou os benefícios e malefícios deste tipo de namoro foi Maria Helena Vilela, diretora do Instituto Kaplan, Centro de Estudos da Sexualidade Humana. "A internet, além de ser uma preparação para quem pretende se relacionar, é uma ótima ferramenta para aqueles que têm dificuldade em se expor no mundo real", comenta. "O problema é quando o usuário fica refém dos sites. Aí é preciso procurar ajuda", alerta.
Entre os pontos positivos está o fato de a pessoa poder procurar com detalhes o tipo de parceiro que lhe interessa. "Ela pode escolher cor do cabelo, dos olhos, tipo físico, idade, profissão, renda... Procurar alguém no mundo real que tenha exatamente as características físicas que desejamos é muito complicado e pode demorar demais", defende Maria Helena.
Dizem que o amor costuma estar mais perto do que imaginamos, mas a diretora do Instituto Kaplan acredita que a possibilidade de sair do ciclo social e poder conhecer pessoas de outras cidades e estados aumenta as chances de encontrar o par ideal. "Se uma garota, por exemplo, é muito caseira ou mora numa cidade muito pequena, com poucas oportunidades para conhecer gente nova, com um computador e um pouco de tempo, logo, logo estará namorando", diz.
Um dos argumentos de quem repudia os sites de relacionamento é o anonimato. Mas Maria Helena defende que essa condição deixa os pretendentes mais à vontade para falar de suas vidas, vontades e sonhos. "Alguns deles, principalmente os mais tímidos, se expõem mais no virtual do que no real, pela dificuldade que encontram em falar de si mesmas na presença do outro", argumenta.
Por outro lado, a pessoa não pode se fechar e criar uma dependência do site. Só querer o namoro virtual pode ser indício de problemas mais sérios, como medo ou incapacidade de enfrentar e conviver com o outro. "No namoro real, você conhece as sensações que vem do contato com o corpo do outro e aprende a respeitá-lo. No namoro virtual não há contato visual e físico e, principalmente, pode não haver respeito pelo outro. Não gostou, deleta", conta a diretora do Instituto Kaplan.
Outro malefício está no risco da decepção, que é muito maior no mundo virtual do que no real. "Se a mulher já cria um monte de expectativas olhando nos olhos do parceiro e presenciando seu comportamento, imagine nos sites de relacionamento? Ela precisa manter os pés no chão e se preservar para não sofrer demais", orienta Maria Helena.


E mais um alerta: no mundo real é possível colher referências do pretendente. Nos sites de relacionamento a única referência é o cadastro. "Quando mentimos cara a cara, somos traídos pelas atitudes e gestos. Já no virtual, as pessoas se relacionam com alguém que elas criam na sua imaginação. Portanto, a dica é fazer o namoro acontecer como consequência de uma amizade, e não de buscas desesperadas. Conversem muito antes de um contato real, observem se o pretendente entra em contradição e sempre marquem encontros em locais públicos", orienta Maria Helena.

Por Juliana Falcão (MBPress)

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