terça-feira, agosto 03, 2010
DESGRAÇAS DA VIDA MACHA: A BALADA
Por Gravataí Merengue
Peço desculpas pela cacofonia do título e, mais ainda, pela adoção de palavra que, aparentemente, não é empregada em muitos lugares fora de São Paulo. Paciência: sou daqui e não faria sentido usar algum termo mais universal. "Balada" pode ser tanto uma saída qualquer, como também as casas noturnas voltadas exclusivamente para músicas + dança.
Trato especificamente desta segunda categoria.
Em dado momento de nossa vida macha, surge a idéia (errada, falarei adiante): "pra pegar mulher, o esquema é mesmo uma boa balada". Bobagem. Piada. Ridículo. É um raciocínio tão errado quanto o das garotas que vão pra tal ambiente em busca do príncipe encantado (que, por sinal, não existe e, desta feita, não seria encontrado nem mesmo numa casa de chá ou café colonial).
Essas baladinhas fazem sentido quando temos 15 anos, e perdem a graça um pouco antes de nosso aniversário de 17. Depois disso, é como videogame, trilogia StarWars, StarTrek, jogo de RPG e carro tunado: sempre há uns "adultos" que gostam, mas não deixa de ser coisa de molecada (prova disso é a faixa etária das meninas apreciadoras - se não etária no sentido objetivamente cronológico, ao menos no subjetivamente intelectual).
Se os senhores, leitores queridos, estão atrás de mulheres dispostas a prover uma boa noite de sexo, não procurem por menininhas imaturas no "auge" dos 18 anos. São bonitinhas? Algumas, de fato, são maravilhosas. Mas sabem o que conseguirão? Dor de cabeça.
Mulher, mulher mesmo, não faz esse tipo de programa, não vai em "baladinha da moda", não freqüenta "danceteria" de bairrinho descolado (odeio esse termo e o adiei o quanto pude). Ao menos - e atentem para isso - as mulheres responsáveis pelas noites inesquecíveis de qualquer homem efetivamente macho. Mas, se você é o eterno moleque do carrinho "podre porém tunado" ou fã de StarWars, ok, não estou exatamente falando contigo.
Porque, pensa bem: uma verdadeira mulher ousada e deliciosa não enfrenta fila quilométrica nem acha legal ser amiga de porteiro para "furar fila". Quem se deslumbra com isso é pseudo-patty de periferia, que trabalha das nove às cinco em dia de semana, mas aos sábados finge ser personagem de Sex and the City.
Mas, ok, você desafia minha tese e entra na tal "balada". E aí, o que achou? Lotação maior que a de qualquer presídio DO BRASIL. Aquela gentarada se resvalando, preços péssimos para bebidas idem, diálogos totalmente impossibilitados e a maior dificuldade do mundo para entrar ou sair. Se você já está na fase de ser um "hominho", confessa, não há qualquer graça nisso aí. É o equivalente "diversão noturna" ao RPG, StarWars blablablá.
E já reparou na mulherada? Aquelas miniaturas de Hebe Camargo andando em fila indiana da-pista-pro-banheiro-e-do-banheiro-pra-pista-e-da-pista-pro-bar? Obviamente, claro!, jamais farão qualquer coisa relativamente lasciva na hipótese de você pegá-las para um sapeca. E nem venham com essa de "a nova geração é fogo", porque elas estão muito preocupadas em postar fotos no Orkut ou "tuitar" a alegria da "baladeenha". Não dá tempo de aprontar.
Vá para um bar.
De preferência, se você puder, um bar caro. E faça o favor de pagar a conta da garota com quem você fez amizade naquela noite. Porque você fará amizade com uma mulher legal, que bebe coisas legais e fala coisas bacanas. Experimente a DIFERENÇA entre cocotinhas ridículas de baladas e mulheres interessantes de bares legais.
Taí. Narrei uma desgraça e apontei a saída.
* * *
A coluna "Desgraças da Vida Macha" é publicada às terças-feiras, em parceria com o canal iG Estilo.
(e sem revisão)
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Um comentário:
Muito bom esse texto Dé!!
Bjão
Juli
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