É possível dizer a alguém para não amar,
para não sofrer, para não chorar,
para escolher a quem vai amar?
Não, o coração não tem lógica,
não tem juízo, se entrega e,
entre dores e amores, vive...
E quando o amor acaba,
nos fechamos na dor, na solidão,
até que a ferida sare,
e mesmo com uma enorme cicatriz,
recomeçamos o ciclo:
novo amor, nova decepção, nova dor...
Então, o que fazer?
deixar de sentir, anular os sentimentos,
calar a vida que teima em pulsar nas veias,
o sangue a correr quente pelo corpo
levando a esperança por todos os poros, impulsionando a continuar?
Ou simplesmente ignorar todas essas emoções
e vegetar numa redoma protegido de tudo,
de todos, mas principalmente
protegido de si mesmo?
Temos poucas escolhas na vida:
ou vivemos apegados ao ontem,
ao passado;
ou damos uma chance ao amanhã,
ao futuro;
Não existe terceira opção,
estagnar, segurar o tempo no presente
é impossível.
Ou paramos ou seguimos,
e muitas vezes o presente
não vale a pena segurar.
Não existe "se" na vida prática,
é sim ou não, talvez, nem pensar,
"se" eu não fugisse,
"se" eu não tivesse dito,
"se" eu isto ou aquilo,
"se" o caminho escolhido fosse o outro e não este, não tem volta,
destino traçado
ou ajudamos a traçar os nossos destinos?
Por que alguns conseguem outros não?
Porque são mais corajosos se arriscam mais,
vão à luta sem medo e mesmo perdendo não desanimam, enquanto outros se
acovardam ficam em pânico de tentar, abaixam a cabeça,
encolhe os ombros medrosos
deixam que a vida os levem a mercê
como uma folha carregada pelo vento,
isto é o que o destino quer
ou que nós deixamos que o destino queira?
Quantas vezes nós mesmo não damos
uma pequena "mãozinha" ao destino as
vezes erramos as vezes acertamos
num eterno jogo de ganhos e perdas,
que nunca ninguém vai saber
quem realmente ganhou ou perdeu,
só aquele que viu a oportunidade de ser feliz
e deixou escapar por medo ou covardia,
vai saber de quem é a culpa:
sua ou do destino?
E mesmo assim ainda terá a dúvida
"se" não seria diferente
"se" tivesse tentado...
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