terça-feira, agosto 15, 2006

Textos

Eu Tive de Dizer Adeus!

Eu tive de dizer adeus,
Consolar-me em não mais ter os lábios seus,
Como eram bons, juntos aos meus!
Eu tive de dizer adeus e secar todas as lágrimas,
Para que não pudesse perceber,
O quanto isso me fazia sofrer.
Eu tive de dizer adeus e odiar teu corpo,
Para não mais lembrar-me do quanto ele me deixara louco.
Eu tive...
Tive de dizer adeus mesmo com o imenso desejo de roubar-lhe novamente,
Todo amor que em teu corpo encontrei de repente.
Eu tive de dizer adeus,
E não pude nem sequer olhar nos olhos teus!
Tive medo de ceder a sua ternura,
E ver que também o condenei a mais cruel tortura.
Dizem que na vida sempre há obstáculos a um grande amor,
E nem todos somos atletas para os sobrepor.
Mesmo lembrando de nossa pele e nosso suor,
Mesmo lembrando de nosso sexo e nosso amor!
Mas o pior em tudo isso é não poder explicar,
Por que mesmo com tanto amor,
Tive eu de à solidão lhe entregar?
Talvez medo da distância,
Talvez enfurecido pelo ciúme!
Te lhe ter tão longe,
Onde andaria seu perfume?
Longe de mim haveria mais alguém?
Será que outro lhe tem?
Não quero!
Nem posso mais pensar,
Tive de dizer adeus e agora tudo vai acabar,
Ou talvez a morte e a solidão,
Venham me abraçar.
Sim, me levar para longe do amor,
Levar-me para longe da paixão,
Enterrar bem fundo meus sentimentos,
E me ajudar a esquecer, que um dia tive um coração.



Eu lhe dei as rosas, você me deu os espinhos

Nosso amor era louco, louco amor!
Não tinha hora,
Não tinha cama.
Não tinha regras,
Pois é assim quando se ama.
Nosso amor era rebelde e as vezes até cruel,
Feito de ciúmes,
Feito de loucuras,
E de alguém infiel.
Assim era nosso amor, era forte,
Não obedecia gravidade,
E desafiava a própria morte!
Assim era nosso amor,
Não havia bênçãos,
E não havia credo,
Apenas a certeza de que seria eterno.
Nosso amor era jovem, amor novo.
Curtíamos festas,
Curtíamos a vida,
Estar por entre o povo.
Nosso amor era amigo e encontrava ombros,
Quando havia problemas,
Nos agarrávamos à ele apenas.
Nosso amor também ficou velho,
E já não encontrara mais o mesmo fogo,
Já não jogávamos o mesmo jogo.
Então nosso amor precisava de sabedoria,
Mas não estávamos acostumados a viver em harmonia,
Foi-se a alegria,
E agora pensando em nosso amor,
Nosso louco amor,
Foi sempre assim,
Toda força para sobrevivê-lo era minha,
Agüentar sua infidelidade,
De seus sentimentos a brevidade,
De seu amor a inconstância,
De meu corpo a distância,
Sem receber nada em troca,
Agora nessa noite preparo sozinho uma refeição saborosa,
E tomo o nosso vinho,
E posso perceber que de tudo que vivemos,
Eu lhe dei rosas,
Mas você, me deu os espinhos.


Um amor de verdade!

Vida vazia de amores inventados,
Vida vazia de canções solitárias,
Vida vazia de sonhos não realizados,
Vida vazia de pura covardia de viver,
Eis a vida de um poeta,
Vida de sonhos incompletos a procura da redenção,
Vida de sonhos que só existem em meu coração,
Vida de sonho de paixões,
Vida de amores vilões!
Vida vazia de pura mentira,
De canalhices sobre minha cama,
De paixão que inflama.
Vida de palavras e rimas,
Vida de versos é a minha.
Lágrimas que já moram sobre meu corpo,
Água que mora sobre meus olhos,
Lábios que já não esperam outros lábios,
Vida de sábio,
Ou apenas um bárbaro,
Incapaz de amar,
Incapaz no amor.
Sonhos loucos,
Que deliro aos poucos,
Numa brevidade de minha realidade,
Numa eterna busca de quem sabe um dia encontrar,
Um amor de verdade!


Foto

Mansão

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