terça-feira, abril 05, 2011
Não Vejo a Hora
Por André Lenz
De uns tempos pra cá tenho me mantido ocupado, tento sempre buscar algo que mantenha meu foco, não o mais importante, mas sim o que depende só de mim e não de ninguém mais.
Sou muito grato a Deus por tudo que fez por mim, embora as vezes eu sempre tenha tendência a achar que não sou merecedor. Coisas divinas. Inexplicáveis.
Mas no meio desta vida toda de alegrias e tristezas, mais alegrias lógico, sempre ficou aceso como uma última esperança aquele desejo de ser ter.
Em toda minha existência fui cativado por desejos e sonhos de felicidade profunda, não egoísta e solitária, daqueles que só enxerga o seu umbigo e sim daqueles que fazemos de graça sem nem ao menos receber algo em troca.
As situações da vida me fizeram crescer, me tornaram tudo que sou, e só posso olhar ao passado e agradecer por todas as pessoas que passaram em minha vida, tanto as boas que me fizeram aprender coisas maravilhosas, quanto as más que me ensinaram a juntar as pedras do caminho e me evoluíram com seu mal exemplo me dando o vislumbre do que não ser e do que não me tornar.
Tapas, chutes, abraços e beijos. Tive de tudo, de tudo experimentei e tudo isso me fez. Me construiu.
Então sentado no carro dirigindo através da escuridão deslumbrante da madrugada eu ligo o rádio e toca a minha música, não nossa, mas só minha. A cada nota que serenamente adentra aos meus ouvidos me encho de um sentimento de amor, de desespero, de não ver a hora de acontecer.
Amei a muitas. Mas amei daquele amor que todos acreditam ser o verdadeiro quando na verdade não é. É muito mais do que isso aquilo que chamo de amor de alma. Alguns entendem, outros fingem entender mas o que vale mesmo é compreender e aceitar que é pra vida toda, sem excessões.
Tenho buscado frenéticamente por esse amor que queima por inteiro meu coração sem dar ao menos um tempo de apagar. Fogo renovador, de uma intesidade tal que acaba por queimar todos os vestígios passados e abre então a porta pro novo e desconhecido nunca experimentado.
Sensação de não saber o que fazer, de parar no meio do dia e descobrir apenas que você está feliz, sem motivo algum, somente feliz.
Essa espera me consome e me faz loucamente desejar por chegar a hora em que tudo isso será verdade e que em momento algum terei o medo de acabar.
Não vejo a hora de te encontrar, de saber ser o momento certo porque no final das contas não existe a pessoa certa e sim o momento certo. Ou estou errado?
Quero dividir minha vida. Não apenas viver para mim e sim por outra pessoa.
O tempo vai passando e tenho medo do que possa não deixar de acontecer e do que pode ser que eu não viva. Será que terei tempo? Será que não passará a hora?
Por isso insisto que não vejo a hora de viver tudo aquilo que ainda quero viver. De encontrar paz em alguém que vai me livrar de todos os meus medos, sem querer livrar e sim apenas sendo a si mesma, sem máscaras, com sinceridade de alma.
Quero voltar ao meu lar todos os dias e mesmo chegando tarde da noite devido a essa obrigação de sempre que se exige viver, olhar uma cama faltando um pedaço e completá-la apenas com minha existência. Saber que tenho tudo que preciso. Tudo que quero.
O tempo passa e não vejo a hora. A hora que eu digo é de ser feliz. Não que eu não seja feliz porque tenho feito o máximo que posso fazer sozinho, quando eu digo feliz eu digo feliz de alma, pra vida toda.
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