sexta-feira, outubro 28, 2011

CLÁSSICOS DA RIDICULICE FEMININA: A "RECÉM-NAMORANDO" QUE ALARDEIA PRO UNIVERSO

Por Gravatai Merengue

Sim, eu sei, nós homens somos imbecis, previsíveis, ridículos etc. Nossos defeitos são primários e bem mocorongos. Mas não adianta apelar para a obviedade de nossas mancadas, pois o tema do texto é um comportamento patético praticado por muitas mulheres (não todas, é verdade): a divulgação absurda de namoro recente, em casos BEM específicos.

Vejamos.

Como em todo caso de autoafirmação, as moças adeptas desse artifício são, por óbvio, extremamente inseguras. E a insegurança tem razão de ser: passaram muito tempo encalhadas, sofreram alguma rejeição recente, levam indiretas das amigas, são feias de dar dó etc. Os motivos são vários, cada caso é um caso.

Basta algo assim para gerar uma dose forte de rancor. Tão logo consegue uma relação mais ou menos séria, a menina empunha megafones metafóricos para berrar aos quatro cantos a 'boa nova'.

Uma coisa meio "Kiko do Chaves": a graça não consiste em ter o sanduíche de presunto, mas sim em fazer inveja (ou supor que se faz inveja pelo fato de ter um sanduíche de presunto, ou triciclo cafona ou mesmo um bilboquê).

E aí damos mais um passo na análise. As "vítimas" da agressão ficam em duas pontas: são mulheres e homens. Tenta-se provocar raiva nestes e inveja naquelas. Sabem por quê? Porque é isso que a autora do ato sempre sentiu durante boa parte da vida.

Isso mesmo. Foram meses, talvez anos, passando verdadeiro ódio enquanto as garotas arrumavam namorados, rolos e casinhos. Não que saíssem por aí alardeando, mas ela se sentia invadida, humilhada e, assim, desenvolveu um trauma que, agora, precisa ser "vingado".

Quanto aos homens, a coisa é mais ou menos parecida. Ela não entende os "foras" como algo normal (embora se faça de esclarecida para as amigas). E, quando finalmente sai do encalhe, pronuncia "estou namorando", fazendo questão de usar 5 minutos para cada letra.

Todos que estamos de fora, é claro, achamos aquilo ridículo. Ela, embriagada diante da novidade, não percebe. É a história daquele que nunca viu doce e se lambuza diante do melado.

Como os novos-ricos que não veem problema em ostentar automóveis malva-fúcsia, ela também acha o máximo dizer a cada segundo que está namorando, o namoro é o máximo, está tudo bem – ou mesmo "humanizar" a coisa, ao falar que houve uma pequena discussão em meio a tantos carinhos, sexo, amor, romance, lascívia etc.

E o pior vem depois, sem dúvida. Porque, quando acaba, o "perfeito" vira "idiota", o "amor" vira "palhaçada", o "sexo maravilhoso" vira "meia bomba" e assim por diante. O palácio da fantasia se transforma num barracão de zinco.

Sinceramente, não gosto muito dessa parte, por mais que pareça engraçada a situação. Afinal, voltam aqueles olhares invejosos, aquela carinha de ódio, a boquinha fechada de quem não pode ver ninguém feliz etc. etc. etc.

Garota assim, na boa, prefiro quando está se enganando e fingindo que nos engana. Até aceito fazer de conta que caio na conversa.

Mas e vocês, leitoras? Aprontam dessas? Espero que não. Mas, seguramente, já viram algo assim, né? Faaaaalaverdade!

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