quinta-feira, outubro 27, 2011
Namoro com direito a registro em carteira
É tão difícil encontrar a cara-metade no meio desse monte de gente, não é verdade? E depois que conhecemos melhor um cara e percebemos que ele é realmente especial, o que mais queremos é prender essa pessoa e oficializar o relacionamento.
E para tornar a transição do ficar para o namorar mais divertido, a roteirista Marcela Catunda escreveu a "Carteira de Namoro". A obra, "instituída pelo Decreto n° 389.675.432, de 12 de junho de um ano qualquer", é um documento obrigatório para o exercício do namoro, seja de natureza urbana, baladeira, escolar, rural, praiana, de caráter temporário ou permanente, ou mesmo em atividade emocional exercida por conta própria, salvo amores platônicos.
Marcela conta que ela e suas amigas brincavam constantemente com seus relacionamentos, perguntando uma para a outra quando acabaria o prazo de experiência para fazer o registro do namoro, ou seja torná-lo mais sério. "Daí surgiu a ideia de escrever a CN (Carteira de Namoro)", contou.
A autora conta que escreveu durante muito tempo para o site "Banheiro Feminino" e recebia muitos e-mails de mulheres reclamando dos namorados. "Em tom de brincadeira escrevi essa cartilha em 2004. Mas nem tinha o intuito de publicar, era apenas um exercício de redação, uma brincadeira mesmo. Até que um dia mostrei o trabalho para o dono da Editora Matrix. Ele adorou e resolveu publicar", explicou. "Nem imaginei que teria essa repercussão tão grande. Há muita gente registrando os namorados", comentou.
A carteira tem espaço para escrever os momentos mais legais do namoro, uma lista de direitos e deveres dos namorados, férias da relação quando o namorado está muito chato e mais um montão de regrinhas. "Na carteira de trabalho há algumas informações sobre Segurança do Trabalho. Tomei-as como base e montei as regras de segurança no namoro, de maneira bem divertida", explicou Marcela.
Mas a autora garante que não existe uma fórmula para um namoro dar certo. Seu livro foi escrito apenas para divertir. "Quando a pessoa registra o namorado na carteira, é como se o tempo de experiência tivesse dado certo e agora a relação entre os dois é séria. Registrar o namorado é um alívio, uma segurança para a mulher. Afinal de contas, a procura pela cara-metade é incessante e quem se dispõe a fazer essa busca precisa gostar de desafios e querer vencê-los", disse.
Na opinião de Marcela, para um namoro sair com sucesso do período de experiência, a mulher deve procurar alguém parecido com ela. "Eu costumo dizer que os iguais se atraem. Algumas pessoas pensam diferente, mas, no meu caso, procurei alguém com um jeito parecido com o meu e deu certo." E ela aconselha: "Para uma relação dar certo é preciso ter amizade, respeito, consideração e expor a relação o menos possível".
A roteirista disse que costuma ver sua Carteira de Namoro nas mãos de muitos adolescentes, mas afirma que sua criação é para mulheres de todas as idades. "Registrar o namorado é um exercício legal. É uma maneira divertida de conhecer o outro. Você passa a enxergar defeitos e qualidade dela, escrevendo na carteira as coisas que deram e não deram certo na relação", contou a autora. "Quando vejo essa carteira, lembro das meninas que colavam tudo na agenda, até mesmo o papel de bala que comeram naquele dia. Aqui é a mesma coisa, só que de forma mais direcionada", completou.
Devido ao sucesso, Marcela Catunda já escreveu a Carteira da mãe, do pai, do aniversariante e, em breve, vai lançar a do corno. "Não quero ensinar ninguém a ser feliz. A carteira é apenas um produto para divertir as pessoas e acender paixões. Quando a mulher presenteia o homem com essa carteira, dá a entender que deseja algo mais sério, mais oficial."
Por Juliana Falcão (MBPress)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário