domingo, outubro 23, 2011

Reflexão

Autor desconhecido

Na época da ditadura podíamos acelerar nossos Mavericks acima dos 120km/h
sem a delação dos radares, mas não podíamos falar mal do presidente.


Podíamos cortar a goiabeira do quintal, empesteada de taturanas, sem que
isso constituísse crime ambiental, mas não podíamos falar mal do presidente.

Podíamos tomar nossa redentora cerveja após o expediente, sem o risco de
sermos jogados à vala da delinqüência, mas não podíamos falar mal do
presidente.

Não usávamos eufemismos hipócritas para fazer referências a raças (ei negão), credos (esse crente aí) ou preferências sexuais (fala sua bicha) e não éramos processados por isso, mas não podíamos falar mal do presidente.

Íamos a bares e restaurantes cujas mesas mais pareciam Cubatão em razão de
tantos fumantes, os quais não eram alocados entre o banheiro e a coluna que
separa a chapa, mas não podíamos falar mal do presidente.

Cantava a menina do contas a pagar ou a recepcionista sem medo de sofrer processo judicial por assédio, mas não podia falar mal do presidente...

Hoje a única coisa que podemos fazer é falar mal do presidente!

Que merda!

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