Os tempos mudaram, e como ninguém mais tem uma tia que tem uma empregada que tem uma sobrinha que tem uma prima que quer trabalhar, nossa amiga apelou para uma dessas empresas especializadas em ganhar dinheiro fácil, revestindo de inúteis técnicas de RH a difícil batalha por uma “auxiliar do lar”.
Na entrevista, três mulheres postam-se à mesa: contratante, candidata e profissional da agência. São a síntese das mulheres do Brasil.
A rica, a pobre e a remediada. Afastadas pelas grifes, pela formação intelectual, pela culpa. Unidas pela determinação, pela TPM, pela chapinha. Papo vai e papo vem:Contratante - Você é casada?
Candidata - Não.
Contratante - Tem namorado?
Candidata, muito muito desanimada - Tsc, tsc.
Contratante, em repentina explosão de cumplicidade - Gente! Como tá difícil, né?
Remediada, muda e calada até ali - Ufa, nem me fale, eu que o diga!
Nem o mais sonhador dos socialistas imaginou união de classes tão sincera! E nem o mais ambicioso dos capitalistas imaginou uma marca global tão bem-sucedida quanto esta “Cadê meu Príncipe Encantado?”, hit em todas as Américas.
A revista americana Cosmopolitan conduziu uma pesquisa com mulheres entre 18 e 34 anos, e descobriu que 77% delas declaram sentir-se mais felizes quando estão namorando do que quando estão solteiras. Quase 40% não vêem sentido em relacionamentos que não tenham o casamento como meta. Metade acredita que o maior sinal de sucesso feminino é viver um casamento feliz. Praticamente todas as solteiras que responderam à pesquisa (93%), prefeririam estar comprometidas com alguém. E, se for para escolher, 56% das mulheres optariam por encontrar o “cara certo” em lugar de ter uma grande promoção no trabalho.
Embora a maioria das mulheres da pesquisa pareça ter embarcado numa carruagem só de ida em busca do “homem certo, para a vida toda”, elas acreditam que as taxas de divórcio de sua geração serão maiores do que as da anterior e que está mais difícil manter um relacionamento hoje em dia do que à época de seus pais. Mas, o sonho resiste…
A conclusão mais fácil é que a Cosmopolitan pode seguir firme com suas múltiplas receitas e testes para ajudar suas leitoras a identificar, atrair e laçar o “homem certo”. Já que ninguém devolve a revista quando a tática não funciona, o sucesso estará garantido por mais algumas gerações.
2 comentários:
rsrsrs...AMEI!
Bj
http://huandra.blogspot.com/
Perfeito!
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