quinta-feira, janeiro 26, 2012

Sentir saudade faz parte de um relacionamento a distância.

Por Dr. Thiago de Almeida

Driblar a saudade é um dos maiores desafios do namoro à distância. Ingrid Menezes, 18 anos, de São Bernardo, sente isso na pele há 11 meses. O namorado mora em Ponta Grossa, no Paraná - onde se conheceram duranteviagem com a família - e o casal tenta se ver todos os meses. "É difícil não poder passear no parque e discutir sobre nosso futuro. Sonho com o dia em que as despedidas e o sofrimento vão acabar."Apesar de parecer chata, a saudade ajuda. É prova de que sente a distância do outro e que está se preparando para encontrá-lo. "Na maioria dos casos, é saudável. Não é motivo de afastamento, mas lembrete de que realmente gosta de quem se está esperando", acredita Thiago de Almeida, psicólogo especialista emrelacionamento amoroso.Ingrid afirma que vale a pena cada dia de espera. "A partir do momento que se tem certeza de que gosta da pessoa, qualquer esforço vale a pena." Para ela, fortalece o relacionamento, pois ensina a dar mais valor ao outro. "Faz com que tenhamos disposição de fazer de tudo para que possamos ficar sempre juntos."Todo namoro, seja presencial ou virtual, tem chance ou não de dar certo. Se o casal descobriu que à distância não dá, o jeito é terminar. Em qualquer situação é difícil dizer ao outro que não quer mais, mas é sempre melhor falar a verdade. "A gente pensa demais pelo outro, acha que não vai ter estrutura emocional, mas todos estão acostumados a ouvir não. Levar um fora faz parte da vida", diz o psicólogo Thiago de Almeida.Se não dá para falar pessoalmente não tem problema. O que não pode é manter compromisso que não agrada mais. Diego Martins, 19 anos, de São Bernardo, percebeu que namorar à distância não dava certo para ele e terminou. "É muito difícil, principalmente quando precisamos de um abraço, de ter alguém por perto." Além disso, afidelidade é essencial e ele havia conhecido outra pessoa. "Disse a verdade, pois não queria magoá-lo".Diego conheceu o ex-namorado em uma sala de bate-bapo e o adicionou no MSN. Durante três meses conversaram por horas todos os dias, além de trocar cartas e presentes pelo correio. "Ver a letra do outro é forma a mais de demonstrar carinho." Hoje, tem certeza de que terminar foi a melhor solução. "Encontrei quem me faz feliz e que mora a meia hora da minha casa."

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