sábado, junho 16, 2012

Dia dos (des)namorados...


Era pra ser só mais um dia no calendário, só mais um dia da semana, só mais um dia do mês, mas está sendo muito mais que isso.
Não pensei que seria tão complicado...
Sinto um peso sobre mim, um turbilhão de emoções que vai e vem causando-me náuseas nessa maré de sentimentos e a maré está alta.
O que era pra ser normal não está sendo e o que é real também não.
A roupa que vesti não me caiu bem, o meu cabelo não brilhou ao sol, o meu sorriso está sem graça, os meus olhos estão secos mas parece que vai chover a qualquer momento.  
As lágrimas represadas nesses olhos não vão demorar a cair, será um temporal, tomara que dê tempo de chegar em casa, ficar molhada no meio da rua sem guarda chuva e sem proteção será ruim.
Tomara que eu consiga chegar a tempo de repousar a minha cabeça sobre ele, como tantas vezes eu já fiz. Ele não tem nada há dizer apenas acolhe a minha dor e me deixa encharcá-lo. Ele não conta nada pra ninguém sobre o meu choro, ele não nunca disse quantas vezes isso já aconteceu, ele apenas presencia a cena (quantas vezes forem)...
Ele sempre estará lá sempre que eu precisar... O meu travesseiro!  

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E ela continuava a pensar nele, sem pesar, sem tristeza, sem lamentos, apenas pensava. Às vezes sorria sozinha ao lembrar-se de coisas que ele fez que muitas vezes a divertiu. 
Ele ainda estava presente em sua mente, não como um parasita que sugasse sua força e sua alegria de viver, mas como um acessório que ainda lhe caía bem.
E assim ela seguia sua vida, às vezes esquecia, às vezes lembrava-se...
E ao pensar nele, seu estômago contraía como se descesse de uma montanha russa...

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Sobre a falta...

Eu vou sentir falta de muita coisa. De acordar e me lembrar que éramos um casal.
Vou sentir falta de ligar pra você e de receber sua ligação também. Vou sentir falta de voltar para casa no final do dia esperando a hora de poder encontrá-lo.
Vou sentir falta dos programas que fazíamos juntos, dos filmes que assistíamos e comentávamos depois, sentirei falta até do comercial de TV que você gostava...
E pra suprir essa falta e esses espaços que me sobram, me sentirei feliz pela paz que só os solitários podem ter. A paz de se sentirem bem com sua própria companhia, a paz de se sentirem livres para fazer o que bem quiser na hora que quiser.
Repousarei a cabeça no meu travesseiro sem me preocupar com o que não veio ou com o que não foi feito. Serei feliz a minha maneira. Sonharei com o futuro e traçarei metas, seguindo sempre em frente sem olhar para trás.
Apesar da falta e de tantos porquês... Percebi que a falta que me fazes é bem melhor do que as tristezas que me causavas quando estavas ao meu lado!

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Milka Lopes

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