quinta-feira, agosto 04, 2011

Falando com Sinceridade


Por José Maria Barbosa

Quem é honesto trata todos com sinceridade, mas quem é mau vive enganando os outros. Provérbios 12:5, NTLH


“Professor, preciso falar com o senhor”, disse nervosamente a aluna. O professor começou a achar que ela tivesse cometido uma falta extremamente grave, ou estivesse precisando de algum conselho. Caminharam um pouco e ela disse: “Eu menti para o senhor hoje de manhã, quando disse...” E começou a explicar o quanto ela havia exagerado na quantidade de material pesquisado. “Mas por que você exagerou?”, perguntou o professor. “Para que o senhor me respeitasse mais”, respondeu ela.


Uma das áreas em que facilmente escorregamos é na sinceridade de nossas palavras. Albert Merahbian diz que entre os três componentes da comunicação – as palavras, o tom de voz e a linguagem não verbal – nós nos comunicamos 7% com palavras, 38% com o tom de voz e 55% com nossos gestos, maneirismos e linguagem não verbal. Assim, a verdade não está necessariamente em nossas palavras. O fato é que podemos enganar ou faltar com a sinceridade por meio de:


Exagero. Fazer generalizações exageradas de pessoas ou situações para conseguir o que se quer ou para obter maior efeito; exagerar realizações passadas por usar palavras como “sempre” ou “nunca”. Enfeitar detalhes de uma história para torná-la mais interessante.


Falso elogio. Elogiar de maneira não sincera, ou lisonjear outros apenas para realçar a reputação diante dos olhos deles, ou para evitar a eventual perda de um favor que planeja pedir a essa pessoa.


Engano. Deixar uma falsa impressão, mesmo que as palavras sejam verdadeiras; dar referências falsas para um empregador em potencial; permitir que as pessoas digam coisas que não são verdadeiras sobre outra pessoa e insinuar, pelo silêncio, que são verdadeiras.


Inconsistência. Mudar de opinião de um lado para outro, dependendo do público; falar o que os outros desejam ouvir, em lugar daquilo que realmente cremos.


E poderíamos continuar falando de malícia, fraude, hipocrisia, promessas não cumpridas, e assim por diante.


A sinceridade, a honestidade e sua rival, a desonestidade, nas mais variadas formas, não são assim tão nítidas como o branco e o preto. Por isso, deveríamos orar como o salmista: “Coloca, Senhor, uma guarda à minha boca, vigia a porta dos meus lábios” (Sl 141:3).

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