quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Crônicas...

Inferno.


Ar quente
ambiente abafado
claustrofobia
parede pra todo lado
neste mundo fechado
ninguém pra me ajudar
o corpo começa a sangrar
o sangue escorre
e uma voz a dizer:
morre, morre
a dor aumenta
ele não agüenta
imediatamente começa a chorar
francamente
chegou a ponto de implorar
pela morte
não é mais aquele ser forte
aquele ser terno
vendeu a alma
acabou no inferno
agora é a hora
ódio eterno.



Merda.



Tantos pensamentos, impossíveis de se por em papel impossíveis de se contar as pessoas.
A compreensão da alma, ainda que pequena, tem suas grandes desvantagens, além do desprezo de alguns colegas que não compreendem o que você fala, você sabe demais, o que às vezes se torna um incômodo, o que às vezes lhe faz passar por maus bocados.
Tanto conhecimento e ninguém com quem dividi-lo alma incompreendida, nunca as palavras de Shakespeare fizeram tanto sentido em minha mente, simples mortais.
"Ser ou não ser, eis a questão".
Como queria que minha vida fosse simples como a dos outros, sem complicações, sem angústia ou aflição.
São pequenos detalhes que não podem ser mudados em nossas vidas, mas que apenas gostaríamos que não existissem...
A pergunta mais inteligente que se pode fazer está fora da compreensão humana, sendo resumida então em duas palavras: Por Que?
Por que ela não me quis?
Por que eu tenho dúvidas?
Sobre meu aspecto físico?
Sobre minha sanidade mental?
Sobre minhas origens?
Tantas perguntas sem resposta que podem ser explicadas como sem explicação, sem motivo, sem causa, sem demonstração, apenas as aceitamos como verdades absolutas, mas nunca nos questionamos: por que?
Por que o ser humano é tão simplório
Para que servem os outros 95%?
Raciocínio, uma ova. Somos todos irracionais, sem exceções, que atire a primeira pedra àquele que nunca pecou.


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